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   Existe uma estrela. Na verdade várias delas. No céu, na terra, no mar, em tudo. Elas queimam, assim como eu queimo, provavelmente por ser feita de seu pó.
   Canso, caio, renasço. Procuro um motivo, um motivo pra ser um pó de estrela que queima constantemente, que não se apaga. Luto, tento, choro. Eu continuo, aqui, lá, onde der pra continuar. Existo, em repouso ou em movimento, em desespero, angústia, agonia, que, quando passam, se transformam em leveza, em translucidez.
   Talvez, mas só talvez, esse seja o motivo. O meu motivo.

VergonhaOnde histórias criam vida. Descubra agora