- porque você tá chorando? - ele perguntou com o cenho franzido.
- quê? - não entendi e passei a mão no rosto, eu realmente tava chorando. - merda!
Sem deixar ele falar mais nada eu saí correndo, sei que isso é covardia mas não posso encarar eles agora, como eu ainda tive que passar por eles pra sair de lá eu ainda pude ouvir Alice e o babaca do Thomas me chamando. Passo pelo corredor e esbarro em várias pessoas mas nada faz com que eu pare, mesmo sentindo vários olhares sobre mim, até que eu bato com tudo em um garoto e nem paro para olhar quem é mas quando eu ia voltar a correr ele segura meu braço, tento sair mas falho miseravelmente, o garoto é o dobro de mim e muito mais forte, ele me segura como se estivesse me abraçando mas no caso eu estou "presa", assim complica né gente.
meu Deus garota você tá aí toda acabada e mesmo assim continua sarcástica.
ah, vai a merda claudineia, isso não é hora.
aí nossa! Ta toda irritadinha você...
Depois dessa pequena discussão com meu sub, percebi que o garoto que eu ainda não sei quem é estava olhando pra baixo e ainda me segurava.
- dá pra me soltar, por favor! - perguntei (do meu jeito claro) tentando soar o mais firme possível.
O que não deu muito certo considerando o fato que ele simplesmente me abraçou e me puxou para uma sala, que até então eu não sabia que tava ali, eu deveria começar a gritar e bater nele considerando que eu nunca vi a cara do sujeito e estou sozinha, pelo que parece, em uma sala com ele. Só que cara, que abraço é esse? Não, sério! Sabe aquele abraço que você se sente segura? É igual, mas eu nem conheço o cara. Esse abraço me fez sentir a vontade de chorar tudo que eu tinha que chorar, chorava muito, estava soluçando descontroladamente e sentia ele me puxando para mais perto dele, até que estava completamente encolhida no peito dele (não que isso seja muito difícil) quando me acalmei um pouco me aconcheguei mais em seus braços, quando ele percebeu que eu estava mais calma ele começou a me puxar pra trás, percebi que ele encostou em uma parede, ele começou a fazer cafuné em mim e aquilo me relaxou tanto que eu até fechei os olhos, e minha respiração que estava acelerada e descompensada agora estava calma.
- está melhor? - eles sussurrou com uma voz preocupada e calma ao mesmo tempo.
- é, acho que sim. - respondi dando uma leve risada, seu braço, agora mais frouxo, ainda me envolvia - ah, nossa! Molhei toda sua camisa - falei me afastando e esfregando os olhos para só então olhar pra cima e ver quem era, e para minha surpresa era o garoto que entrou na sala com o Thomas - ah, que merda! Eu... eu tenho que ir - falei passando rápido por ele e indo abrir a porta, mas ela estava trancada - por que trancou essa porta? Abre logo isso!
- não queria que alguém entrasse e visse você chorar - ele disse colocando uma mão no bolsa calça e dando passos para perto de mim me fazendo recuar, porém eu estava presa entre ele e a porta.
- legal, então agora você já pode abrir. - disse dando uns passo pro lado e saindo de perto dele, esperando ele abrir a porta mas ele só ficou parado me encarando.--ok! Isso ta bem desconfortável.
- mas que droga cara! Cadê essa merda de chave - falei dando dando um passo na direção dele.
- Uou... calma aí marrentinha, tem certeza que vai sair desse jeito? - ele falou a primeira parte dando um sorrisinho de lado, e meu deus, que sorriso é esse cara? Ele tem covinhas! Jesus, que é esse ser? Tá, calma! Foco.
- quê? Sair como? - disse tocando meu rosto e indo pegar minha mochila do outro lado da salinha. pequei meu celular e o infeliz tava sem bateria.-Droga! Ta sem bateria, cadê o seu? - perguntei meio, ok, muito desesperada, ele rindo pegou o celular dele e me deu. Liguei ele e me deparei com uma foto dele e de um husky siberiano. - Aí meu Deus! É seu? Nossa que pergunta bosta, claro que é seu, é ele ou ela?
- sim é meu, e é ele. - ele respondeu rindo, esse garoto só sabe rir cruzes.
- qual é o nome? - perguntei parecendo uma criança quando ganha doce
- Zeus - me respondeu com aquele sorrisinho de lado dele
- ...desculpa, é que eu amo animais - disse ficando vermelha, essa é a merda de ter pele clara e sardas.
abrir a câmera frontal dele e levei um susto.
- mas que merda, eu to horrível - disse puxando a manga do casaco e limpando meu rosto com ela, ou pelo menos tentando, ta ficando mais vermelha do que já estava por causa do choro, olha em volta pra ver se tinha algo pra me ajudar e não tinha nada. - merda! Não posso ir pra aula assim, meu irmão... argh! Que saco - murmurei comigo mesma esperando que ele não escutasse.
- posso te levar pra casa - ele propôs
- não! Claro que não - disse rápido de mais
- por quê? - ele pergunto com o cenho franzido
- primeiro: eu não dei nem seu nome. Segundo: tem gente esperando meu primeiro deslize pra me mandar para um internato, então não, eu não posso ir pra casa. Terceiro e último: é o primeiro lugar que eles me procurariam - disse olhando minhas mãos e percebi que ainda estava com seu celular, rapidamente o devolvi
- bom, meu nome é Tyler o seu é Anna né? - ele me perguntou
- sim, enfim, pode abrir essa porta agora? - perguntei arqueado as sobrancelhas.
- e pra onde você vai? - Tyler me pergunta já abrindo a porta
- bom, eu... eu não sei, mas isso não é da sua conta, não é porque você me "ajudou" que viramos amiguinhos, agora se me der licença - disse rude pegando minha mochila e meu skate
Abri a porta e saí. Agora eis a questão, pra onde eu vou?
Se você ficar dando bobeira no corredor você vai pra sala do tio bigode (carlos, diretor da escola, tio bigode parar os íntimos, ou seja, eu).
E pela primeira vez na vida você tem razão, obrigada Claudinete.
Eu sempre tenho razão, você que não me escuta, e para de me dar esses nomes estranhos.
Tanto faz, eu não ligo, e não, não vou parar.
Fui para parte de trás da escola, joguei minha mochila pelo muro, o skate e depois pulei, beleza, agora de verdade, pra onde eu vou?
Vai pra casa sua idiota.
Aquela mulher que se diz minha mãe está de folga hoje, então minha casa não é uma opção.
Pista de skate?
Tentador, mas só tem conhecido e eles me procurariam lá.
Já sei!!
Osh, fala então!
Vamos pra paria, aí você aproveita e lava o rosto.
Até que você serve pra alguma coisa...
A praia não era muito longe, de skate então.
Cheguei na rua da praia, lavei meu rosto em um restaurante que tem ali perto e fui de fato pra praia, cheguei, tirei meu tênis e fiquei "brincando" com a areia entre os dedos dos pés, que agora olhando bem são muito pequenos, na verdade eu sou toda pequena e isso é uma merda, enfim, fiquei pensado em tudo o que aconteceu e comecei a chorar de novo, só que de raiva agora, não acredito que a Ali foi capaz disso cara...
Outra merda é que o Alex me viu chorar, e eu odeio chorar na frente das pessoas.
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Parece mais fácil nos filmes...
Roman pour AdolescentsEssa é a história de uma menina um tanto quanto estourada, com alguns amigo (a maioria colegas), muitas confusões pela frente e que mora em uma casa na qual sua mãe a odeia. Bsicamente, essa é a minha história contada de uma forma um pouco diferent...