Perfectly Wrong || Shawn Mendes [COMPLETED]

14 | chapter fourteen

Desgrudo meus lábios dos dele com um leve arrependimento. Seus olhos estão grudados nos meus e seu braço ainda está enrolado na minha cintura.

Se dois meses atrás me dissessem que em pouco tempo eu estaria nos braços de Shawn Mendes novamente eu provavelmente daria um soco na cara da pessoa e a chamaria de louca.

Mas parece que agora a louca sou eu, deixando os sentimentos voltarem depois de ter passado por muita coisa para esquecê-los.

Não falo nada, apenas solto os braços dele da minha cintura e caminho para fora da casa, olhando para baixo sem saber que expressão colocar na minha cara.

Não estava tão frio como antes, não sei se é porque os braços de Shawn me aqueceram ou porque sentia como se cada órgão do meu corpo estivesse literalmente em chamas.

Meus pensamentos iam até a lua enquanto eu caminhava pelas ruas de Toronto em direção à minha casa. Estava pensando em tudo que havia recusado pensar todo esse tempo.

Estar com ele me fazia bem.

Mas estar com ele foi o que me destruiu.

Mas talvez agora eu esteja concertada. E finalmente forte o suficiente para não deixar que ele me quebrasse de novo.

Agora já era tarde demais, a única coisa que me restava fazer era seguir o embalo. Aceitar que os sentimentos realmente estavam voltando e tentar impedi-los de me cegar completamente a ponto de fazer com que eu volte a ser a garota de 14 anos que esperava o dia inteiro para chegar em casa e finalmente poder se cortar, substituindo toda a dor emocional pela física.

***

Chego em casa e me deparo com gritos vindo do quarto da minha mãe. Flashbacks do passado onde meus pais costumavam gritar desse jeito invadem minha mente.

Ela não pode ter trazido ele para cá. Ela sabe que isso acabaria comigo e principalmente com a família que haviamos montado.

Subo as escadas correndo e abro a porta rapidamente. Não sei o que eu estava esperando, mas definitivamente não era isso.

Adam caído no canto do quarto com sangue escorrendo por todo seu rosto enquanto um morador de rua o espanca.

Fico paralizada, não sei o que devo fazer, sinto que tentar interromper a briga não seria a decisão certa, então apenas pego meu telefone e digito o número da polícia.

"911 qual é sua emergência?" Nesse momento o homem percebe minha presença e se vira.

Sua toca suja e barba longa fazem com que eu demore para perceber quem esse homem realmente é. Não é apenas um morador de rua, é o meu pai.