Capítulo 3

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  Não está muito longe da terra do nunca, não há razão para fingir
E se o vento estiver bom você poderá encontrar a alegria da inocência novamente
Oh, as velas podem fazer milagres, apenas espere e verá

Sailing - Christopher Cross 

Assim que chego em casa sou atropelado por uma avalanche de cabelos castanhos

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Assim que chego em casa sou atropelado por uma avalanche de cabelos castanhos.

-Papaiiii, você chegou!

Eu a ergo em meus braços, fazendo com que ela fique na altura dos meus olhos.

-Estava com tantas saudades, princesa.

-Também estava paizinho, dessa vez você demorou muitão.

-Muitão mesmo, mas agora eu estou aqui e sou todinho seu.

-Eba! Vamos brincar comigo? -Diz ela me arrastando pelo braço na direção das escadas.

-Nós já vamos querida, mas pela hora suponho que a senhorita tenha que comer e fazer a lição de casa.

-Ahh papai, mas é muito chato fazer lição de casa.

-Não é não mocinha, vá pegar suas coisas que eu te ajudo.

-Tá bom –Diz ela não muito feliz

Se deixar Emily só quer brincar o dia inteiro.

Vou até a cozinha e encontro Nina. Decido dar um pequeno susto nela, já que ela está tão concentrada no que estar fazendo e não me viu chegar.

Chego sorrateiramente por traz dela e a abraço.

-Oi gatinha

Ela virá rapidamente com uma pá na mão e quase que ela me acerta.

-Que susto menino!- Diz ela colocando a mão no seu coração.

Nina é uma senhora que é praticamente uma segunda mãe para mim, ela trabalhou na casa dos meus pais durante um bom tempo, quando me mudei a trouxe comigo e hoje ela me ajuda a cuidar da Emy, junto com as outras pessoas que trabalham aqui em casa.

-Não pude perder a chance de te dar um sustinho, Nina.

-Sustinho, eu tive foi um pré infarto, isso sim.

-Exagerada.

-O senhor já viu a menina Emily?

-Já sim, ela já deve tá descendo. Vamos fazer a atividade da escola juntos.

Nesse momento Emily entra na cozinha.

-Não falei, vamos para o escritório. Assim que a comida tiver pronta nos avisa. Estou morrendo de saudades da sua comida.

-Como foi a escola nesses dias meu amor? – Pergunto a Emy, assim que ela se acomoda no meu colo.

-Ahh, papai a Rafa, chorou porque a Bia disse que o cabelo dela era ruim e feio.

Fico surpreso com a revelação. A Bia é filha de um casal de amigos meus e eu sabia muito bem quem era a Rafa, uma linda garota negra, a qual minha filha era muito amiga e só tinha elogios.

-O que a Bia, fez não está certo.

-Eu sei papai, fazer as pessoas chorarem não é legal.

-Não mesmo, princesa. Situações como essa podem trazer lembranças para vida toda.

E eu bem sabia disso...

-A Professora Carol, falou com as duas e resolveu tudinho.

-Assim espero, meu amor. Agora vamos fazer a atividade.

Fizemos a atividade e antes de terminamos a Nina entrou avisando que a comida estava na mesa. Finalizamos e fomos para a sala de jantar.

No final da noite ajudei a Emy com o banho, a vesti com um pijama cinza. Ela pediu para que eu a contasse uma história e assim eu o fiz. Antes de terminar minha garotinha já estava em sono profundo. Lhe dei um beijo na testa, conferi se o ar-condicionado estava na temperatura correta e segui para o meu quarto que ficava a algumas portas de distância.

Tomei banho e me joguei sobre a cama, sem sono algum já que a minha mente estava fervilhando lembranças de alguns anos atrás.

Principalmente de uma certa garota...

****

Comentem o que estão achando da história,ficarei feliz em lê-los.

Beijos de luz

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