° Ela.

1.7K 145 13
                                    

Será que ela é a mulher do chefe?

Essa é a primeira pergunta que vem a minha mente, rapidamente desço meus olhos para os seus dedos e vejo que à apenas um anel no dedo indicador.

—Boa tarde. — diz ela firmemente, todos respondemos em uníssomo. —Espero que vocês já estejam ciente de quem eu sou. Vocês estão aqui para ajudar a minha equipe a encontrar duas pessoas. E eu quero as duas vivas. A minha irmã Eloysa. — o homem ao seu lado nos mostra uma foto de uma menina loira. —Quero ela intaquita. — diz com a voz diferente.

Retiro os olhos da foto e a encaro, ela tem uma grande tristeza nos belos olhos castanhos. Aproveito para analisá-la um pouco mais e vejo o quão lindo são os seus cabelos negros com ondas. Observo seu rosto sério, a boca vermelha pelo batom sendo o ponto mais chamativo.

—E outra pessoa? — um dos homens pergunta curioso a ela.

—Eu mesma irei matar. — responde ela friamente.

Não vou negar e dizer que não me assustei. Me assustei, ela diz que irá matar como se estivesse dizendo quanto é um mais um.

Respiro fundo e aperto minhas mãos atrás do meu corpo, isso parece chamar sua atenção pois os olhos castanhos rapidamente caem sobre mim.

Ela me analisa de forma minuciosa, uma mistura de seriedade e curiosidade surgem em seu semblante.

—Vou entrevistar cada um de vocês e depois vou escolher somente cinco para integrar os vermelhos. — diz ela tirando seus olhos de mim.

—Como seus lindos lábios? — um moreno diz numa tentativa falha de ser sedutor.

Vejo ela revirar os olhos rapidamente e isso me faz querer sorrir, ela apenas suspira e responde ironicamente:

—Sim. — ela da um sorriso e depois fecha a cara saindo logo em seguida.

—Meu amigão você já está fora. — diz o homem que a acompanhava com uma gargalhada zombeteira.

Me sento em uma das cadeiras disponíveis e vejo Lucas completamente chocado.

—Porra... Que mulher é essa... Ela é um caminhão. — diz ele me olhando com euforia.

—Ela é realmente bonita, mas deve ser mulher do chefe. — digo em um tom natural.

—Ela não é mulher do chefe. — diz o segurança da moça. —Ela é A chefe.

—Como assim? Ela é quem manda em tudo? —pergunta Lucas.

—Sim, ela herdou dos pais que morreram. — responde com casualidade.

—Uma mulher dona da máfia? —pergunta um homem moreno. —Que ridículo.

—A senhora Rivera não é uma mulher comum meu caro. Ela literalmente te coloca no chão em um segundo. — diz o homem sorrindo.

A voz da senhora Rivera ecoa pela sala chamando o primeiro nome e ele se vai.

—Ela é aquelas mulheres foda que sabem atirar e lutar? — pergunta Lucas animado.

—Não é puxando saco e nem que sou apaixonado pela minha chefe mais a senhora Rivera é... Não tem palavra certa para descrevê-la, ela nunca estará perto das suas espectativas. Nunca mesmo. Ela sempre faz melhor do que você imagina. — diz ele com orgulho na voz.

—Qual o nome dela? — resolvo perguntar.

—Eloah. — responde saindo da sala ao ouvir seu celular tocar.

Eloah...

Os minutos vão se passando e sempre se levanta e volta um da entrevista todos sempre muito nervosos.

—Agora que eu me liguei. — diz Lucas me dando um tapa no ombro. —Ela é a gata do shopping, aquela que a gente viu no corredor e no estacionamento.

Penso um pouco e volto meus pensamentos para o tal dia no shopping e me surpreendo ao ter em meus pensamentos tão nítido o sorriso dela.

—É ela sim. — respondo.

—Meu Deus, quem diria... — diz Lucas pensativo. —Porra ela é tão gostosa. — diz para que apenas eu o escutasse.

Ao ouvi-lo se refirir a ela desse modo uma sensação esquisita se passou por mim, eu não gostei desse jeito de falar. Não gostei mesmo.

A voz dela ecoa novamente e dessa vez é chamando Lucas, ele se vai super animado.

Depois de alguns minutos Lucas volta, sorrindo como nunca o tinha visto sorri e isso me incomoda.

Mas que merda, porque me incomoda?

Não tenho tempo perguntar o porquê do sorriso pois que meu nome é chamado.

—Victor Russell. — ouço sua voz e uma sensação esquisita me toma.

Meu nome em seus lábios soam diferente aos das outras pessoas, gosto como soa nos lábios dela. Enquanto caminho para a sala ao lado da qual estava me lembro dos seus lábios grossos chamativos.

Como talvez nossos lábios pudessem se encaixar...

Ao entrar na sala a encontro sentada com a postura ereta, ela lê um papel que parece ser meu currículo.

Me sento a sua frente e ela me olha, me esforço ao máximo para concentrar meus olhos em seus olhos e não na sua boca bonita.

—Okay Victor, você tem vinte e sete anos, tem especialidade com armas e luta. É um ex-soldado do exército. — diz um pouco chocada. —Woow você é um hacker. — diz surpresa e sorri animada, acabo sorrindo de lado.

—É casado ou namora? — pergunta olhando para a folha, ela levanta o olhar rapidamente para mim e eu a olho confuso.

—Não, sou solteiro. — digo simplesmente.

—Você já matou antes? — pergunta me encarando.

—Já. Mas não mato mais. — respondo sério.

Ela me olha confusa.

—Me peça qualquer coisa, desde limpar o chão do seu banheiro até pular de um helicóptero para salvar alguém. Mas não me peça pra matar. Por favor. — eu praticamente suplico a ela, porém digo a verdade.

—Você é sozinho? — pergunta se debruçado sob a mesa.

—Solitário. — respondo sorrindo fraco.

—Você é tão bonito para está sozinho. — diz naturalmente.

Eu acabo sorrindo, mostrando os dentes e me acho esquisito ao vê-la me olhar... Satisfeita?

—Bem Victor você pode ir, vou dar uma analisada nos papéis e já chamo quem vai entrar ou não. — diz e eu me levanto saindo.

Agora eu entendo o sorriso de Lucas, falar com ela causa uma alegria esquisita, o porque eu não sei, mas causa.

_________________________

Ain ❤❤❤

Querem mais um?

Victor Russell. Onde histórias criam vida. Descubra agora