Cookie, Sugar and Milk (PT-BR)

«pervert»

Respirei fundo antes de abrir a porta e entrar na sala de dança que eles estavam. E se algum deles se lembrar do episódio de ontem? E se eles olharem para mim com cara feia? Tinham tantas dúvidas que surgiam na minha cabeça, e que só me deixavam ainda mais nervosa. Entrei, fingindo como nada tivesse acontecido, e segurei um sorriso. Tudo o que eu preciso focar no momento é o meu trabalho, e não minha vida pessoal...

LS- Éer...oi, gente, tudo bem? - eles me cumprimentaram de volta, e voltei a falar.- então...o manager me enviou aqui, pedindo que eu fosse a nova..."professora" de vocês..? acho que já avisaram, mas ok.

Olhei para todos eles: o jungkook parecia que estava com uma carinha de doente, mas deveria ser a ressaca então apenas deixei passar. Ele provavelmente nem lembra do que houve ontem. Yoongi estava me olhando sério, mais do que de costume, encarando-me de cima a baixo, o que me deu medo. Eu tinha certeza de que ele não se esqueceria daquilo tão cedo...

O fato de eu estar de top esportivo me deixava desconfortável. Às vezes, eu sem querer percebia que Jimin às vezes batia os olhos na minha barriga e ficava sorrindo. Que vergonha! Eu devia ter me arrumado direito...

Treinamos bastante, e eles me elogiaram, o que me deixou feliz. Jimin saiu do treino uns 15 minutos mais cedo, mas dei de ombros, mesmo. Sinceramente, eles eram ótimos dançarinos também, sem contar que o treino foi muito produtivo.

Enfim, depois que acabou, voltei para o dormitório. Quando entrei, as meninas estavam lá, e quando me viram, pareciam um pouco chocadas e davam risadinhas. Cheguei até a ouvir um "que inveja" saindo dos sussurros. O que era aquilo?

Quando cheguei perto de minha cama, a surpresa: Uma rosa com uma carta escrita a mão. Quem era? jimin. Ajuda com rap...okay, acho que consigo. Vesti uma blusa "normal", dei uma ajeitada no cabelo e fui; não era pra impressionar ele, mas não podia sair na rua daquele jeito. Saí na rua, eram umas 13h55, então imaginava que ele estivesse lá.

Quando cheguei, umas 14h20, lá estava ele, numa mesa pra dois, sorrindo ao me ver entrar. Ele era forçado, porém um docinho.

JM-Oi, Somi, vejo que recebeu minha carta.

LS-Vi sim. - disse sorrindo de leve, sentando em sua frente.

- quer fazer uma música, certo?
Ele basicamente ficou me enrolando, mudando de assunto toda hora, como se tivesse me chamado para um encontro. Mas teve uma pergunta...que fiquei muito alterada.

JM- o que você acha dos Hyungs? Digo, os outros trainees.

Eu respondi que já éramos amigos, e que todos tinham o mesmo relacionamento comigo.

Ele ficou me perguntando um monte de coisa; ficamos um tempão lá, que já tinha ficado escuro. Eu, de saco cheio, falei:

LS-Olha, eu não sei qual é sua intenção em certo, mas se quiser me chamar pra sair de verdade pra me conhecer melhor, não envolva nosso trabalho como estratégia.

Meio frustrada, peguei minha bolsa e fui embora.

De cabeça baixa, furiosa, seguia na rua escura, e ficava resmungando pra mim mesma, até que ouvi uma voz saindo de um canto.

XX-Hey, mocinha.

Quando olhei, não o conhecia. Era um homem meio grande, com cara de bad boy (KKKKK). Olhei pra ele, ainda meio brava e confusa. Ele se aproximava:

XX-que bonitinha, você. bora trocar uma ideia?

Seu sorriso me deu uma impressão péssima. Ele pegou em meu ombro, e eu, por extinto, tirei, falando:

LS-Me solta, vai flertar com outra pessoa.
Eu estava saindo, até que ele tocou em minha cintura, me puxando pra perto dele, com grosseria.

XX-HEY! Seus pais não te educaram? Vou ter que te dar uma punição.

A esse momento, sua mão ia descendo mais a minha cintura, e eu tentava me soltar, mas ele era mais forte. Eu gritava pedindo pra que ele me soltasse, furiosa. Eu já estava sem esperanças sobre sair daquela situação, até que vejo uma mão socando o rosto do homem. E ele, revoltado, perde um pouco da força dos braços, assim sendo possível que eu me soltasse. Saí de perto, rápido, assistindo a cena do cara, com um capuz que cobria seu rosto, socando o outro. Fiquei paralisada, sem saber o que fazer, quando o homem forte parecia sem forças para continuar, e o cara com capuz chegou perto de mim:

YY-está bem?

Ele tirou o capuz, revelando sua familiar face: