Capítulo Único

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  O elevador subia calmo pela lateral de vidro do prédio, de onde se podia ver todas as outras construções lá embaixo, minúsculas próximas do edifício de quase oitenta andares. Na parede transparente do elevador eu conseguia ver meu rosto refletido, um tanto translúcido e lacônico, apenas os traços mais marcantes de uma face, como a curva do nariz e o brilho dos olhos que encaravam altivos a paisagem, que por sinal não me impressionava por demais.
  Já havia perdido a conta de quantos prédios assim já havia frequentado. Hotéis de luxo, empresas, instituições, centros comerciais nacionais, de grande porte e imponência. Claro, o propósito profissional, mas não na área foco dos locais. Meu trabalho era outro, mas não menos importante.
  Meu celular vibrou no bolso da calça, indicando uma mensagem.
 
Babaca: Já chegou?

Estou no elevador, quase no andar dele. Em poucos minutos estarei realizando o serviço.

Babaca: Veja como trata o cliente, pois é um dos mais importantes que tive até agora, e que paga bem! Faça o que ele mandar. Não cometa erros por nada!

Eu não faço trabalho mal feito idiota. Tchau, estou entrando.

  Bufei, guardando o celular no bolso e analisando meu reflexo no vidro. Camiseta branca de gola V, calça jeans preta e sapatos sociais, discreto e comum, não podia deixar que pudessem me identificar tão facilmente na entrada do prédio e afins.
  Sentia uma indiferença quase que fria em relação aos clientes, a maioria sempre senhores de alto escalão, às vezes mulheres, mas na maioria homens. Entravam em contato com meu... Gerenciador, por assim dizer. Lhe diziam o que gostariam mais e logo ele me contatava, indicando local e hora. Era um trabalho limpo, apenas um serviço em troca de dinheiro e pronto. Fácil.
  Os clientes nem sempre eram dos melhores. Alguns tinham uma aparência não muito agradável, outros tinham gestos incomuns, e poucos eram realmente desejáveis. O público era sempre receptivo, e o grande número passava um desespero na hora do serviço, parecendo sedentos pelo produto oferecido. Entrar nesta profissão não me causou mudança alguma, pois sempre fui independente e desprovido de ligações duradouras, era o perfil ideal para o trabalho: Um indivíduo sem compromisso, apego e conexões emotivas. Alguém como eu.
  No início foi um pouco difícil me adaptar com os clientes, pois nem todos eram gentis ou cuidadosos. Iniciei pelos mais classe média, homens cansados das esposas desinteressadas e que buscavam apenas alguém para "espairar", exaustos de chegar em casa após o trabalho e não receberem a atenção que merecem, outros que queriam experimentar com um garoto. Os motivos eram diversos, mas o desejo era sempre o mesmo: Sexo.
  Me impressionava quando o cliente pedia coisas absurdas, como posições doloridas ou fetiches. Eu cobrava por fora, além do preço fixo que já não era barato. Ganhava um bom dinheiro, suficiente para me sustentar por um mês em cada serviço, e haviam clientes, praticamente, toda semana. Era recompensador, mesmo que para isso eu precisasse abdicar de certos valores morais, como oferecer meu corpo para homens em troca das notas de alto valor. Não nego, o dinheiro era o ponto alto do serviço. Eu podia levar uma vida decente, comprar aquilo que queria e manter o aluguel de um apartamento simplório no centro da cidade. Era bom ter estabilidade.
