Prólogo

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Lucas

Não existe coisa melhor do que voltar para casa. As pessoas podem falar o que for do meu país, mas temos o lado bom também. Não só as merdas políticas e de violência, começando pela família e os amigos. Brasil! Cheguei!

Vivo sozinho desde meus 23 anos, vinha ao Brasil somente para visitar meus pais e amigos, principalmente em datas especiais. Morar por sete anos no Canadá foi uma experiência incrível, a oportunidade de fazer meu mestrado e doutorado lá, foi única. Voltar ainda não estava nos meus planos, eu já estava muito adaptado a vida canadense, mas meu pai teve alguns problemas de saúde, o que acabou me trazendo de volta para casa para assumir os negócios. Depois de muita insistência da minha mãe eles estão se aposentado, deixando tudo em minhas mãos, para curtirem mais a vida agora. Sei que eles merecem isso, não sou egoísta a esse ponto. Com isso, agora sou o mais novo testa de ferro daquele lugar, a pessoa a ser julgada e cobrada.

Sou filho único e sempre estudei nas melhores instituições, sempre tive os melhores carros e os melhores pais também. Todo o carinho e o amor que eles podiam me dar e oferecer, me deram durante toda a minha infância. As mulheres são um detalhe a parte da minha vida, só em um piscar de olhos e elas já estão aos meus pés, só que agora isso já está ficando chato, quero alguma coisa a mais. Mas, enquanto isso não vem, vou aproveitando tudo que elas podem me dar.

Cheguei bastante cansado da viagem, mas meus amigos querem comemorar a minha volta e nada melhor do que amigos, cerveja, boa música e mulheres de biquínis minúsculos na praia de Floripa. No Canadá tive um bom momento com muitas mulheres de várias nacionalidades diferentes, só que a maioria delas queriam colocar um anel no meu dedo, então eu pegava e despachava logo em seguida. Só tinha uma coisa que realmente me incomodava nelas, era a magreza, gosto de carne para pegar e apertar, pelo menos em casa o estilo muda um pouco.

Ter elas se sentindo ofendidas com as minhas atitudes? Não foi minha intenção, apesar de mulherengo tenho um bom coração e sei dar valor a uma verdadeira jóia, minha mãe me criou para ser um cavalheiro. Como sei que é uma jóia? Fácil... É aquela que independente do lugar sabe entrar e sair, não precisa usar uma cor extravagante ou ficar gritando e rindo igual uma louca para mostrar sua presença, essas para nós são as simples fodas. Que só estão mais preocupadas com as nossas carteiras do que qualquer outra coisa.

Não saem para se divertir mais sim para irem à caça de algum trouxa. Elas são as de uma noite e nada mais. Ainda não tive o prazer e a honra de ter o verdadeiro amor, quem sabe daqui uns dez anos, quando estiver na hora de me assentar. A primeira garota que gostei foi com oito anos de idade, a inocência das crianças, nessa época tive meu primeiro coração partido também.

Namoro de verdade só tive um quando tinha dezoito anos, foi mais por uma pressão dos nossos pais que eram amigos de longa data, do que por alguma atração nossa realmente. Nem preciso dizer que não durou muito tempo. Sou um homem que adora viajar, curtir a família, um cara totalmente normal ao contrário do que muitas pessoas acham pelo fato de eu ser rico, gosto das coisas simples da vida.

Estaciono perto da praia e quando saio do carro já vejo o meu amigo Eduardo caminhando pela areia, vindo na minha direção. Ele havia mudado um pouco desde a última vez que nos vimos no ano passado. Seu cabelo preto estava maior agora, antes era quase todo raspado, o cara continuava malhado e as tatuagens pelo seu braço se destacando pela blusa sem mangas branca. Apesar de que agora tinha uma leve barriga aparecendo, com certeza efeito da pausa que teve que dar nos treinos devido a fratura que teve no braço. Ele quem organizou tudo da festa. Para fazer da minha volta uma noite memorável para todos, respeitando um único detalhe, a minha resistência em estar com os holofotes sobre mim.

A sintonia perfeita [[Degustação]]Onde histórias criam vida. Descubra agora