Bubbles {YeJu}

Lírios

 Oiee! Bem-vindo a esta história que amei escrever sobre um dos meus OTP favoritos! São apenas 3 capítulos leves, feitos com muito amor! Espero que goste! Boa leitura! <3 

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P.O.V. YERIN

Pela primeira vez, em três anos, fiquei muito feliz por acordar cedo em uma manhã de domingo. Era dia do Festival das Flores.

Amava esse festival desde os 8 anos, quando meus pais começaram a frequentar. Íamos todos anos. Mas não tive mais animo depois que meu pai falecera, três anos atrás. Minha mãe não deixou de frequentar sequer um ano. Acho que ela via como uma forma de se manter perto dele. Então esse ano, criei coragem para acompanha-la.

Eram nove da manhã quando chegamos ao parque. Já tinha um grande número de pessoas com suas famílias e até seus animais de estimação. Tinham barracas de flores e de comida por todos os lados. Crianças corriam animadas, o vento espalhava flores de cerejeira por todo o parque e vendedores ambulantes passavam deixando bolhas de sabão no ar.

Respirei fundo a ar que parecia tão puro e senti uma incrível paz interior. Era como nos velhos tempos.

Circulamos quase todo o parque, minha mãe comprou algumas flores (mais lírios, que eram as favoritas do papai e as minhas também) e logo me vi parada em frente a uma barraca com artigos de pelúcia. Eu tinha uma coleção de bichinhos e personagens de pelúcia que meu pai me dera sempre que vínhamos ao festival.

Abri um sorriso ao imaginar qual ele poderia ter escolhido dessa vez.

- Yerin... - ouvi a voz de minha mãe e quando olhei em sua direção, ela estendeu um tubarão azul de pelúcia. - Para você!

Olhei-a com o maior sorriso e senti meus olhos lagrimejarem. Peguei o bichinho e abracei-a com todas minhas forças.

- Obrigada, omma! - deixei algumas lágrimas caírem e ela se afastou um pouco para observar meu rosto.

- Yah, não chore, senão choro também! - ela limpou minhas lágrimas.

Sorri e deixei um beijo em seu rosto antes de afastar-me completamente.

- Jung! - virei-me e vi a mãe de Eunha, minha melhor amiga, se aproximar.

- Kim! Como está? - minha mãe abraçou a mulher.

- Tudo bem e você?

- Tudo ótimo!

Elas se afastaram e a senhora Kim olhou para mim, com um sorriso simpático.

- Yerin, está linda!

- Oh, o-obrigada! A senhora também está! - disse, timidamente.

- Eunha está por aí, a procura da Umji.

- Oh sim, ela disse mesmo que iria encontrá-la. Estou ansiosa para conhece-la.

- Tenho certeza que irão se dar muito bem, ela é uma fofa!

- Quer ir procura-la, filha? - minha mãe indagou.

- Sim, vou ver se a acho.

Ela balançou a cabeça positivamente e disse 'ok'.

- Kim, quer me acompanhar até barraca de cachorro quente?

- Claro!

- Ótimo! Yerin, quando encontrar as garotas, venham até a barraca, tudo bem? Para vocês lancharem.

- Tudo bem. - minha mãe deu-me um beijo na testa e saiu junto a senhora Kim.

Caminhei até um banco ali perto e sentei-me. Observei novamente todo o movimento de pessoas, antes de abraçar forte meu novo bichinho de pelúcia. Fechei os olhos e vi o rosto sorridente de meu pai... Aquele sorriso que ele sempre mostrava quando me via feliz.

- Sinto sua falta, papai... - murmurei em um fio de voz. - Mas não vou mais chorar! O senhor com certeza não gostaria que eu ficasse aqui chorando. -abri um pequeno sorriso e limpei algumas lágrimas. - Vou aproveitar o festival como sempre aproveitei!

Levantei-me e segurei meu novo bichinho entre os braços.

- Vamos nos divertir, amigão!

E fui a procura de Eunha.

Comecei onde tinha o maior fluxo de pessoas, que era onde estavam as barracas de comida. Nada.

Passei pelas barracas de flores e artigos diversos. Nada.

Já estava cansada de andar, então fui para a área mais afastada, onde já não tinham barracas. Novamente, sentei-me em um banco. Suspirei.

- Onde você se meteu, Eunha...

Um vendedor ambulante passou soltando bolhas de sabão e paralisei ao ver uma garota ruiva, sentada em um banco do outro lado, observando atentamente as bolhas pairando pelo ar. Ela tinha um dos sorrisos mais lindos que já tinha visto. Ela era uma das garotas mais lindas que já tinha visto.

Estava usando um coroa de flores e isso a estava deixando mais linda e fofa. Ela começou a estourar algumas bolhas e sorria igual uma criança. Não pude evitar de abrir um sorriso.

Foi quando nossos olhares se encontraram. Meu coração acelerou e com certeza devo ter ficado vermelha com o jeito que ela me olhava.

É, gosto de garotas. Descobri nas primeiras festas que participei na universidade. Poderia até estar namorando uma, que gostava muito de mim, mas tive muito medo. Não estava preparada para a reação das pessoas, nem da minha mãe.

Continuamos nos olhando em meio as bolhas e flores de cerejeira até que ouço Eunha me chamar.