Quando acordei no dia seguinte (com o despertador do celular) eu estava na cama com o Austin me abraçando (ele sabe que aconteceu algo, ele sempre sabe), ele provavelmente me colocou aqui quando chegou, levantei devagar pra não acordar ele e fui tomar um banho pra ir pra escola/ inferno, acabei meu banho e fiz um café da manhã pra nós dois, quando ele acordar, arrumei minhas coisas e deixei um bilhete com um copo de água e uma aspirina pra ele no criado mudo. Peguei meu skate e fui pra escola, chegando lá dou de cara com o Chris me esperando no portão...
- qual seu problema Anna?? Por que não dormiu em casa? E onde você dormiu?? Que merda! Você tem que parar de fazer essas coisas. – le falou tudo muito rápido e quase gritando.
- primeiro: não grita comigo. Segundo: eu não te devo satisfações, mas vou falar, eu dormi na casa dou Austin e foi porque eu discuti com a galera lá da pista e não queria ir pra casa, simples, agora me deixa em paz que eu ainda tenho que pegar umas coisas que estão no meu armário desde o ano passado. – falei tudo isso já andando e no final deixei ele pra trás entrando de fato nos corredores da escola.
Quando eu entrei, só pra variar, tava aquele alvoroço de reencontros e blá blá blá... eu odeio tumulto e mais ainda essa coisa de ficar demostrando muito afeto, todos os meus amigos sabem disso e a Alice é a única que caga pra isso e continua fazendo, ela é super melosa, mas o que eu posso fazer? Ela é minha melhor amiga e somos muito diferentes. Peguei minhas coisas no meu armário e quando terminei de fechar ele, sinto alguém pulando nas minhas costas e já até sei quem é...
- Anna, olha só como você cresceu!! Ah não, é só seu sapato mesmo... – fala me zoando e rindo, pra variar.
- e olha você! Continua a mesma chata implicante de sempre – eu disse revirando os olhos
Rimos e ficamos mais uns 5 minutos conversando, e foram chegando cada vez mais pessoas no corredor da escola, e tudo foi ficando cada vez mais tumultuado, com isso eu comecei a ficaf com falta de ar. Se tem quatro coisas que são uma combinação quase que fatal essas coisas são: asma, claustrofobia, demofobia (fobia de multidões), e ser baixinha. Essas coisas juntas podem causar um grande estrago e eu sei disso por experiência própria, enfim, Alice percebendo o meu estado tratou logo de me puxar pra longe de lá.
Fomos pra quadra, que era o “nosso lugar” ( meu e dos meus amigos), esse lugar fica embaixo da quadra e acredito eu que poucos sabem da existência dele. Puxei o ar na minha bombinha que fica sempre no meu bolso e fui me recuperando aos poucos, resolvemos ficar por lá enquanto o resto do povo não chegava, e ficamos conversando sobre o Mike e o Thomas e como as coisas estavam andando. (Mike é o garoto que a Ali gosta)
- ah cara, é tenso. Nós duas sabemos o que é ficar separada deles, mas... assim... o que você faria? – Ali me pergunta
- Ali, te garanto que é mil vezes melhor vocês ficarem longe e se falarem como amigos do que em um relacionamento a distância que você sabe que não vai durar – eu falei pra ela
- sim, é verdade. Mas e com o Thomas, como você tá? – Ali me perguntou
- infelizmente ainda gosto dele, mas ti tentando parar de sentir isso –respondi
- ah sim, entendo. Acho q vai ser melhor mesmo, daí você para de “sofrer” pelo Thomas e tudo mais – ela falou e quando eu ia falar algo o serumano brota de Nárnia.
- ouvi meu nome aí??
- não Thomas, você não ouviu seu infeliz nome aqui, já pode ir embora – falei com raiva das merdas que ele tava fazendo comigo.
- qual é Anna, vamos conversar, por favor? – ele pergunta parecendo arrependido
- mas é claro que pode! Eu e a Anna já terminamos aqui mesmo – a vaca da Alice nem me deixa responder
Como não tinha outra opção me levantei e ele me puxou pra algum canto.
- fala logo, o que você quer? – perguntei sem paciência
- pedir desculpas, eu fui um idiota! Vamos recomeçar? Prometo que serei melhor. – ele disse tentando fazer cara de cachorro que caiu da mudança mas só conseguiu a de cachorro mesmo.
- beleza, eu te perdoo, mas nem vem com essa, eu não vou voltar com você. -- falei já me virando para sair mas ele me puxa e tenta me beijar.
- cara você tá maluco?!?!?! – falei puxando meu braço do aperto dele.
Nisso eu sinto uma mão no meu ombro, me viro e vejo que é o meu irmão, e ele não estava com uma cara nada boa.
- quer merda ta acontecendo aqui?!? – pergunta encarando Thomas de cara fechada.
- não tem mais nada acontecendo aqui – disse olhando sobre meu ombro para Thomas.
Ali chega e manda Thomas sair, mas ele não move um músculo então ela sai empurrando ele. Começo a puxar Chris e ele coloca o braço no meu ombro enquanto saímos de lá. Chris vai pro seu grupo de amigos e eu para minha sala da primeira aula, sentei na última cadeira do canto da janela e coloco meu fone no máximo. Até que chega Ali ofegante e “desesperada" na porta da sala.
- meu deu! Até que enfim eu te achei sua maluca – disse Ali ainda ofegante.
- primeiro: Deus não tem nada a ver com a sua lerdeza meu amor. Segundo: já me achou então fala logo o que você quer. – falei com raiva por ela ter atrapalhado minha música.
- não é lerdeza. Eu não tenho bola de cristal pra saber qual é a sua primeira aula e você não me falou. E eu estava te procurando pra saber se você tá bem. – fala vindo pro meu lado, possivelmente nossa aula é a mesma agora.