  Foi tragado de meus pensamentos quando soou o barulho agudo das portas do elevador, indicando o andar pressionado no painel. As portas se separaram, revelando um corredor largo e de paredes altas e de vidro, revelando cada setor do andar, ocupado por basicamente mesas compridas estilosas e cadeiras de couro, exclusivas para reuniões, uma sala com monitores, outra com uma mesa de escritório e outra, chamativa, no fim do corredor, sendo a mais atrativa de todas. Podia ver uma mesa de mogno escura, uma grande cadeira de couro vermelho, uma estante alta e larga, ocupada por livros de capas idênticas, junto de um carpete cinza e felpudo. Analisei a movimentação, quase que imperceptível, lá dentro da última sala. Avistei um cabelo escuro, bem aparado e raspado na lateral, severo e padrão. Um terno justo ao corpo, de cor cinza nebuloso e uma camisa branca. Cada passo me revelava mais detalhes da figura que transitava impaciente na sala, olhando o relógio no pulso e analisando a vista pela parede de vidro que dava para o lado de fora. Era um homem, de quase trinta anos, com um rosto severo, irritadiço e de traços agudos. Sua barba escura lhe cobria boa parte da face e seus olhos castanhos olhavam quase que de forma inquisitiva para as nuvens.
  Respirei fundo antes de adentrar a sala com determinação, encarando ele nos olhos ao se voltar para mim, um tanto surpreso pela súbita intrusão. Aquele olhar parecia fitar o meu com tanto foco que me senti tentado a lhe questionar a razão dele, mas eu sabia que o cliente queria analisar o produto, afinal não sabia o que lhe esperava. Ele se afastou da janela, caminhando lento até perto da mesa, apoiando o corpo na parede mais próxima e me olhando dos pés a cabeça, franzindo as sobrancelhas. Era como se achasse defeitos em mim, e depois os negasse na própria cabeça. Era como se aprovasse o que gostou de ver, como quando seu olhar deslizou lânguido pelo meu pescoço, quase que visualizando suas mãos nele.
  Assim como ele, eu lhe analisava atento, nos detalhes que eu sempre costumava procurar. Sem aliança na mão e sem fotos na mesa, eram os meus principais alvos de busca. Eu me sentia angustiado quando o cliente era casado, me causava desgosto, dele e de mim mesmo. Por mais que fosse um bom dinheiro, às vezes ele parecia sujo quando o serviço era para uma pessoa suja. Muitos devem achar que pessoas nesta profissão não se importam com infidelidade, mas pelo contrário, eu trabalhava com sexo e não como amante. Quando o cliente era cônjuge, eu buscava lhe causar vergonha, talvez assim não buscasse se relacionar com outros. Eu tentava fazer minha parte.
  O homem se inclinou, pigarreando e chamando minha atenção, se aproximando a passos lentos, como um predador que ronda a presa, vendo o melhor ângulo antes do golpe fatal. O canto de sua boca parecia esconder algo, um desejo, contido e revelado, acorrentado naquele olhar severo e atento. Sorrateiro, quase que buscando um ato em retorno, uma reação à toda aquela sua atenção intensa. Eu apenas me aproximei da mesa, me apoiando nela e deixando com seu corpo cada vez mais se chegasse junto ao meu, até que todo seu ser estivesse parado ao lado do meu, voltado para mim. Seu peito subia de descia em um ritmo calmo, lento e profundo, acompanhado de sua respiração quente que atingia meu pescoço.
  Seu cheiro, sua presença, seu calor, tudo emanava em minha direção, parecendo preencher o ambiente com sua grandeza e ocupando meu consciente, apenas me fazendo pensar nele, na sua pessoa. Aquele terno bem alinhado, a gravata chamativa, a gola branca ao redor do pescoço, levando o olhar ao seu pomo-de-adão, a sua jugular exposta, provavelmente quente de sangue.
  - Quantos anos tem?- Sua voz rouca me atingiu e pareceu percorrer pela minha pele, vibrando. Grave- Parece novo para isso.
  Sorri de canto, desfrutando de sua voz, pelo "elogio" e pela sua dúvida, que demonstrava preocupação.
  - Tenho idade suficiente para saber onde colocar o que e como se faz, se é o que quer saber- Comentei, quase rindo de como sooei debochado.
