12. | Querido, primo! | M.K.

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• Desculpem meus erros gramaticais e boa leitura! •


"Minha mãe me disse: Vá

Faça alguns amigos ou você vai ser solitário...

...Eu sempre tive esse sonho, como meu pai antes de mim

Então comecei a escrever canções, comecei a escrever histórias

Algo sobre a glória sempre pareceu me entediar"

7 Years | Lukas Graham |


♣!♣!♣


Saywer bate a porta atrás de si antes que chegue as escadas da sacada de sua casa.

— Que porra foi que aconteceu?

— Não venha com essa merda para cima de mim, King!

Paro a alguns metros de distância do meu primo e vejo-o encostar-se ao batente de madeira.

Mas que merda!

Passo a mão pelos meus cabelos os bagunçando mais do que o necessário e solto o ar de meus pulmões com força.

— Era pra você cuidar dele. — Cuspo.

Saywer permanece em silêncio, mas percebo a pulsação na veia em sua testa.

— Ele é o seu irmão e não o meu. — Sussurra tranquilamente, fazendo-me fechar os punhos.

— Você me disse que cuidaria das coisas, não pode cumprir uma promessa sequer?

Ele dá um passo em minha direção um pouco mais afetado agora.

Balanço a cabeça, dando um sorriso sem humor.

— Desculpe.

— Dane-se, temos que ir buscar aquele idiota antes do tio voltar para a cidade. — Seu corpo passa por mim e fico confuso por alguns segundos. — Matthew, ande logo.

— Você e eu sabemos que não posso vê-lo.

— Ainda me questiono porque acha que suas merdas e do tio são minhas também.

Abro a boca não sabendo qual resposta dar.

Porra, meu irmão estava preso.

— Nós dois sabemos que...

— Pare de dar desculpas. — Grita, avançando dois passos grandes até parar bem na minha frente. Saywer e eu tínhamos praticamente a mesma estatura, os dois criados por pais militares e com rigidez. O que não impediu que saíssemos e aprontássemos na infância e que ele sempre levasse a culpa por ser um ano mais velho. Ele era meu irmão, mas sabia que se provocasse ou falasse o que estivesse prestes a sair por minha boca, iria ter sangue daqui a pouco. — Eu fiquei aqui e cuidei dele. — Aponta para si mesmo. — Eu fiz o seu maldito trabalho por anos, Matthew! Então não me venha dizer que não pode buscar aquele fedelho na cadeia pelas burradas que ele fez. Não quero ter que sentar e explicar novamente porque você foi embora, porque nós dois sabemos que a culpa de tudo isso é sua.

CRETINO INSACIÁVEL |EM PAUSA|  - SÉRIE SINNERSOnde histórias criam vida. Descubra agora