O céu me acompanha em toda a minha vida.
Parece óbvio, mas falo sério.
Desde os momentos mais felizes aos mais tristes, eu olho pro céu pra refletir, digerir, progredir.
O céu é minha morada interior, eu me encontro quando olho pras nuvens, se formando pouco a pouco, em um conjunto tão magnífico, uma tela pintada a mão. Em algumas vezes, descontraídas, em outras endurecidas, mas nunca menos bonitas.
O sol, reflete toda sua grandeza, ele transcende a vitalidade. Incorpora o brilho da vida em cada raio que emana.
O sol é forte, astuto, autoritário, sagrado, o sol purifica, o sol é o renascer, transcender, recomeçar, felicidade, esperança e força.
Porém, mesmo com toda beleza do céu mais azul, é a noite que meus devaneios transitam de estrela por estrela.
O céu negro, as estrelas, a lua. Ah, a lua. . Mãe, rainha, dona do equilíbrio, do nascimento, dona das almas mais rebeldes e lugar de repouso para os mais reservados.
Lua, dona da fertilidade, dona de ciclos, mágica, poderosa, forte, inigualável, amor inesgotável.
Cada uma das estrelas que regem o céu escuro, compõe os mais diversos pensamentos da alma.
A noite, o céu, minha morada.
Companheira dos dias mais frios, companheira dos momentos mais felizes.
Sempre costumei conversar com a lua, com as estrelas.
E eu me lembro bem, do dia em que eu imaginei que através da lua, eu chegaria a você.
Mesmo não te conhecendo, mesmo não sabendo nada a respeito da sua vida, sua idade, seu nome, onde você residia, uma verdade era imutável: partilhavamos a mesma lua e as mesmas estrelas, não importava a distância, elas sempre me ligaram a você, e naquele dia em que eu olhei pra lua e pedi por você, eu soube, ela tinha me ouvido.
E pela primeira vez, eu soube que o céu, a lua e as estrelas, sempre me ouviram, e que eles me acompanham por toda a minha vida.