Capítulo 2

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"Talvez eu seja idiota,
Talvez eu sou cego,
Pensando que eu posso ver através disso,
E ver o que está por traz,
Não tenho uma maneira de provar isso,
Então talvez eu estou mentindo!" Bone Man, Human


Thea

Acordei em uma sala estranha, era branca, e tinha um espelho enorme na parede do meu lado. tentei me levantar mas não consegui. olhei para meu próprio corpo, eu estava amarrada numa maca.

tentei me lembrar de como vim parar aqui. O chão tremendo. o cara novo. o soco. o homem de braço mecânico. as outras pessoas. aí meu Deus.

tentei me levantar mais uma vez daquela maca. Eles me resgataram? porque? Não que eu esteja reclamando, mas eu só quero entender. tá tudo tão confuso.

um homem entrou na sala e eu parei de tentar me soltar. ele era alto, na casa dos 40 anos, e de barba. Estava usando um óculos escuros.

- Como se sente?

ele perguntou mas não respondi. ele fica me olhando por um segundo e sai da sala. volto a tentar me soltar mas nada adianta. que negócio é esse meu Deus. eu não consigo nem me soltar dessa maca idiota.

Do nada entra outra pessoa. o homem que me tirou de lá. ele entra e fica me olhando por um instante.

agora posso ver como ele realmente é. tem cabelos compridos, olhos azuis, barba por fazer que deixa ele muito bonito. ele todo é muito bonito. Deus.

- Posso confiar em você?

ele pergunta e eu não entendo, deixando isso bem claro na minha cara de tonta. ele percebe e aponta para as amarras. se ele pode confiar em mim para me soltar? óbvio. claro. faço que sim com a cabeça e ele começa a me soltar devagar.

já solta me sento na maca, estava um pouco tonta, mas nada de mais. me levantei só para cair em cima dele. Deus que vergonha. pelo menos ele me segurou impedindo que eu caísse de cara no chão.

- Devagar! - ele diz, sua voz é rouca, muito bonita. ele é muito forte, só de olhar para seus braços eu percebo isso - Você tá bem?

sento de volta na maca. acho que eu não estou em posição de sair andando por aí. assenti com a cabeça e ele fica apenas me observando eu faço o mesmo. após longos e constrangedores minutos ele fala novamente.

- Do que se lembra?

espero um pouco para falar. eu mesma queria me perguntar isso. tento colocar os pensamentos em ordem.

- De você me tirando daquele lugar...

aí meu Deus. será que já não chega de pagar mico. eu podia ter falado de algumas outras coisas que eu me lembrava. Mas não! a tonta tem que falar dele.

ele assente e cruza os braços. o braço. o outro era de metal e tinha uma estrela. a mesma estrela que eu tenho no meu braço. do mesmo lado e tudo.

- Você trabalha par a eles?

pergunto quando ele estava prestes a falar algo. desta vez foi ele que me olhou confuso. apontei para a estrela em seu braço mecânico e ele olhou para ela e para mim novamente.

- Trabalhava. não trabalho mais.

- Como assim?

- É uma longa história - ele diz e vai se encaminhado para a saída.

- Aonde você vai?

pergunto e ele vira para mim fazendo jeito para mim esperar ali. é vou sair correndo porta agora tonta do jeito que estou. fico ali, e pensando. ele salvou minha vida? trabalhava para aqueles caras? Não trabalha mais? para quem ele trabalha agora? O que querem comigo?

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⏰ Última atualização: Jul 01, 2018 ⏰

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