• 03 •

7.6K 260 111
                                    

O que você faria se o garoto que você gostasse desde o jardim de infância se tornasse seu parceiro na aula de física? 

Tentaria conversar e demonstrar seus sentimentos? 

Tentaria o conquistar? 

Ou apenas tentaria se tornar sua amiga? 

Quem sabe permanecer como meros conhecidos como sempre foram? 

Deixaria tal chance passar?

A vida sempre vem junto de surpresas, sejam elas boas ou ruins, algumas curiosas e divertidas e outras nem tanto. Mas sempre que a curiosidade a antecede, o resultado quando bom, se torna sempre algo ainda melhor.   

Naquela manhã tudo parecia estar dando errado. O cabelo não estava ficando nem ao menos aceitável, o rosto estava inchado pela noite de sono, os olhos estavam pequenos e ardendo, seu corpo estava pesado e sua cabeça estava latejando, e por fim, o nariz congestionado e a garganta arranhando. Claramente a sorte estava ao seu lado, era o dia da apresentação de trabalho e mal conseguia falar direito.

Chegou se arrastando na escola, não parou nem para cumprimentar direito seu grupo de amigos, apenas acenou com a mão e seguiu para sua sala, desmontando-se em sua carteira. Se sentia péssima, preferia estar em casa, deitada na sua cama, longe do mundo. 

Suspirando, abaixou a cabeça sobre a mesa e se deixou levar, esperando que um milgare acontecesse naquele dia. Quem sabe o professor não tivesse faltado? Ou acontecesse da escola ficar sem luz, de tal forma não teriam como apresentar o trabalho.

Esperança é a última que morre, realmente. 

O barulho irritante do sinal que anunciava o início das aulas, apenas piorou o mau humor. Os alunos pareciam mais barulhentos que o normal enquanto seguiam para suas salas, as cadeiras sendo arrastadas pelo piso, os volumes das conversas paralelas aumentando.

Mas tudo parou no momento em que aquele perfume se tornou mais aparente, a cadeira ao seu lado fora arrastada e ao seu virar tudo de ruim até o momento pareceu sumir ao ver Tom sorrindo para você.

Antes que pudesse se quer o cumprimentar, o professor entrou mandando todos se calarem e se sentarem em seus devidos lugares. Qual era o problema? Porque sempre tinham que atrapalhar um momento de contemplação tão bom?

Sentindo uma fisgada forte na cabeça, tornou a abaixar a mesma sobre a mesa e fechar os olhos com força. "Você tá bem?"

A resposta era óbvia, mas a consideração do mesmo ter puxado assunto era fofa. Penas suspirou e lançou um sorriso amarelo para o mesmo, que retibuiu com um sorriso afetado. "Qualquer coisa me fala, eu te levo na enfermaria."

"Obrigada" conseguiu dizer dando um sorriso verdadeiro.

A aula passou de forma lenta e tortuosa, na hora de apresentar o trabalho, tudo pareceu piorar mais e mais. Começou a ficar nervosa a ponto de se sentir tonta.

Quando Tom começou a apresentação sem um pingo de vergonha ou nervosismo, sua cabeça já estava girando. Sentiu cambalear e algumas vozes pareciam distante, ouviu seu nome algumas vezes antes de tudo escurecer.

Aos poucos foi tomando consciência novamente, estava deitada e sua cabeça ainda doía em um latejar constante. O que tinha acontecido? Soltando um gemido baixo quando tentou erguer o corpo dolorido e levou uma mão ao rosto.

"Como está se sentindo?" Piscando algumas vezes, conseguiu finalente focalizar no rosto preocupado do Tom perto de si.

"Como se tivesse sido atropelada por uma manada de elefantes" respondeu baixinho, suspirando.

Quando foi liberada para voltar para casa, o maior espanto foi Tom pedindo para ser liberado para poder te acompanhar, era um sonho? Se questionava.

O caminho até sua casa foi feito em silêncio. O que estava acontecendo? Não conseguia evitar o olhar pelo canto do olho, corando toda vez que era pega em flagrante e recebia um sorriso em troca.

"Porque sempre fica assim perto de mim?" Se virou assistada ao o escutar se dirigir a você.

"Assim como?" Sussurrou confusa, o olhando atentamente. "Assim sabe, tímida e afastada. Noto o quão diferente é quando está com seus amigos."

"Ah" que resposta de gênio, hein, mas não sabia o que responder. "Porque quis me acompanhar?" Mudar de assunto era uma boa opção.

"Quero ficar perto da menina que eu gosto, mesmo não sabendo se ela sente o mesmo por mim."

Sem dúvida alguma não era a resposta a qual esperava. Acreditava fielmente que ainda estava desmaiada sonhando, ou tendo algum tipo de alucinação.

Mas não, não era nada disso. E daquele dia em diante, o crush virou amigo, virou ficante, e por fim virou namorado.

No fim, aquele dia que parecia tão infernal, virou o início do paraíso.

--------*--------*---------*---------Heeey! Como é que estão, hmmmm?Demorei  de novo, eu sei, mas ta aí! O que acharam?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

--------*--------*---------*---------
Heeey! Como é que estão, hmmmm?
Demorei  de novo, eu sei, mas ta aí! O que acharam?

19.10.18

Tom Holland || ImaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora