CAPÍTULO DOIS

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Eu estava em um hotel abandonado e sozinha, estava um frio horrível, chegava a nevar, logo, vejo um animal estranho andando solitário sobre a terra que está cheio de neve. Me aproximo dele e vejo que ele possui chifres. Começo a correr e rapidamente, sinto uma respiração atrás de mim. Era esse animal.

Acordo novamente suada por causa desse novo pesadelo. Dessa vez, minha mãe não estava ali para me acordar e então, decidi tomar um banho e colocar uma roupa bem confortável, não sabia pra qual cidade eu estava indo, mas tinha certeza de que a viagem seria bem longa.

Depois de pronta, desço, tomo café e noto a ausência de meus pais e então, decido ir chamá-los em seu quarto. Quando estou chegando para bater em sua porta, ouço gemidos e som de cama.

- Ah, fala sério! Meus pais? Transando? - penso

Nem tento abrir a porta, sei que estaria trancada por alguns "simples" fatos.

A campainha toca e eu fico agitada, será que são Bia, Lucas e Rebeca?

Abro a porta.

- Eu não acredito que nunca mais vou te ver! - Bia diz chorando.

- Ei, se cuida! - Lucas me dá um abraço.

- Jenny, nós te amamos! - Rebeca sorri.

- Gente, eu nem sei como agradecer vocês, sério mesmo, vocês são os melhores amigos que alguém poderia ter e é claro que eu prometo vir visitá-los sempre quando puder, eu amo tanto vocês! - digo chorando.

Nós quatro nos abraçamos ao mesmo tempo, até que meus pais invadem a cozinha.

- O que vocês estão fazendo aqui? Não estavam transando? - brinco

- Que modos são esses garota? - minha mãe grita

- Os mesmos que a madame não me deu. - digo virando para ir embora. - espero vocês lá embaixo.

Eu, Lucas, Rebeca e Bia conversamos por mais 25 minutos até que meus pais desceram e pediram para eu entrar no carro para irmos embora.

- Vamos sentir sua falta! - os três dizem em coro.

- Eu também vou sentir a de vocês.

Entro no carro e aceno para eles. Eu sei que eu não voltaria nunca mais se eu fosse bancada pelos meus pais ainda, mas se eu fosse independente e individualista, é claro que eu voltaria, voltaria para os braços dos meus melhores amigos.

Ponho o fone e tento dormir, sei que a viagem será longa e não quero ter que ouvir a minha mãe se lamentando porque não foi a melhor mãe ideal pra mim.

7 HORAS DEPOIS...

Chegamos no tão esperado destino, quer dizer, esperado só para eles mesmo. Era uma cidade pequena em Londres e eu nem me importava de saber o nome.

A casa que meus pais conseguiram, era uma casa velha, as madeiras da frente da casa eram rústicas e as janelas estavam meio rachadas, a porta tinha um enorme gancho, onde você só conseguia arrombar aquela porta para roubar algo da casa, se fizesse a força de 100 elefantes.

Descarregamos as coisas e fomos arrumando sem pressa. Eu não gostava daquela casa, tinha uma leve impressão de que aquilo estava amaldiçoado, grr, odeio me sentir assim.

- Amanhã, você já vai estar na sua nova escolinhaaaa! - minha mãe dizia feliz.

- Mãe, por favor, pare, eu vou fazer 18 anos daqui a 2 meses, não sou mais sua criança que ficava no berço, chupando chupeta, sem fazer nada.

Ela se calou.

Depois de arrumar tudo, pude descansar, nem tomei banho e dormi direto, eu sentia uma enorme falta dos meus amigos, estava um vazio tão grande...

*DRIIIIM DRIIIIM*
*DRIIIIM DRIIIIM*

- Mas que merda! Eu odeio esse despertador! - grito tacando ele no chão.

Sento na cama e a minha ficha cai.

- Não vou ver mais o Lucas, Bia e Rebeca toda semana. - penso.

Me arrumo toda e coloco o novo uniforme. Eu odiei aquele uniforme, ele não se encaixava bem em mim. Meus pais ainda estavam dormindo pelo fato de terem ficado até mais tarde arrumando as coisas deles, respeitei o lado deles e fui sozinha para a escola, minha mãe antes de dormir havia me mandado a localização e então só segui o caminho a pé.

"Fui para a escola, não fiquem preocupados."

Deixei esse bilhete em cima da cômoda de meu pai e parti para a escola.

Chegando lá, toquei uma espécie de campainha meio velha e um botão quase saindo do aparelho só que ambos funcionavam muito bem. Abriram a porta para mim e eu entrei, os adolescentes olhavam para mim de forma perversa, uns até cochichavam e isso me fez entrar em pânico. Eu não queria estar ali, juro, não queria mesmo.

Fui correndo para o banheiro e liguei para Rebeca.

*Call on*

Rebeca: Alô?

Eu: Rebeca, sou eu, Jenny

Rebeca: Aaaaaaaa, que saudade, fala comigo

Eu: os adolescentes aqui não gostaram de mim, estão me olhando como se eu fosse uma má pessoa, o que eu faço?

Rebeca: Apenas seja a Jennifer que todo mundo conhece

Eu: Ok, boa escola, amiga!

Rebeca: Pra você também, amiga, beijo

*Call off*

Tomei coragem para ir até a minha nova sala de aula e fui. Sentei na última cadeira e o professor chegou.

- Bom dia turma! - o professor dizia com um sorriso.

- Bom dia! - os alunos responderam juntos.

E então, o professor viu que eu era estranha e começou a me encarar, na hora eu gelei.

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⏰ Última atualização: Jun 30, 2018 ⏰

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