- é lerdeza sim, eu te mandei foto do meu horário sábado porque você ficou me enchendo o saco. Eu estou ótima! porque não estaria? – falei a última parte com sarcasmo.
- okok, tanto faz. E você sabe muito bem o porquê. – ela me responde.
- ENFIM, senta aí que jájá o professor entra e você é a certinha, não pode levar bronca. – falei com um sorriso de lado porquê sei que ela odeia quando falo isso.
Assim que o sinal toca o professor de matemática entra, todos falam que esse professor bota medo mas eu não vi nada de mais até agora, os alunos vão entrando e quando o babaca que tentou me beijar entra e senta do nosso lado com o amiguinho dele eu já começo a ficar com raiva e faço que vou me levantar pra sair mas Alice é mais rápida que eu e me puxa de volta.
- quer merda Alice, me deixa levantar! – quase grito e algumas pessoa, inclusive o professor, olham.
- não! Você vai ficar bem sentadinha aí e não vai arrumar problema com ninguém Anna. – ela fala como se fosse meu pai, eu reviro os olhos e sento.
- bom, eu sou o novo professor de matemática de vocês. Meu nome é Dominic Sheppard. – fala o professor e a voz dele é muito grave.
- grandes merda... – sussurro pra mim mesma mas perece que ele ouviu.
- então vamos às apresentações, e começando pela senhorita esquentadinha ali, levante-se diga qual é seu nome, idade e desde quando estuda aqui. – ele pergunta fazendo um ar de superior pra cima de mim, coitado.
- eu vou ter mesmo que responder essa merda? – pergunto entediada e ele faz que sim com a cabeça, reviro os olhos e levanto.
Quando eu ia responder entra um serumano atrasado da sala, eu nem me dou ao trabalho de olhar pro serumano, mas do nada todos os alunos e o professor começam a me encarar, olho para Alice buscando uma resposta e ela simplesmente balança a cabeça em direção ao fundo do lado oposto de onde eu estou, que é onde fica a porta, e eu me viro para olhar a merda da vez.
- mas que caralho! Não tinha outra cor pra pintar o cabelo não cara? – pergunto revirando os olhos, o cara tem um estilo muito, muito mesmo, parecido com o meu, em tudo!
E quando eu pergunto isso todo mundo dá risada mas Ali pega meu Pulso e sai me puxando para perto do garoto, que não falou nada até agora. Ela me coloca do lado dele e fica ali igual uma idiota encarando nós dois.
- porra Alice! Para de me olhar assim e fala o que tá acontecendo. – falo já sem paciência.
- vocês são idênticos cara! – ela fala espantada.
- que isso cara, vai em um oftalmologista não tem ninguém idêntico aqui não. – falei virando para encarar o garoto ao meu lado.
Ela puxa nós dois pra janela e mostra os reflexos.
- ok... isso é bem estranho. – o garoto que não tinha falado nada até agora resolve abrir a boca.
- nunca ouviram falar de sósias não? Tem nada de mais aqui, dá um tempo. –falei indo pro meu lugar mas também estava achando aquilo muito estranho.
Como o garoto chegou atrasado e não tinha cadeira pra ele, o professor que estava calado até agora mandou ele ir buscar uma, quando ele volta onde o imbecil coloca a cadeira? Isso mesmo, bem atrás de mim.
- bem, voltando a apresentação, senhorita esquentadinha faça as honras, por favor. Não, melhor, o seu clone vai se apresentar primeiro. – fala o professor voltando ao rumo da aula, reviro os olhos.
- ele não é meu clone nem porra nenhuma assim, mas que merda. – falo quase gritando.
- se controle senhorita esquentadinha. – fala ele com sarcasmo.
- meu nome é Alex Collins, tenho 15 anos, me mudei por motivos pessoais e venho de Orlando.
- agora sua vez esquentadinha – o professor
- meu nome é Anna Carter Adams e comecei a estudar aqui ano passado, vim do Rio de Janeiro. – me sento e reviro os olhos quando todos se espantam por eu ter vindo do Rio, não tem nada de mais cara. Enfim, as aulas de hoje antes do intervalo se resumiram em apresentações.
Chegou o intervalo, nós (eu, Alice e o Alex, que a Alice insistiu em chamar pra sentar com a gente) pro refeitório, pegamos nossa comida e fomos pra nossa mesa ( sim nós temos uma mesa marcada) aos poucos o povo que eu ainda não tinha visto foi chegando, e todos falavam que eu era igual ao Alex e tanto eu quanto ele estávamos ficando putos com isso, e por incrível que pareça nós nos tornamos colegas, entretanto ele virou muito amigo do resto, que são: Emma, Alice, Ashley, Mia, Emilly, chris ( que por incrível que pareça senta com a gente), Jack (irmão da Ash) e Thomas ( que infelizmente sentou com a gente). Ele até parece um pouco comigo na personalidade admito.
Depois de muitas risadas e papos jogados fora eu percebi que o Thomas não estava mais na mesa e vi Ali lendo algo no celular e saindo, ignorei e continuei o papo sobre motos, quando eu tava indo pegar minhas coisas no meu armário eu vi a Ali beijando alguém, e eu já estava pronta para zoar quando eu vi quem era, e parece que tudo ficou lento, voltei à realidade quando senti uma mão no meu ombro, quando olho pro lado vejo que é o Alex.
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Parece mais fácil nos filmes...
Ficção AdolescenteEssa é a história de uma menina um tanto quanto estourada, com alguns amigo (a maioria colegas), muitas confusões pela frente e que mora em uma casa na qual sua mãe a odeia. Bsicamente, essa é a minha história contada de uma forma um pouco diferent...