CAPÍTULO UM

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Eu corria de um lado para o outro, eu não conseguia gritar, havia um demônio me perseguindo e eu não sabia o que fazer. Vi uma luz no final do quarto, no final da janela e então fui seguindo, esqueci que meu quarto era no 5 andar do prédio e não tinha chão, então me joguei e abri a minha cabeça.

Acordo suada e ofegante por causa do pesadelo que tive. Vejo que minha mãe está indo em direção ao meu quarto e finjo que ainda não acordei só pra não ter que ir à escola.

- Jennifer, acorda, vai se atrasar! - minha mãe dizia gritando comigo.

- Já vou, mãe, só mais cinco minutinhos... - eu dizia me virando para o lado da parede.

- Ande logo, Jennifer, se não você vai ficar de castigo e sem o seu celular por 1 semana! - ela grita e sai do meu quarto.

Bufo. E então eu sento na cama e esfrego meus olhos embaçados de sono. Levanto e entro no banheiro para escovar os dentes, até que eu me olho no espelho admirando meu rosto e balançando a cabeça em sinal negativo.

- Por que você é assim, Jennifer? - eu me pergunto.

Escovo os dentes e volto para o meu quarto colocar o uniforme, eu amava esse uniforme, ele se encaixava tão bem em mim. Desço as escadas e vejo que a minha mãe está irritada.

- Acho que a senhorita Léia está irritada. - brinco

- Cale a boca e vá tomar seu café já!

- Sim, madame.

Ela virou com olhos de fúria para cima de mim, ela odiava que chamassem ela de madame. E eu a chamava porque eu adoro a irritar dessa maneira.

Tomei meu café, peguei minha mochila, dei um beijo nos meus pais e sai do apartamento.
Chegando no elevador, apertei o botão "T" de térreo e fui direcionada até a recepção do prédio em que eu morava.

- Bom dia Sra. Cartman! - o recepcionista dizia com um sorriso.

- Bom dia, Cleiton! - eu sorri

Saí do prédio e segui para o ponto de ônibus mais próximo.

O percurso de onde eu morava até a escola era de praticamente 10 minutos, mas valia a pena, porque toda semana eu reencontraria meus amigos.

Chegando lá, desci do ônibus e entrei pelo portão da escola. E como sempre meus amigos lá numa rodinha, me esperando, então eu me aproximei e logo, Lucas deu um grito.

- Ora ora, a princesinha chegou. - ele riu

- Não gosto que me chame assim. - murmurei.

- Vocês formam um casal tão lindo. - Beatriz diz em um tom amoroso.

- Bia, não começa. - eu reviro os olhos e Lucas ri

- Concordo Bia, nós formaríamos um belo casal. - Lucas dizia olhando pra mim.

- Ah, parem com essa melação toda, que nojo. - Rebeca revirava os olhos.

- Eca, sua anti-social, não é à toa que não namora. - Bia reclama.

- Não quero e não preciso, obrigada e de nada. - Rebeca dizia apontando seu dedo no peito de Beatriz.

- Parem com essa briga desnecessária. - grito

- Agora sim, apareceu a Jennifer que eu conheço. - Lucas dizia com um olhar apaixonado por mim.

- Ah, Lucas, me poupe!

Eu saí e eles ficaram conversando mais um pouco. Tinha mais coisa pra fazer, eu queria realmente estudar e passar de ano, se eles não queriam, o problema era deles.

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