Riven

Capítulo 3

Alex rapidamente se afastou de mim e eu escorreguei pela parede sem forças e chorando enquanto minha mãe estava em uma espécie de choque parada em frente a porta.

──── O que esta acontecendo aqui? Elizabeth ! - Minha mãe estava com uma cara de furiosa e perplexa com os olhos marejados e logo sua atenção se direcionou a Alex

──── Amor, Ellen querida ! - Alex falou se aproximando de minha mãe com cara de culpado

──── Mamãe ! Foi o Alex, ele tentou... Ele tentou me agarrar a força - Me levantei ainda encostada na parede olhando minha mãe

──── Como você pode Betty ? Como pode me culpar dessa forma ?. Você veio me procurar ! - Alex dizia com convicção como se tivesse acontecido

Meu sangue ferveu e serrei os punhos cravando as unhas nas palmas da mãos me aproximando deles

──── Mãe, acredita em mim. Ele tentou me agarrar e não é a primeira vez ! - Falava olhando nos olhos de minha mãe sem conseguir controlar as lágrimas

──── Chega Elizabeth, como você pode ! Eu pensava que poderia confiar na minha própria filha - Ellen disse aos prantos

Meu mundo caiu, minha própria mãe preferiu acreditar no Alex do que na própria filha. Ela se aproximou de mim e me agarrou pelo braço me levando com passos furiosos e pesados até chegar em meu quarto me jogando na cama

──── Elizabeth, você é minha filha como pode fazer isso !? Com tantos rapazes, como Elizabeth você fez isso com sua própria mãe! - Ellen estava andando de um lado para o outro

──── Abre os olhos, ele já tentou uma vez e tentou de novo. Ele disse que a senhora não era capaz de... - Estava a dizer até sentir o tapa de minha mãe no meu rosto

──── Cala a boca ! Eu sei que você procurou, como pode se comportar como uma vadia Elizabeth ? Eu não te criei pra isso - Minha mãe falava com um tom furioso e eu estava a esfregar minha mão no rosto no local onde havia recebido o tapa. Ela enxugou  as lágrimas e pegou uma mala que estava em baixo da cama jogando em meu colo

──── Faça as malas, você vai morar com o seu pai - Falou com um tô frio e saio do quarto batendo a porta e logo comecei a chorar descontroladamente. Peguei meu celular e disquei o número de Gina, tocava bastante e nem sinal dela atender até que por um bom tempo ela atendeu

"──── Oi Betty "

"──── Gina... E-eu preciso de você "

"──── Betty, eu estou indo"

Ela desligou a chamada e logo abri meu guarda roupas pegando os mais importantes e começando a jogar na mala, não tinha mais lágrimas para chorar e logo uma fúria tomou conta de mim que me fez pegar uma tesoura e ir em direção ao meu ursinho o senhor Cédric, furando ele várias vezes até conseguir rasgar e ver seu enchimento cair no chão

──── Betty, to entrando ! - Disse Gina abrindo a porta e me vendo com o urso totalmente desfigurado
Ela se aproximou de mim e sem precisar de dizer nada apenas me abraçou fortemente e acabamos sentando no chão ao lado da cama

──── Eu vou embora Gina, ele tentou de novo e eu vou ter que ir embora - Falei olhando para ela que estava incrédula

──── O que? Não Betty não pode ir, ele tentou de novo ?! - Gina estava com a voz trêmula e nervosa

──── Sim e minha mãe não acreditou em mim, até levei um tapa dela

──── Betty, eu sinto muito mas você não pode ir - Dizia Gina com os olhos marejados

──── Eu tenho que ir, pode ser melhor assim

──── Põem tudo pra fora, Vai ficar engolindo sapo até o dia que não aguentar mais e matar ele?

──── Vou ! - Falei retirando os cachos de cabelo que estavam próximo ao meu rosto

──── Por isso somos amigas - Ela disse com lágrimas escorrendo e logo rimos, só a Gina para me fazer rir naquele momento

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Estava com minhas malas prontas e decidi ir na cozinha junto com Gina e logo encontrei com meu padrasto subindo as escadas

──── Essa cidade só tem mulher bonita - Falou ele se referindo a Gina

Ela olhou ele com uma cara meio enfurecida e desferiu um tapa em seu rosto deixando as marcas rapidamente

──── Pode ter enganado a senhora Ellen, mas a mim você não me engana babaca - Ela falou segurando a camisa dele e o empurrou. Logo descemos até a cozinha coloquei suco para mim e para ela em copos e logo levei até meus lábios tomando alguns goles e respirando fundo logo em seguida, como havia dito minha vida está uma palhaçada. Minha mãe havia chegado e me esperava do lado de fora, Gina me acompanhou até fora de casa próxima ao carro e me deu um abraço forte que eu retribui não segurando as lágrimas

──── Por favor Betty, não se esqueça que pode contar comigo. Eu estou pro que precisa mesmo estando longe nada vai mudar porque você sabe que por mais que fiquemos separadas a nossa amizade vai ser a mesma quando nos vermos de volta - Ela disse em meio a lágrimas

──── Tchau Gina, eu vou sentir sua falta - Nos separamos e logo sorrio limpando meu rosto e entrando no carro que não demorou muito tempo até minha mãe colocar o pé na estrada a caminho da casa do meu pai. Estive calada durante toda a viagem não queria papo com minha mãe, a que preferiu acreditar em um pervertido do que na própia filha [... ] em pouco tempo estávamos na casa do meu pai, desci do carro e bati na porta que não demorou a ser aberta

──── Oi pai, eu estive com saudades - Falei esboçando um sorriso