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ROSALIE TOMLINSON

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ROSALIE TOMLINSON

Retomo os meus pensamentos com o balançar do meu corpo contra algo e não preciso abrir os olhos para saber que estou nos braços de Zayn. Fico preocupada quando me lembro de seu ombro e antes que ele pudesse se dar conta que retomei minha consciência, trato de descer dos seus braços. Fico alguns segundos de olhos fechados e escorada nele, me acostumando com a sensação de estar com os pés no chão após meu rápido desmaio.

- Babe, eu...

- Não vamos falar disso. - Toco seu rosto machucado, não sabendo que poderia encontrar Zayn tão derrotado. Além dos machucados espalhados por sua pele, vejo o quanto sua alma está angustiada. - Por que você não pegou o carro?

Me recuso a pronunciar o nome de Oliver nesse momento. Ele havia desonrado a sua família, escolheu se virar contra todos apenas por inveja e isso não tem perdão. Me recuso a imaginar o quanto todos os outros ficarão decepcionados com a atitude dele.

- Não encontrei as chaves. - Zayn fala praticamente sem forças. Minha garganta é sufocada por um nó de sentimentos e preciso me concentrar para não chorar. - Precisamos ir embora, Rosie. Meu pai deve estar uma pilha de nervos agora e não quero preocupar mais a minha mãe.

- Você conhece a floresta? - Ele concorda. Entrelaço nossos dedos, segurando seu bíceps com a mão desculpada e dessa forma ficamos praticamente abraçados, enquanto sou guiada por ele.

O silêncio entre nós é desesperador, eu quero lhe fazer milhares de perguntas a respeito de Anna, mas sei que essa é a hora mais inapropriada para isso acontecer. Zayn está extremamente magoado, precisou matar o próprio primo e viu uma grande amiga morrer. Apesar de todas as loucuras de Anna, eu sabia que ela era especial para ele e gostaria de saber mais sobre isso.

- Falhei com você. - Não respondo às suas palavras, enquanto continuamos a andar. - Te deixei sozinha outra vez e se aproveitaram disso.

- A casa sempre foi o lugar mais seguro, Zayn. Você não tem culpa alguma disso. - Acaricio seu braço, o sentindo um pouco trêmulo sobre os meus dedos.

- Poderíamos ter morrido, Rosalie. - A intensidade de suas palavras me atinge em cheio, me deixando paralisada. Ele trava junto comigo, me olhando por um momento. - Você poderia ter morrido. Eu me jogaria daquela pedreira se isso tivesse acontecido.

- Não aconteceu. - Toco o seu rosto, notando que o meu mais simples toque foi o suficiente para encher seus olhos de lágrimas. - Sinto muito pela Anna.

- Ela era minha amiga de infância. - Fico atenta às suas palavras, enquanto ele parece se esforçar para não desabar quando entra no assunto. - Sempre me ajudou no colégio quando todos tiravam sarro de mim. Anna espantava todos que ousavam chegar perto. Então, depois que crescemos, eu me sentia em dívida com ela. Os pais morreram cedo, ela ficou praticamente sobre a minha responsabilidade e eu a internei após uma bateria de exames. Ela tinha problemas psicológicos muitos sérios, eu não podia ignorar aquilo. Mas Anna odiou a minha decisão, só não pôde ir contra mim. Ela sempre foi possessiva quando se tratava de mim e quando soube que estávamos juntos, começou a te ameaçar, mas eu não sabia como encontrá-la. Por isso eu não sabia que ela estava na sua universidade, caso contrário eu jamais deixaria você pisar naquele lugar.

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