Capítulo 4 - Reencontro

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  Depois de ter ficado dois dias no hospital tive que encarar a parte mais difícil que foi cuidar do velório de minha mãe e ter que voltar para casa. Não me lembro de muita coisa depois que desmaiei nos braços daquele rapaz, que por sinal as enfermeiras me disseram que ele me acompanhou até o hospital e comprou algumas roupas para quando eu recebesse alta, elas contaram que ele não disse qual era o seu nome. Quando o táxi para em frente minha casa o meu chão desmorona, parecia que a qualquer momento minha mãe sairia da casa me dar um abraço. Ao abrir a porta da casa senti um vazio em saber que eu não encontraria ela a noite. Mas tinha que ser forte, fui até seu quarto e me deito em sua cama e vejo que seu perfume ainda estava ali eu choro, choro como se não houvesse amanhã e acabo adormecendo.
....

  Acordo com a capanhia tocando e corro para as escadas, algo dentro de mim parecia dizer que podia ser minha mãe mas quando abro a porta vejo que era apenas a Liah.
- Amiga!- ela me abraça forte e eu choro. - Eu sinto muito! Já cuidei de tudo para sua mãe ser enterrada amanhã pela manhã. - dizem que descobrimos os melhores amigos nas horas difíceis e ela era bem mais que isso era minha irmã.
- Obrigada! Eu tava pensando em fazer isso hoje a tarde, mas vejo que já resouvel tudo. - digo abrindo espaço para ela passar.
- Imagina amiga! Também falei para minha mãe que eu domirei  aqui com você. - agradeci a Deus de não ter que dormir sozinha. - Eu sei que é difícil mas como sua mãe faleceu?
- Os médicos disseram que ela já estava morta quando o carro explodiu, ela acabou ficando com o corpo muito queimado também. Eles falaram que estou viva porque o meu sinto soltou eu fui jogada para fora do carro na hora da batida.- dizia a mim mesma que tudo aquilo era mentia.
  Eu e Liah ficamos conversando a tarde toda e de noite pedimos uma pizza já que ninguém estava com ânimo para cozinhar.
 
....

Quando amanheceu eu me olhei no espelho e pude notar meus olhos inchados de tanto chorar. Tomei um banho para tentar me acalmar e fui me arrumar para o enterro de minha mãe, coloquei um vestido longo já que não podia colocar calça por conta de meus pontos na perna, coloquei um blazer branco com listas pretas por cima e uma anabela preta. Seria um look preto e branco maravilhoso se não fosse para o velório de minha mãe. No cabelo fiz uma trança e coloquei óculos escuros já que não estava a fim de me maquiar, antes de sair dei um beijo no retrato de minha mãe e respirei fundo. Eu tinha que ser forte...
Chegando no local onde estava sendo velado o corpo de minha mãe percebi que todos que minha mãe amava estavam ali, e todos fizeram questão de me abraçar e dizer o quanto ela era incrível. Eu fiquei perto do caixão dela a espera do pastor para começar a despedia, mas minha atenção se voltou para a porta da capela. Os cabelos grisalhos do homem, a postura firme e olhos eu conhecia perfeitamente, por mais que fizesse anos que eu não lhe visse... " Como ele é hipócrita!" Digo a mim mesma...

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