Algo simplesmente indiscutível é o fato do amor existir, e nos atacar nos momentos mais importunos. E Gaybi foi vítima desse ataque. Agora vou relatar como a jovem Margarida entrou no mundo de Gaybi.
Era uma manhã de segunda-feira, Gaybi já havia acabado o seu café da manhã, logo após escovou os dentes. Pós a bicicleta a postos, se despediu da mãe e partiu em disparada na direção do colégio. Ele amava sentir o vento batendo em seu rosto enquanto pedalava no caminho se deparava com lindos passarinhos e cães charmosos como o Cometa. Esses simples bichinhos animavam o seu dia. Após cinco minutos pedalando, Gaybi chega ao colégio.
Quando chegou, fez o de sempre, estacionou a bicicleta e se dirigiu as escadas que o levava a sala de aula. Localizou a sua carteira, despejou a mochila e a aula se iniciou. Havia três aulas antes do intervalo, que eram as de: Matemática e duas de história. Como de costume, Gaybi prestou atenção nas aulas e aguardou ansioso o soar da campa que anunciava o intervalo.
Quando desceu para o pátio, ele se deparou com um colega um ano mais velho, que também era seu vizinho. O nome dele era Victor, era alto, moreno, usava óculos e era alegre.
- Oi Victor, como vai?
- Estou bem na medida do possível. E você?
- Eu me encontro meio triste, mas já, já passa.
-Certo, tenho algo para te perguntar.
- Diga o quê?!
- Qual a menina você acha que seja a mais bonita da escola?
Gaybi abaixou a cabeça e começou a pensar. Ele não sabia o nome dela, apenas sabia a sua aparência. Então começou a descrever a aparência da garota.
- Ela possui lindos olhos azuis, usa óculos, cabelo curto...
Victor o interrompe e diz.
- Sei quem é ela, é a tal de Margarida.
- Como você sabe?
- Simples, nós éramos amigos.
- Dessa eu não sabia, você possui o número dela?
- Sim, quando chegar em casa te mando
Após essa conversa, a campa toca, anunciando o termino do intervalo. Quando Gaybi vai para a sala, se depara com Margarida, ela o ignora, porém a barriga dele gelou. As últimas aulas eram as suas favoritas (filosofia e artes), mas Gaybi não conseguiu se concentrar na aula, pois seu pensamento estava dominado por Margarida. Ele se indagava: "Será que Victor irá me passar o número dela?", "E se mandar, com qual mensagem eu iniciarei a conversa?". E assim se seguiu até o término das aulas.
Gaybi mal podia esperar para chegar em casa e trocar mensagens com aquela garota. Quando ele saiu, não pensou duas vezes, desceu as escadas com apenas um foco: Chegar a sua bicicleta. Ele ignorou tudo e todos para ir embora mais depressa.
Após rápidos cinco minutos, Gaybi chega em casa com o coração batendo forte. Foi direto para o celular. Estava lá, uma mensagem de Victor dizendo "Aí está o número". Gaybi pulou de alegria, agradeceu ao seu amigo. Depois de acalmar os ânimos, ele se dirigiu a um belo e duradouro banho. Almoçou um belo prato e se deliciou com um ótimo suco de morango. No final, ele foi em direção ao quarto e começou a enviar mensagens para Margarida. Ele sentia uma sensação indescritível. Falavam coisas bobas sobre a vida. Gaybi sempre se interrogava de como aquele amor surgiu tão depressa. No final dessa segunda-feira, ele mal conseguia dormir, estava ansioso demais para o dia seguinte, pois ele iria ver a Margarida.
Na manhã de terça, ele se despertou mais cedo do que de costume, com um frio extraordinariamente forte em sua barriga. O sol ainda estava nascendo. Foi uma das poucas manhãs em que ele se levantou com um bom humor. Gaybi se sentia ótimo. Fez o mesmo de seu cotidiano: Se arrumou, comeu e partiu em direção do colégio. Era uma bela manhã (presumo). Gaybi havia feito o seu ritual de falar com os animais. Nesse dia ele passou por perto de uma bela égua, que o olhou com olhos bastante ingênuos.
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Era Um Ateu Em Campina Grande
Non-FictionBom, eu sou o Gaybi, e aí está a história da minha vida. Por favor, não leia, é constrangedor demais!