ele se lembrava da vez que pediu a mãe que queria muito ir à um psicólogo. ele pediu tantas vezes, mas acabou desistindo.
sua mãe o perguntava o porquê daquele desejo de visitar um profissional daquela área. ela queria saber se havia algum motivo para aquilo. ele sempre dizia não, que era apenas curiosidade.
é claro que ele não podia contar a verdade.
não podia admitir tudo aquilo que fez, fazia e pretendia fazer. ele não podia admitir que se cortava, se auto lesionava, se punia por ser tão inútil. ele não podia contar todos os banheiros que ele já havia derramado lágrimas.
ele não podia.
ela com certeza o acharia doente. teria vergonha. e ele não queria desaponta-la.