  Ele sorriu, gentilmente, de forma suave. Era estranho ver o gesto em sua face, não encaixava. Era como ver sol em um abismo.
  Sem mais nem menos, levei a mão lenta para sua gravata, alisando entre o indicador e dedo médio, sentindo seu peito que se inflava com ar. Deslizei o polegar por sobre um de seus botões e espalmei sobre seu coração, sentindo todo seu tronco atrás da camada de tecido. Ele olhava minha expressão enquanto o tocava, admirado a forma como meus lábios se separavam em uma exclamação muda de admiração. Sua mão pesada foi ao meu rosto, acariciando minha bochecha e olhando para minha boca, selando aqueles lábios entreabertos nos meus, beijando com uma intensidade compreensível.
  A umidade de sua língua se encontrava com a minha, e aquele beijo logo se tornou cálido, sensual e desesperado. Era como deixar brasas se chocarem em pleno ar. Fagulhas. Meus lábios formigavam junto aos seus, era como se uma corrente elétrica se infiltrasse por eles e corresse por todo meu rosto. Aquela língua úmida e aveludada roçava a minha, em um abraço arrastado. Era como ter mel escorrendo pelos recantos da boca. Seu beijo era doce e intoxicante. Eu queria mais.
  O local onde estávamos era favorável. A mesa era ampla, lisa, polida, uma superfície reta. Foi brutal quando ele empurrou os objetos ao chão, puxando meu corpo junto ao seu, tendo minhas coxas entre as mãos, acariciando e agarrando com agressividade, me colocando sentado sobre a mesa. Seu corpo sólido estava entre minhas pernas. Os dedos afastando meus joelhos. Minha mão massageava o generoso volume em sua calça, que pulsava e pedia libertação. Aquela sua área era quente e sensível, como ter os dedos próximos do fogo. Sua barba roçava de leve em minhas bochechas e me fazia cócegas. Sua boca ainda explorava a minha. As mãos agiam firmes, por conta própria. Tudo se encaminhava em seu trajeto.
  Sentia o torpor se abatendo, como se tudo parasse, tomando o fôlego para não perder nem um segundo daquela cena. As mãos fortes e severas tirando minha calça sem muito sentimento. Minha mão esquerda enfiada em sua calça, sentindo na palma o membro úmido e rijo. Minha mão direita em sua nuca, o puxando para mais perto, querendo trazê-lo para um abraço que o prenderia por um bom tempo. Queria sentir toda aquela massa bruta sobre mim. Queria a força e brutalidade que ele expressava em cada olhar. Queria. Desejava. Clamava. Era como ter aquilo que mais almeja ao alcance dos dedos, apenas precisando de um pequeno esforço.
  Sua boca traçava um caminho de saliva por minha garganta, chupando e sorvendo como se minha pele tivesse um sabor indescritível de tão apetitoso. Suas mãos agora puxavam minha camiseta, já livres do serviço com a calça, minhas pernas desnudas entrelaçadas nas suas. Era prazeroso sentir o tecido subindo, vindo uma brisa quente de respiração quando a pele se revela em seu esplendor, pálida e febril, no clima da transa. Seu paletó já estava no chão há um tempo atrás, e eu me concentrava em me livrar de todas as outras peças. Começando pela camisa que, para minha frustração, tinha 8 botões. Um por um, se desprendia da prega e revelava uma parte de seu tronco, malhado para um homem já com mais de trinta anos, com marcas e sinais. Um mapa que me faria virar cartógrafo. Queria pôr a boca em cada parte daquele peito. Minhas mãos, de forma grosseira, lhe empurrou a camisa pelos braços fortes jogando aos seus pés.
  Ele me olhou inquisitivo quando separamos nosso beijo, arfando e buscando fôlego. Olhei seu peito e avancei, beijando e apalpando suas costelas, saltitando os dedos para suas costas, sentindo a linha sobre sua coluna, as covas próximas dos quadris, as omoplatas fortes e que se moviam toda vez que seus braços me amparavam. Seu cheiro. Ah, se eu pudesse beber daquele cheiro. Me lembrava lar, mesmo que já não exista. Me banharia naquele cheiro todo dia. Me deixaria afundar na escuridão de seus olhos para eternidade. Deixaria ele fazer o que quisesse comigo, tudo o que pedisse e desejasse. Meu corpo seria seu templo.
