ele chorou segurando o seu boletim. não porque ele tinha ido mal, não. sim porque sua mãe olhou aqueles dez e noves, rolando os olhos direto para o sete e meio escrito ali, logo brigando com ele. com certeza, nada doía mais que aquilo.
ele estudava muito. deixava de fazer coisas para estudar. inventava desculpas para estudar. sua enxaqueca atacava de vez em quando por forçar os olhos nada perfeitos ou uteis sem um óculos. suas costas já doíam. seus dedos já apresentavam calos.
mesmo com todo o esforço para ir bom, todo o esforço para orgulhar a mãe, para chamar a sua atenção, ele recebia um sermão.
ah como aquilo doía.