Combatendo o Espírito de Jezabel na Igreja

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(Zacarias 5:5-11)

Há mais de 2500 anos, o profeta Zacarias descreveu um espírito de orgulho que se esconderia por trás de um engano futuro. Creio que ele teve uma revelação a respeito do espírito de Jezabel, em algumas de suas facetas (perversidade e impiedade) atuando naqueles dias. Zacarias viu um cesto de um efa (uma medida usada na época, correspondente a aproximadamente 30 litros), com uma tampa de chumbo sobre ele. Quando a tampa foi retirada, Zacarias viu uma mulher sentada dentro dele. Quando ela tentou escapar, o anjo forçou-a para dentro do cesto e pôs de volta a tampa. Então, duas mulheres com asas de cegonha (animal impuro (Deuteronômio 14:18)) levaram o cesto para a terra de Sinear, ou Babilônia, onde a mulher foi colocada num pedestal.

O vinho novo que Deus está derramando em sua Igreja, em todas as nações da terra, exige que todos nós sejamos odres novos para recebê-lo. Neste tempo cada um precisa se render ao Espírito Santo, para que Ele nos revele tudo o que é necessário deixarmos para trás,  afim de  nos tornarmos odres aprovados para receber o novo de Deus.

Em vista disso, satanás e seus agentes tentam influenciar e até mesmo se infiltrar entre nós desejando sabotar a Igreja. É nesse contexto que acontece um dos mais altos níveis de guerra espiritual que já experimentei: a atuação do espírito de Jezabel; um demônio que se infiltra na Igreja como um vírus em um computador e, uma vez ali, começa a tentar destruir a igreja local de dentro para fora. Trata-se de um processo de "implosão espiritual". Sua atuação hoje é intensa.

Como personagem histórico, Jezabel foi uma princesa fenícia casada com o rei Acabe de Israel. Era filha do rei dos Sidônios Etbaal, e o seu casamento com Acabe foi uma aliança que tinha como objetivo fortalecer as relações entre Israel e a Fenícia. A sua história vai de (1 Reis 16:31) até (2 Reis 9:37). Jezabel continuou a adorar os deuses fenícios e combateu o Deus de Israel, perseguindo os seus seguidores. Com o dinheiro público sustentou 450 profetas de Baal e 400 profetas de Asera (deusa fenícia da fertilidade). Planejava construir um templo dedicado a Baal no palácio real. Acabe foi seduzido pelo culto destes deuses, abandonando o Senhor Deus. Os sacerdotes e profetas israelitas foram eliminados ou se exilaram no deserto devido à perseguição. A resistência foi liderada pelo profeta Elias. No Monte Carmelo, Elias derrotou todos os profetas de Baal, que morreram, mostrando como o Deus de Israel é Único. Quando Jezabel soube disto ficou furiosa, pretendendo mandar matar Elias, que precisou fugir para Judá.

Determinada e independente, Jezabel não olhava a meios para conquistar os seus fins. Acabe desejava a vinha de Nabot, ao lado do palácio de Jezrael, mas este recusou-se a vendê-la. Sabendo-se disto, Jezabel envolveu-se na questão, enviando cartas em nome de Acabe aos chefes de Jezrael. O conteúdo das cartas ordenava a detenção de Nabot por blasfêmia contra Deus e contra o rei e a execução deste por apedrejamento sob denúncia de duas falsas testemunhas. Segundo a lei da época, a propriedade de alguém que tivesse cometido estas ações passaria para o rei. Nabot foi executado e Jezabel presenteou Acabe com a vinha. Quando Elias soube desta ação profetizou que "os cães devorariam Jezabel e seus parentes no campo de Jezrael, e seus restos mortais seriam espalhados como esterco. Assim ninguém poderá dizer que esta era Jezabel". Um comandante chamado Jeú liderou uma revolta contra a família real, na qual matou o filho de Jezabel, Jorão. Quando Jezabel soube da revolta pintou os olhos e adornou a cabeça, desafiando Jeú da janela do palácio. Este ordenou aos eunucos da rainha que a atirassem da janela (defenestração): Jezabel morreu, tendo o seu sangue atingido as paredes e os cavalos. Uns cães que por ali passavam devoraram o corpo da rainha, exatamente como Elias profetizou. Depois de ter feito uma refeição no palácio, Jeú ordenou que a Jezabel fosse sepultada, dado que se tratava da filha de um rei. De acordo com (2 Reis), os servos do palácio apenas encontraram o seu crânio, os pés e as mãos.

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