  Nunca antes um cliente me fizera sentir algo além de puro prazer sexual (às vezes nem isso). Sentir tudo aquilo apenas nas preliminares era surpreendente e novo. Com gentileza e lentidão, abri a fivela de seu cinto, puxando e o tirando do cós, deslizando o couro ao redor da sua cintura até vê-lo escorregar para o chão. Meus dedos pressionaram o botam metálico de sua calça e hesitantes puxaram seu zíper para baixo, vendo a calça afrouxar e roçar sua pele enquanto eu empurrava para baixo, deixando-o apenas em uma cueca preta, justa ao quadril dele, delineando seu falo. Observei o membro que se apertava na roupa íntima, levando as mãos até sua cintura, trazendo ele para perto de novo, querendo sentir sua ereção na minha, deixando com que seu corpo se encaixasse entre minhas pernas abertas.
  Era contagiante a sensação vazia que parecia crescer entre nós, como se aquela união de pele não bastasse. Eu precisava tê-lo dentro de mim, sentir sua extensão, seu hálito quente em minha nuca e sua pélvis indo de encontro com meu quadril, batendo sem veemência em uma constante. Eu já não aguentava mais e simplesmente coloquei as pernas ao seu redor, trazendo seu membro para junto da umidade logo abaixo de meu falo, roçando o períneo, próximo de meu orifício que se contraía em desejo. Ele olhou surpreso como eu joguei as costas para trás deitando na mesa e separando as pernas, puxando seus ombros para jogar seu corpo sobre o meu, implorando para ter seu pau, quente e duro, se afundando com força em mim. Era demais, tudo aquilo parecia fumegar em meu crânio, apenas fomentando tudo.
  Ele oscilou, moendo a cintura contra a minha, friccionando e se inclinando sobre mim, buscando meus lábios novamente, como um ímã que atrai o outro. Sua boca molhada e seu membro entumecido, formavam um vendaval de sentimentos em meu organismo. Suspirei profundamente quando vi sua mão se arrastar entre nossos corpos, tocando meu pênis e segurando o seu, apontando a glande para meu orifício e esfregando sua umidade ali, que vazava pré-gozo. Apoiei minha mão em seu quadril, sentindo suas nádegas que contraiam os músculos, onde apertei de forma libidinosa, arranhando a pele sensível e sussurrando ao seu ouvido.
  - Vai em frente- Disse- Faça.
  Ele sorriu um pouco antes de introduzir seu pau em mim, roçando a barba em minha garganta e me abraçando com força quando ouviu eu gemer em um misto de prazer e dor iniciais. Ele beijava minha clavícula e murmurava palavras de conforto, afagava meu tronco enquanto mais e mais seu membro ia fundo em mim, meu orifício se apertando ao redor dele e se acostumando com o novo órgão em seu interior, lentamente cutucando minhas paredes internas, úmidas e macias, que se fechavam ao redor da glande rosa e molhada.
  Seu rosto se fechou em concentração, sentindo prazer, aquele formigamento que sobe da pélvis até o estômago, de sentir a glande roçar em pele, estimulada. Segurei seus ombros e pedi para que viesse ainda mais dentro de mim, vendo ele se esforçar para impulsionar a cintura para frente, colocando seus últimos centímetros, até seus testículos se chocarem contra minhas nádegas. Uma pequena pontada aguda bem no fundo de mim, era o que eu sentia quando ele estava todo lá dentro, uma dor anunciante e presente, que sumia com o tempo. Ele notava o quão satisfeito eu estava, revirando a cabeça e olhando em direção da janela, meus dedos se fechando com força no contorno da mesa, até as juntas ficarem brancas. Meu rosto esquentava e logo eu vi ele estocar, lento e preciso, apenas retrocedendo o quadril e voltando, vendo seu pau envolto em preservativo sumir no meio lubrificado.
