9° Cap. - Quem é Você?

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     Numbers - P.V.O

      Me sinto horrível...
Eu... Como eu pude fazer aquilo?
Só de lembrar sinto meus olhos marejaram.

    " Ela não é sua!"

    "Você não tinha o direto!"

    "Você quase matou um macho. Que está em estado grave!"

    
    Frases como essas se repetem em minha mente.
Sinto meu coração se apertar.
Meu rosto esta vermelho, pelo choro! Por causa dela!
  
    "A culpa não é dela, é sua!"

  
  Tulipa...

Uma... Criança. Eu tenho 26 anos, e ele tem cara de menor de idade!
Eu sou um pedófilo?

Sequestrador!
Abusador!
"ELA NÃO É SUA"

     - PARA! - Grito enquando pego a cama e a jogo na parede.

    Queria gritar que ela é minha sim!
   Mas ela não é...

     
        - Qual foi cara? Endoidou foi? Pensei que você fosse um fortão durão. Mas pelo visto é um descontrolado que não tem nem onde cair morto! - Pronuncia o velho da minha cela a frente, logo depois caindo na gargalhada.

     - O único que vai cair morto aqui é você! - Rosno.

     
      Estou sangrando! A única coisa que eles fizeram foi tirar o pedaço de vidro da minha costela e enfaixar. Tacando álcool!
  
        Já aquele filho da puta levaram para a cirurgia.

     "Porque a Tulipa prefere ele vivo do que você. "

  Suspiro, cansado. Exausto!

  Eu sei que ela gosta de mim. Ela gostou quando eu a beijei na floresta!

     "Antes de você enforcar ela. Agora ela te acha um monstro!"

  Eu pede desculpas! Ela escutou, eu sei, ela estremeu quando eu a lambe! Ela ainda estava consciente.

  "Ela pode estar morta agora..."

     Não! CALA A BOCA!
 

   " Você é um monstro."

    "Monstro."

    "Monstro."

       - Ai cara! Tudo bem? Eu estava brincando naquela hora. Agora você esta com cara de desespero. - Olho pra frente,  o velhote

     Por um instante penso em agradecer por ele interromper meus pensamentos.

   Meu coração esta acelerado, apertado.

  Um enfermeiro passa na frente da grade e eu corro até as grades como se dependesse da minha vida.

 
     - Você! Ei, por favor. - O chamo.

     - Oque foi?
  
     - Tulipa, como ela está. - Pergunto sendo direto.

     - Tulipa? Não conheço.

     - Por favor! Procure saber...

Ele suspira e olha pra uma prancheta.

      - Tulipa. Tulipa Walker?

 
   Tulipa Walker...

Sem saber se é ela, assinto com a cabeça.

       - Esta bem. Acordada e consciente! Saiu daqui a meia hora e está no hospital do centro. - Meu peito se abre, de repente. Solto a respiração que estava prendendo. Sorrio em resposta - Junto com Tinger Nort, que está se recuperando.

     Meu sorriso murcha e sinto a carranca se formar em meu rosto.

     - Você quebrou a cama? Sabe que não terá outra, não é?

     Assinto com a cabelo e me sento no chão gelado. Ainda estou sem camisa, so com aquele troço branco enrolado em minha barriga e aquela calça.

   Quando olho pra frente. Não encontro o enfermeiro, so o velhote com os braços finos jogados pra fora da grade.

     - Foi você que fez aquilo com o Tinger? Um dos maiores agentes do sistema de defesa daqui de Homeland.

   Não dou a mínima, mas agora, queria muito uma garrafa de catuaba.

      - O Justice vai ficar furioso! Ele pode até te expulsar daqui, sabia?

        Penso em falar foda-se.
Mas ai lembro da Tulipa aqui sozinha com esse Tinger.

    Não posso deixar.

  Tenho que sair daqui o mais rápido possível!

···

     Tulipa Walker. -  P.V.O

    Margo estava dormindo na poltrona do outro lado da sala, são 3 horas da manhã. Me falaram que Tinger estava bem, mas em nenhum momento recebe notícias dele.
   Afinal, porque quero saber?
Ele tentou me matar.

     Desço da cama e meus ossos parecem ser vidros prestes a se quebrar. Me sinto tonta, não enxergo nada direito.
   Ando até a porta do quarto cambaleando e assim que a abro lentamente para não fazer barulho.      
   Escuto um grunido vindo de longe. Não! Não pode ser ele.

    Deve ser coisa da minha cabeça.
Saiu e encosto a porta enquando passo pelos corredores indo em direção ao banheiro, e sou puxada.

  
   Olho pra ele... Minha visão turva.
Sinto como se ja soubesse que ele me esperava ali.

   Não grito, nem esperneo. Não tem porque...
Quero conversar. Sem gritaria. Estou exausta demais para isso.
  
    - Oque você... - Antes de terminar minha pergunta ele me abraça.

    - Me desculpa. Eu... Sinto muito.
- Sua voz grossa pedindo desculpas, não é algo muito...receptivo.

    Me assusto por estar tão calma! O abraço de volta.
 
   Percebo que seu abraço vai ficando mas apertando, e quando me dou conta ele ja esta me beijando enquanto aperta minhas costas com suas mãos assassinas.

       - Oque você... - Seus beijos molhados descem para meu pescoço e eu sou colocada em cima de alguma coisa enquanto ele fica no meio de minha pernas.

     Pare...

 
   Sinto suas costas largas, passo as mãos por sua barriga. As mãos dele entram em meu vestido de hospital indo em direção a o feiche de sutiã.

      Esta tudo tão leve... Tão diferente do que ele realmente é...
    Quem é esse?
   
    

      

    

    
 

Numbers - Novas Especies.Onde histórias criam vida. Descubra agora