° O Grande Dia II.

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A festa começa bem animada e me sinto imensamente feliz ao ver o quanto Eloah está se divertindo e dançando com as pessoas que ela tanto ama.

Nessa festa teve de tudo, muitas confusões mas também muita coisa engraçada. Eloah me apresentou rapidamente para alguns parentes seus que são distantes, realmente distantes.

A mesma disse que só os convidou por respeito à seus pais que iriam querer que os parentes estivessem presentes.

Na hora de Eloah jogar o buquê fiz questão de ir lá eu mesmo e pegá-lo, não quero que a sorte que tivemos vá embora. As mulheres que estavam esperando pela sorte quase me bateram quando me viram correr e agarrar o ramo de rosas vermelhas e brancas.

Nós não tivemos valsa pois disse a Eloah que não sabia dançar, mas na verdade eu sei, aprendi desde novo mas não queria aquela atenção para mim. Outra vez eu mostro a ela meus dotes dançarinos.

Observo a festa de longe enquanto tenho uma pequena garrafa de cerveja na mão. Vejo Eloah vim na minha direção segurando o vestido para conseguir andar melhor.

-Hey, algum problema? - pergunta com um tom preocupado.

-Meus pais, eles não vieram, eu mandei o convite. Eu pensei que depois de tanto tempo... eles... - desabafo mesmo sabendo que ela ainda não sabe a história sobre meus pais.

Eu me sinto triste por dentro mas logo a tristeza vai embora quando seus braços me agarram.

-Não sei o que dizer. - diz ela apoiando seu rosto em meu peito e eu abafo uma risada beijando seu cabelo.

-Não precisar falar amor. Só preciso de você. - digo nos balançando em uma dança somente nossa sem tirar os pés do lugar.

-Vem, preciso fazer uma coisa. - ela diz me puxando pela mão e sorri ao ver meus olhos confusos.

Ela me deixa no salão bem em frente a onde está o DJ, a observo e ela tem um grande sorriso no rosto. Eloah fala algo com o DJ e logo a música acaba, as luzes que antes deixam o ambiente escuro e piscante agora se torna claro.

Todos olham para Eloah em cima do palco que sorri um pouco nervosa.

-Oi. - ela diz e sorri. -Eu estou extremamente nervosa, mas eu não tinha pensando em jeito melhor de dizer isso. - ela suspira e rir. - Todos sabem que sou muito feliz por ter Victor, ele me fez realizar coisas que eu jamais pensei em ter ou ser.

Okay. Eu não estou entendo nada, absolutamente nada. Ela sorri nervosa e me olha mais nervosa ainda.

-Mesmo que uma encomenda demore alguns meses para chegar ela é bem vinda não é? - ela pergunta causando alguns coxixos.

Eu a olho mais confuso ainda e nem tento entendê-la, só a deixo falar o que quiser.

Talvez seja o álcool? Não, eu não a vi beber álcool essa noite. Apenas coquetéis sem álcool.

-Eu pensei que dizer isso era mais fácil. - ela sorri mais uma vez e foca seu olhar em mim. -Meus queridos amigos, familiares e marido! É com muita felicidade, que informo a vocês que tem bebês a bordo.

Eu só vejo sua mão em cima de sua própria barriga, eu não consigo sentir nada ao meu redor. Meus ouvidos ficam surdos e meus olhos escuros.

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Sinto minha cabeça doer e abro os olhos devagar e ouço ao longe a voz da minha esposa dizer:

-Victor se você não acordar agora eu juro que te mato.

Sorrio de leve e a vejo com os olhos fechados enquanto as belas unhas passam pelos cabelos negros agora soltos.

-Primeira ameaça de morte depois de casados. - digo baixo e ela abre os olhos, sorrio e continuo. -E contando...

Ela sorri e me abraça forte devolvo o abraço na mesma intensidade.

-Agora deixa eu falar com o meu filho. - falo e troco nossas posições.

Deito Eloah na cama e abro seu roupão, encaro sua barriga ainda plana e sinceramente mal vejo a hora de vê-la grande. Faço carinho na barriga e deposito vários beijos.

-Na verdade são dois, e um pode ser menina. - a voz dela é suave e calma.

Meu coração acelera e me sinto congelado.

-Dois? - minha voz vacila e me sinto zonzo.

-Não desmaia. - ela diz séria.

-Não vou. - balanço um pouco a cabeça e suspiro.

-Eu estou assustada Victor. - sussurra ela e eu a olho juntando as sobrancelhas.

-Por que?

-E se eu não for uma boa mãe? E se... - ela começa mas eu rapidamente subo meu corpo e a beijo.

-Você vai ser a melhor mãe desse mundo, assim como é a melhor mulher. - digo ao me afastar do beijo. -Fala para sua mãe filhos. - volta a atenção a sua barriga. -Diz pra ela que ela vai ser a melhor mãe do mundo.

-E se for duas meninas? - pergunta ela com um olhar divertido.

-Eu também vou amá-las do mesmo jeito. - com o dedo indicador faço formas de corações sob sua barriga e continuo a dizer. -Mas tem mulheres demais nessa casa e precisamos de mais guerreiros para comprar chocolate quando todas resolverem entrar na famosa TPM.

Ela gargalha e eu me levanto assustado.

-Você viu? Eles mexeram. - me aproximo novamente dela encarando sua barriga.

-Amor eles ainda são muito pequenos pra mexer. - ela diz prendendo mas não por muito tempo já que ela gargalha novamente.

Finjo estar bravo por ela rir de mim e a beijo.

-Eu te amo Victor. - sussurra ela em meio ao nosso beijo.

-Eu te amo Eloah. - sussurro de volta e voltamos a nos beijar.

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Bom, aqui é onde acaba o segundo livro de Eloah não é mesmo? Sem contar o epílogo lógico.

Mas eu ainda irei escrever alguns capítulos bônus para compensar toda a falha que tive com vocês.

E também terá o que aconteceu com Dominic, o mandante de toda a treta que teve lá no livro dos herdeiros.

Espero que tenham gostado ❤

Beijos e até o próximo 😘😘

Victor Russell. Onde histórias criam vida. Descubra agora