Capítulo 14

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E você roubou um beijo que nem pensa em me devolver
Me sentia voando, eu estava fugindo
Quando menos pensava, você já estava me abraçando
E continue assim, não pare
Você se tornou em uma doença
E continue assim, não mais
Que quanto mais perto você chega
Mais aumenta minha ansiedade

Clandestino – Maluma (part. Shakira)

-Vê se tem mais alguém fora a gente aqui

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-Vê se tem mais alguém fora a gente aqui.

Estou no banheiro feminino da escola, já estava de saída, mas não quero sair e dar de cara com essas garotas. Elas são aquele grupo de populares.

Como imaginei que iriam olhar por baixo da porta, silenciosamente subi em cima do vaso sanitário, para que não fosse possível ver os meus pés e elas imaginarem que estão sozinhas.

-Tudo limpo.

-Vocês viram o mais novo casalzinho da escola? Eles são o assunto do momento - Diz uma delas.

-A pergunta é, quem não viu? 

-Achei que eles fossem só amigos.

-Podem até terem sido, mas agora andam para cima e para baixo de mãos dadas.

Três garotas e pela voz acho que são Teresa, Jenny e Melanie.

-Não sei como ele consegue namorar com ela.

-Também não, ela é vesga, não se veste direito, é super esquisita, ninguém sabe nada dela, apenas que é bolsista. Fico imaginando com que tipo de gente ela convive. Com certeza não é boa gente.

Elas estão falando de mim e do Dean.

Já estávamos a um bom tempo juntos, então acabamos contando aos nossos pais e consequentemente assumido para o restante do mundo e isso incluía as pessoas da escola.

- Aposto que esse namoro não vai muito longe.

-Ele até que é bonito de rosto, se não fosse tão gordo e nerd, talvez eu tivesse investido nele.

Ele não é apenas bonito de rosto, mas também de corpo, alma, coração e cérebro. Ele é completamente lindo.

Mesmo que ele fosse mais magro, ainda teria todos esses atributos e minha completa atenção.

Temos aprendido tanto um com o outro, conseguia me sentir livre ao seu lado. Não importa se não ficaremos juntos por muito tempo, como uma delas está supondo, eu dou valor ao hoje, as memórias já construídas.

********

Fiquei apreensiva no dia que o Dean me apresentou a sua família. Coloquei minha melhor roupa, minha sandália e o esperei. Minha mãe estava em casa, ela já o conhecia. O Dean tinha ganhado um carro e me trazia para casa todos os dias, eu já tinha falado para ela que eu tinha alguém, fui bombardeada com muitas perguntas. Ela ficou um pouco chateada, porque demorei para falar sobre ele, mas depois de um tempo acabou entendendo.

Certo dia, antes de descer do carro vimos que a minha mãe estava na porta. O Dean resolveu descer junto comigo e foi falar com ela. Minha mãe o convidou para entrar e o tempo foi passando, levando com que ele jantasse com a gente. Jane não estava em casa, não fazíamos ideia onde ela estava. Quando ela chegou já era bem tarde e só percebo porque estava acordada. Ouvir a porta do seu quarto, que ficava ao lado do meu, bater.

Quando estava na presença dos pais de Dean pela primeira vez, fui muito bem tratada, eles fizeram aquelas velhas perguntas que todos os pais fazem a uma garota que seu filho está apresentando.

Tivemos um jantar agradável, mas consegui perceber a tensão existente entre pai e filho e alguns momentos, seu pai o olhava esquisito, como se o tivesse advertindo-o ,enquanto Dean fazia o seu prato.

Diana, a sua mãe é uma mulher muito elegante, simpática. O Dean falava muito dela, bem mais do que sobre o pai, e sempre a elogiando.

No final da noite, eu dei graças a Deus por não ter cometido nenhuma gafe e pelos pais do Dean não terem feito nenhum comentário desagradável sobre sermos de classe social diferente e aparentemente terem gostado de mim.

Dean me levou para casa, pelo horário minha mãe já estava dormindo, as luzes da casa estavam apagadas. Eu tinha uma cópia da chave de casa comigo. Entrar em casa era tudo o que eu não estava querendo no momento. Dentro do carro existia apenas nós dois, os nossos cheiros, o seu se sobressaindo o meu e me  fazendo desejar -lo imensamente.

Nossos lábios se chocaram, as nossas línguas duelavam. Meu corpo estava completamente aceso, ansiando pelas suas mãos passeando por ele. Soltei o sinto de segurança e me sentei em seu colo, suas mãos adentraram os meus cabelos. Nosso beijo era faminto, o carro estava ficando cada vez mais abafado. Consigo sentir o quanto ele está excitado e começo a rebolar em busca de um pouco de alivio.

- Acho melhor você para de fazer isso, Litlle Angel.

-Isso o que?

-Você sabe do que estou falando.

E como eu sabia.

Ele distribui pequenos beijos do meu pescoço até o vale dos meus seios.

-Eu estou pronta para o próximo passo.

-Você tem certeza disso? Nós podemos esperar.

-Eu tenho certeza. – Digo retirando a minha blusa.

Ele me ajuda a passar ela pela a minha cabeça.

Eu estava sem sutiã o que faz com que meus seios tenham total sua atenção.

-Porra Eva! Eles são incríveis.

Nós voltamos a nos beijar, como se o mundo fosse se acabar.

Minhas mãos vão até a sua calça, a fim de abri-la.

-Ei, baby. – Diz ele, olhando profundamente em meus olhos e segurando as minhas mãos, impedindo-as de realizarem seu objetivo final.

-Eu também quero muito, acredite, acho que está até bem evidente. Mas não aqui, dentro do carro em frente a sua casa. Você merece muito mais que isso.

Definitivamente ele é o melhor.

-Eu não sei o que dizer.

-Diga que aceita me deixar planejar a nossa primeira vez. Eu prometo que valerá a pena espera mais um pouco.

-Eu aceito.

Ele devolve a minha blusa para o meu corpo, me retiro do seu colo e sento no meu lugar, tentando me recompor para poder entrar em casa. Alguns minutos depois, nos despedimos com um beijo, dessa vez mais calmo.

Abri a porta e segui sorrateiramente para o meu quarto.

Poucos dias depois os pais do Dean viajaram, ele acabou ficando sozinho em casa o que resultou em um jantar à luz de velas e por fim a nossa tão esperada primeira vez, em seu quarto. Naquela noite chegamos a um novo patamar de conexão, nossos corpos foram explorados, vangloriados, amados e se juntaram em um ritmo frenético em busca de prazer.  

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Beijos

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