It is good to feel loved.

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  Dito e feito ! Esse momento é todo de vocês, Choni shippers. Espero que gostem dessa fic tanto quanto da outra, e eu também espero receber as sugestões de todos, afinal eu amo escrever as ideias incríveis de vocês. Aproveitem o primeiro capítulo, e boa leitura a todos ! 

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Cheryl nunca foi uma garota que se apaixona fácil. Na realidade por grande parte da sua vida ela pensou que jamais seria capaz de amar alguém, e isso a assustava. Talvez fosse por conta dos comentários maldosos de sua mãe, ou até mesmo por conta do ego, tudo que ela sabia era que nunca havia experimentado a sensação de se entregar completamente para alguém. Pelo menos não até conhecer Toni.

- Morango, com chantilly extra. - Toni falou sorrindo levemente e entregando o milkshake em suas mãos, antes de se sentar a seu lado.

- Obrigada T.T. - Cheryl agradeceu, depositando um beijo em sua bochecha.

- Vocês duas são uma graça. - Betty comentou, observando a interação do casal enquanto sua namorada prestava atenção no celular.

O comentário de Betty fez com que ambas quebrassem o contato visual e corassem levemente. Por um minuto elas esqueceram da presença das amigas.

- Tem notícias do Jug ? - Betty perguntou olhando para Toni, sem sequer perceber a pequena tensão que havia se formado com seu comentário.

- Ele está melhor. - Toni afirmou sorrindo levemente. - F.P e os meninos o levaram para o hospital. Foram só alguns pontos.

Toni, Fangs e Jughead foram atrás dos Ghoulies na noite passada após receberem informações de que os mesmos estavam envolvidos no tráfico de drogas de Riverdale, porém não passava de uma emboscada. Ninguém se feriu gravemente, a intenção deles provavelmente era apenas assusta-los, e apesar de não ter funcionado com Toni, com toda certeza funcionou com Cheryl. A ruiva entrou em desespero ao ver um pequeno corte na testa de Toni, além de pequenos arranhões em seus braços. Apesar da insistência de Cheryl em leva-la para o hospital, Toni garantiu que estava bem. Afinal de contas foi apenas uma pequena queda, empurrão na verdade.

- Queria ter essa coragem. - O comentário de Verônica fez com que Toni franzisse o cenho confusa. Então ela explicou melhor. - De ir atrás de traficantes. Afinal de contas eles não hesitam em machucar qualquer pessoa que entre no caminho deles, até mesmo uma garota.

- Covardia. - Betty completou o pensamento da namorada. Toni podia ser durona, mas ela era tão pequena que não foi difícil para que algum deles a lançasse a metros de distância quando tentou defender os amigos.

- Isso não é coragem, é estupidez. - Cheryl intrometeu-se na conversa. Ela e Toni já haviam discutido sobre o ocorrido, mas ela ainda estava com tanta raiva dessa situação toda que foi inevitável fazer o comentário.

- Cher, não comece. - Toni tinha um tom doce, apesar das palavras. Ela já estava cansada de discutir sobre aquilo, e por mais que tentasse explicar, Cheryl não conseguia entender seus motivos. Em sua cabeça, ela estava apenas se arriscando de graça.

- Não estou começando nada. - Cheryl deu de ombros, fingindo não entender. Ela sempre utilizava esse tom irônico quando discutia com alguém. - Eu só não acho que ir atrás de traficantes desarmada, para ser agredida e ficar sem sua câmera seja a escolha mais inteligente.

Toni apenas revirou os olhos e voltou a olhar para frente, ela não pretendia iniciar outra discussão desnecessária.

- Tudo bem, acho melhor mudarmos o assunto. Que tal ? - Verônica comentou com um sorriso nervoso no rosto.

Mas já era tarde, Cheryl estava frustrada e Toni sabia disso. Ela teria que enfrentar essa situação mais cedo ou mais tarde, e honestamente ela já não aguentava mais brigar por isso.

....

Toni estacionou a moto em frente a casa de Cheryl. A ruiva rapidamente soltou sua cintura e tirou seu capacete, entregando-o nas mãos da morena . Cheryl nem sequer disse um " tchau " antes de começar a caminhar em direção a porta.

- Cheryl, espera. - Toni depositou o capacete rosa na parte de trás da moto antes de sair de cima da mesma e tirar seu capacete.

Cheryl parou subitamente, virando-se em sua direção e cruzando os braços ao vê-la se aproximar. Toni não sabia exatamente o que iria dizer, mas ela precisava dizer algo.

- Sim ? - A ruiva perguntou, esperando que Toni iniciasse a conversa. Apesar de saber muito bem do que se tratava.

- Por que você ainda está brava ? Eu estou bem, nada aconteceu.

- Nada aconteceu ? - Cheryl soltou um riso irônico, não acreditando nas palavras da namorada. - Nada aconteceu. - Repetiu.

- Você entendeu o que eu quis dizer.. - Toni tentou se explicar ao perceber que Cheryl havia interpretado suas palavras da forma errada.

- Não, eu entendi. Claro que entendi. - Falou ironicamente. - Entendi que pra você o fato de ter arriscado sua vida, ter sido agredida e me deixado aqui morrendo de preocupação porque fiquei horas sem uma notícia sequer pode ser resumido a " nada aconteceu ".

- Cher.. - Toni sabia que ela estava assustada, ela podia ver o medo nos olhos de Cheryl. E isso quebrava seu coração. - Eu sinto muito, não foi isso que eu quis dizer.

- Eu fiquei com medo Toni. - Cheryl admitiu, olhando-a nos olhos pela primeira vez. - Com medo de que jamais te veria de novo, com medo de ficar sem você.

- Eu sei, eu sei. - Toni envolveu-a em um abraço no mesmo instante. Cheryl agarrou-a com força, depositando a cabeça em seu pescoço e permitindo que suas lágrimas caíssem. Ela precisava disso, precisava ser consolada pela namorada. E agora Toni entendia isso. - Sinto muito por te fazer sentir assim. Eu estava tão preocupada em defender minha família que acabei me esquecendo de que você também é minha família agora, me desculpa.

Cheryl afastou-se do abraço, limpando as lágrimas que ainda caíam antes de se inclinar em direção ao seus lábios. Toni ficou surpresa com a atitude, mas correspondeu ao beijo no mesmo instante em que sentiu a língua de Cheryl adentrar sua boca. Ela levou as mãos á sua cintura, acariciando-a.

- Isso era tudo que eu precisava ouvir. - Cheryl respondeu sorrindo, ao separar o beijo. Ela levou as mãos até seus ombros e puxou-a para outro abraço. - Se me assustar dessa forma de novo, você vai se ver comigo.

Toni soltou uma risada abafada, porém nervosa. Ela sabia que Cheryl não estava brincando, mas era bom saber que alguém se importava tanto com ela. Era uma sensação nova, e ela amava isso. 

Choni momentsWhere stories live. Discover now