Prólogo

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A brisa do mar acariciava o rosto do homem, trazendo o gosto salgado aos seus lábios ressecados por estar a tantos dias em alto. Mas o que ele podia fazer? Aquela tinha sido uma das melhores decisões que eles tinham tomado em toda a sua vida.  

Quando Denyel Maximilliam se mudou às pressas para a Escócia, ele jamais imaginou que se aproximaria de alguém, quanto mais fazer um melhor amigo. Mas foi isso que aconteceu com ele. Em menos de um mês na pequena aldeia, o rapaz alto, de corpo atletico pelos inúmeros treinos, com uma pele teimosamente branca contrastando com os cabelos negros como a noite, dono de olhos azuis gelo, tão frios quanto sua personalidade, tinha mudado completamente.  

Ele sorria agora, ele também brincava muito, e descobriu que tinha um verdadeiro talento para ser o que as mulheres chamam de cafajeste. Seu amigo, de certa forma, o fez livre. Daniel bate distraidamente os dedos no casco do barco e vira o rosto para observar o amigo sonolento que acabara de sair do convés do barco.  

Ryan é um homem relativamente alto, com seu 1,80m, embora ele pareça bem maior, graças a constituição forte de seu corpo completamente rígido e bem definido, depois de anos de treinamento pesado com o mestre de guerras do clã Sinclair. De pele bronzeada tanto pela sua cor natural, quanto por todos os dias de exposição ao sol. Cabelos tão negros quanto os de Daniel, embora os olhos desse seja de uma exótica cor de lilás. Com o rosto quadrado coberto por uma barba por fazer, Ryan Nieeron era um belo companheiro de farra para seu mais novo amigo.  

Depois de alguns meses de amizade, Ryan compartilhou com o amigo, o desejo de sair da Escócia e navegar pelo alto mar, em busca de terras cheias de riqueza e aventura, já que ele não queria passar a vida inteira na pequena vila das terras do clã Sinclair. Sem pensar duas vezes, Daniel comprou a ideia, e dentro de alguns meses, ele, Ryan e Alphonse (o tio adotivo de Ryan, que o criou, um belo homem, tão bem constituído quanto o sobrinho dono de olhos escuros como breu) embarcaram para uma viagem sem destino definido.  

Mal sabia eles, que essa viagem, seria apenas o começo de uma longa história.  

Longe de querer algo como casamento, os três homens eram sinônimo puro de problema. Eles encantavam todas as mulheres por onde passavam, e as seduziam para uma única noite memorável, deixando-as em frangalhos ao amanhecer. Foi isso que acarretou todo o problema.  

Em um pôr do sol, depois de mundo tempo em alto mar, o navio "Filhos da Noite" atracou em uma pequena ilha. Exaustos, depois de tanto tempo em alto mar, os três amigos e o resto da tripulação, partiram com a missão de explorar a pequena ilha e descobrir se ela tinha alguma vila, ou algum lugar com mantimentos.  

O lugar era maravilhoso. Mesmo no final da tarde o clima era quente, com uma brisa gelada vinda do mar. A floresta da ilha era incrível, com seus enormes pinheiros cheios das mais belas e exóticas flores que eles já tinham visto em toda a sua vida. A tripulação se dividiu, e os três se embrenharam na bela floresta sem pensar duas vezes.  

Com tochas acesas ao cair da noite, eles se maravilhavam cada vez mais com o interior da floresta. Flores encantadoras, com um delicioso aroma se abriam, e certamente, elas pareciam brilhar, viradas para a luz da lua cheia que banhava a floresta. Eles seguiram o barulho da água, e logo, estavam em frente a um grande lago reluzente, embaixo de uma bela cachoeira.  

Ele se jogaram na água para se banhar e ficaram completamente relaxados com a água morna que parecia massagear todos os seus músculos. Em meio a toda descontração do momento, algo chamou a atenção de Daniel, ou melhor um barulho.  

— Vocês ouviram isso? Perguntou ele olhando em direção a cachoeira, seu rosto atento despertando os instintos de batalha dos seus amigos.  Com os ouvidos atentos, todos escutaram dessa vez.

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