Eu estava em casa, checando minhas redes sociais no meu celular, até que recebo a mensagem da minha amiga, ela era a que adoravam festas e eram festas da pesada, com drogas, bebidas e sexo sem nenhuma censura para todo o lado, eu iria, e vou. Não tenho nada para fazer mesmo, eu estou entediada, ela era minha salvadora, agora eu precisava era de uma roupa, uma das coisas mais importantes para mim é ficar bela, não para os outros, mas sim para mim mesma.
Me levanto rapidamente e vou ate meu guarda-roupa, o mesmo era velho, já teve épocas melhores, quando eu era criança ele era organizado e forte, hoje em dia ele faz barulho por qualquer coisa. Começo a jogar as roupas que haviam dentro dele em cima da cama, tinha algumas horas antes do compromisso, dava tempo.
Depois de horas decido ir com um vestido roxo que vai ate a coxa, junto com uma bermudinha e tênis, não era o melhor que eu tinha, mas dava para o gasto, eu fico linda de qualquer forma. Enfio o resto das roupas no guarda-roupa e entro para o banheiro para tomar um banho quente.
Lá estava eu, na frente de uma porta em um beco, com minha amiga do lado beijando um garoto.
-Já acabou ou vou ser um candelabro aqui? – digo batendo o pé impacientemente
-Calma amiga- fala a garota, ofegante ainda do beijo recente, a mesma ainda nem havia entrado na festa e estava parecendo bêbada- vamos logo – ela enlaça o braço no meu e entra, de fundo se ouvia um som abafado de musica eletrônica, o local era sujo, copos e garrafas pelo chão, era quente, e fedia a bebida. Ao adentrar mais por um corredor onde tinha varias pessoas se engolindo em cada canto, chegamos a uma porta, o som de trás da mesma já era ensurdecedor, eu tremia levemente.
-Pronta!? – ela praticamente grita no meu ouvido, mas era necessário para eu ouvi-la
-Sim!!- grito de volta, péssima ideia, eu não deveria ter entrado naquele lugar, foi a pior escolha da minha vida.
Ela abre a porta e eu não escuto mais nada, se não a música.
Eu não queria saber de mais nada se não dançar, todos que aparecia para me chamar para dançar ou beber, eu recusava, queria apenas me divertir dançando, minha amiga? Sendo engolida por dois garotos que eu acredito que acabou de conhecer, eu já estava na terceira garrafa, estava tonta e enxergava meio turvo, tudo girava, só conseguia dançar e beber, até despencar na cadeira do bar, precisava descansar.
Do meu lado, havia um homem, barba malfeita, camisa manga longa, calça folgada, parecia estar de pijama, seguro para não rir do pensamento, ele me olha e lança um sorriso galanteador. Eu poderia perder a linha um pouco, só um pouco, não ia matar ninguém, era o que eu pensava. Lanço o sorriso de volta e me sento do lado dele, seus cabelos castanhos e olhos esverdeados, era um verdadeiro pedaço de mal caminho, já havia me perdido de minha amiga faz eras, ela sumiu, deve estar em um dos banheiros vomitando, ou na casa de algum garoto a essa hora.
-Prazer, meu nome é Lenny – ele estende a mão, ele é gentil, ou é o que parecia- Lenny Kirkman
-Prazer – aperto sua mão, ela era áspera, tinha calos – sou Rosie, Rosie Becker
Depois de um tempo ele solta minha mão, ele volta a beber, acompanho ele nos copos, ficando cada vez mais tonta, ele parecia normal, parece que ele tinha resistência a bebida, a musica estava alta demais, e ele praticamente sussurrava, mas cada palavra que ele dizia eu entendia, nós conversamos por um tempo e parecia que teríamos um bom relacionamento, mas eu me lembro, toda vez que sinto isso, eu quebro a cara, me dou mal, ele parecia legal, legal demais... Eu deveria dar uma chance para ele?...
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A Ascensão
HorrorA rua estava deserta, e essa tal rua era observada por uma garota que olhava delicadamente cada detalhe da mesma. A garota estava com marcas pelo corpo, com roupas e cabelos bagunçados, ela chorava, em silencio, segurando algo pesado e ainda quente...