  Gemi, sentindo, gradualmente, a forma com que ele penetrava toda sua extensão grossa na profundidade de meu ser. Era, deliciosamente, um sentimento conhecido mas sempre prazeroso. Sentir a superfície lisa da camisinha, esfregando contra meu interior macio, era quase se anestesiar. O barulho constante de suas coxas batendo em meu quadril, seu fôlego pesado, o calor que parecia crescer, até mesmo o clima que mudava o ambiente, tornando tudo mais escuro e abafado. Levei minha mão até seu abdômen, trazendo seus gomos enquanto via atento seu membro sumir entre minha bunda. Apenas conseguia elevar o queixo ao teto e me deliciar, deixando suspiros e gemidos altos escaparam por minha garganta exposta. Me apertava ao seu redor e ele largava comentários sobre como eu era gostoso ou apertado. Eu sabia que era mentira, já havia tido muitos serviços para ainda estar apertado. Mas eu gostava, ouvir sua voz rouca durante o sexo, era excitante.
  O suor escorria por seu tórax e se misturava com o de minha pele. Minhas mãos apertavam com força em suas costas, assim como meus pés se contraiam em suas nádegas, envolvendo-as e apertando sua cintura contra mim, causando uma sensação de preenchimento tortuosa, vendo que Josh exclamava mudo ao ver que gozava dentro de mim. Sua mão forte segurou meu membro, salivando e deixando a mesma escorrer sobre minha glande, lubrificando, descendo e subindo o punho pela minha extensão. Fechei os olhos, gemendo, sentindo a masturbação, o falo ainda dentro de mim, estocando com força, o gozo escorrendo e sua boca em meus mamilos. Queria gritar, morder, arranhar, mas eu só conseguia me contorcer debaixo de seu peso, vendo seus dedos, em minutos, ficarem lambuzados com meu ápice, molhados com minha semente.
  Ele se retirou de mim e esfregou toda sujeira em meu abdômen, o líquido leitoso grudando em minha pele. Não quis protestar, sabendo que muitos clientes gostavam daquilo, quase como se quisessem marcar território, deixando o cheiro de seu sêmen em mim. Ele se aproximou, me empurrando um pouco para o lado e se deitando junto de meu corpo, me puxando para cima de si. Meu quadril se instalando sobre seu membro já não tão ereto, mas ainda com resquícios de gozo. Suas mãos brutas seguraram minha cintura e me prenderam em um abraço. Ainda havia um calor febril em nossos corpos, aconchegante. A luz da sala, alaranjada, se derramava sobre nós, iluminando o brilho de suor em nossas peles. Me inclinei para beijar seus lábios uma última vez. Estavam salgados e secos, exaustos. Me afastei, descansando a cabeça em seu ombro. Estava feito.

 
  Passamos a noite ali, alternando entre descansar e mais uma rodada de sexo. Ele sabia que cada vez deveria me pagar, então no início da manhã recebi um belo maço de dinheiro, verde e cheio, seguido de seu cartão empresarial, com seu número e nome da empresa. Agradeci, hesitante, me despedindo com um rápido  aceno.
  No elevador, voltei a observar a paisagem, sentindo-me um pouco dolorido pelas vezes que ele havia se enfiado em mim. As mordidas em meu pescoço e clavícula. Hematomas no quadril e coxas, das vezes que me agarrou de forma desconfortável. Eu precisava de um banho, e tomara um de bom grado sabendo da quantidade de dinheiro no meu bolso. Era o suficiente para me sustentar por um pouco mais de um mês! Clancy estava certo sobre aquele cliente, era um dos melhores. Mal podia esperar para que ele marcasse uma nova data para seus desejos... Satisfeito, sorri de canto.

***

Dema don't control us.

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⏰ Última atualização: Jul 16, 2018 ⏰

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