Capítulo 3

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                           (...)

Duas semanas se passaram correndo. Nessas semanas, eu pude conhecer todos os professores e ter me familiarizado um pouco com alguns alunos novatos. Em casa, as coisas continuvam as mesmas, a única diferença é que eu e Selena não temos mais brigado com tanta frequência como sempre fizemos, o que estava deixando nossa mãe feliz. Meu relacionamento com Elliot continuava o mesmo, mas nesse meio tempo, eu tenho notado que ele está diferente em relação à nós, já que não tem me mandado mais mensagens tão frequentemente como sempre fazia e, não tem me procurado para falar comigo. Isso está estranho. Portanto, eu preciso falar com ele sobre isso depois, e saber o que anda acontecendo, pois ele nunca agiu assim antes.

                                                        ( 06hrs )

Acordei pela manhã com o toque ensurdente do meu despertador. A luz clara invadia minha janela e clareava todo o meu quarto sem que nada a impedisse. O dia parecia está lindo lá fora. Hoje seria mais um dia de aula. Me levantei sem dificuldade alguma e caminhei até o banheiro, onde fiz a mesma coisa de sempre. Depois do banho, voltei para meu quarto e escolhi usar uma calça jeans escura e a farda branca do Colégio. Decidi prender meus cabelos em um coque meio bagunçado. Passei uma camada de rímel e um batom nudes, passei também perfume e desci para comer.

Horas depois...

O sinal já havia tocado para que os alunos fossem embora. Guardei minhas coisas e saí. hoje haviam faltado muita gente, inclusive Brandon, que até então, resolveu não aparecer hoje. Sinto pena por ele ainda sentir algo por aquela garota, mesmo que ele diga que superou eu sei que isso não é verdade. Não se esquece um amor assim tão rápido.

Passando pelos corredores, avistei Elliot entrando secretamente em uma sala que já devia estar vazia. Segurei minha mochila, e andei devagar até lá. A forma de como ele entrou naquela sala, como se estivesse escondendo algo, foi um mal presságio para mim. O que ele fazia lá dentro ? E por que não estava me esperando encostado a seu carro, como sempre? A porta estava encostada, quando abri me deparei com uma cena que fez com que meu coração parecesse está em queda livre. Elliot e Agnella aos beijos. Naquele momento, senti como se o mundo fosse desabar inteiramente em minha cabeça. Era como se um imenso buraco negro houvesse se formado dentro de mim. E isso doia. Doia muito! Eu poderia ter surtado, ter entrado feito uma louca dentro daquela sala e ter batido muito naqueles dois, mas ao invés disso, eu saí correndo dalí o mais rápido que consegui. Chegando em casa, subi ligeiramente para o meu quarto sem me importar com quem estivesse na sala. Assim que cheguei em meu quarto, tranquei a porta. Joguei minha mochila em qualquer lugar do chão e desabei. As lágrimas pressionavam os cantos dos meus olhos. Desciam sem nenhum controle e me impossibilitavam de tudo. O choque era tão grande que me sentia tonta. Eu me apoiei numa mesinha próxima a minha janela. Não conseguia respirar direito. Era como se estivesse tendo um ataque de fobia. E eu não tinha fobia. Me sentei ao chão e ali fiquei por um longo tempo, chorando e secando as lágrimas com as costas das mãos. Eu ofegava mais do que respirava, surtava mais do que raciocinava. Eu não me mexia. A única coisa que se passava em minha mente era aquela maldita cena. Estava desorientada demais para pensar em algo que me motivasse a sair dalí. Com alguns segundos depois meu celular tocou. O som estava abafado, pois vinha de dentro da minha mochila. Me arrastei até lá e abri o zíper da bolsa e retirei o celular de dentro. Na tela do celular estava escrito a palavra "amor" e ao fundo estava a foto daquele canalha que deixou meu coração em pedaços. Resisti à premência de atender e dizer tudo aquilo que eu mais queria, dizer que o odiava. Mas no momento minha voz não emitia nenhum som, era como se algo estivesse bloqueando minha garganta e me impossibilitando de falar. Sem nenhuma alternativa, ou melhor, sem pensar" joguei o celular para longe, fazendo o mesmo se espatifar com tudo na parede ".

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