Capítulo 4

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                                                                         ~🐝~

Amanheceu e o sol estava prestes a queimar alguém, e para piorar não consegui dormir em momento algum durante a noite. Isso significaria mau-humor durante o dia inteiro. Qualquer pessoa ao falar comigo perceberia meu estado crítico de ansiedade. 

E a causa dessa insônia seria o episódio cômico que tinha passado ontem. Como eu irei encara-lo agora? Eu o agredi e ele ainda se importou comigo. 

Sou uma péssima amiga. 

 Estava envergonhada o bastante para não levantar, mas lembrei que ainda estava com o vestido que Mabel tinha me dado e não queria estraga-lo.

Levantei me espreguiçando, ainda com uma enorme dificuldade, porque estava totalmente acabada. Fui até o espelho pequeno que havia pendurado no banheiro e me assustei com as imensas olheiras que se formaram debaixo dos meus olhos.

 — Oh, céus! Estou tomando susto com o meu próprio rosto — Ri baixo esticando cada parte do rosto formando uma careta engraçada — Ontem princesinha, hoje uma bruxinha, Eloisy? — Bocejo.  

Arrumei a cama e decido amarrar meu cabelo castanho escuro que se encontrava uma bagunça. Nesse momento, senti saudades de Lexie por não ter a visto, mas por outro lado, uma grande preocupação.

Deixo meu quarto quando percebo que a preocupação tinha tomado conta de mim. Sigo pelo corredor confiante que encontraria a minha mãe, já que não a vejo também. Talvez ela saiba onde está a pequena Lexie. Vou para o lado onde estava o jardim e me senti uma péssima filha por não perceber que minha mãe não estava em nenhum lugar. Quando cheguei próximo a porta de vidro do jardim que era vigiada pelos guardas John e Will, os comprimento e depois pergunto se eles tinham-a visto por ali. Em uníssono respondem que sim.

  — Obrigada, rapazes — Ando até o centro do jardim onde havia um chafariz e acho, felizmente, a minha mãe.

Ela estava conversando com um homem que estava de costas para mim. Ele estava fazendo-a rir, e como de seu costume, ela colocava a mão sobre a boca para poder se controlar. O homem tinha traços diferentes comparados aos dos príncipes. Seu cabelo era como um aparente mel e muito bem cortado, por sinal, estavam brilhando com o reflexo da luz do sol.  

Minha mãe acaba me percebendo de longe e me chama, gritando, para que eu vá até ela.

Ah, mamãe, o que a será está inventando agora?

—  Querida, esse é Dylan — Me apresenta o moço que estava de costas para mim. Admito que ele era simplesmente lindo de perto. Acabo o encarando por mais tempo do que era devido — Ele é um amigo da família real. Muito simpático! — Diz ela sorrindo. 

Corei em perceber que ele não tirava seus olhos de mim.

— É um prazer conhecê-la pessoalmente, senhorita, sua mãe comentou sobre você — Estendeu a mão e eu a apertei, mas sou surpreendida com um abraço. Ele se afasta um pouco para poder ver o meu rosto depois de ter percebido que eu tinha me assustado. Dylan solta um sorriso e eu sabia que minhas bochechas estavam vermelhas como dois tomates — Já estamos nos dando bem, está vendo, Mary Margaret? 

Ela riu e eu a repreendi — Mãe!

Sem perceber que ainda estava nos braços de Dylan, me desperto e me afasto bruscamente do mesmo — Estou vendo, Dylan! Por isso, acho que Eloisy poderia o ajudar a encontrar o quarto de hospedes — Minha mãe completa piscando para ele.

O que minha mãe está fazendo, meu Deus? Por que ela está piscando para um desconhecido?

Fico indignada com aquilo e cruzo os braços deixando transparecer que não estava nada satisfeita.

Os EncantadosOnde histórias criam vida. Descubra agora