Quarto dia: Bonecos, lanches e abraços

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Após o fatídico episódio da massinha de modelar no cabelo, Madara Uchiha, se tornou bem cauteloso em relação às crianças. Quando os pequenos começaram a chegar, os cumprimentou de longe e nem quis deixar Obito subir em suas costas.

O garotinho chorou tanto que um dos professores de outra turma, Kakashi, foi verificar o motivo da gritaria e lançou um olhar significativo para o diretor para que desse um jeito de fazer o menino calar a boca. O resultado foi um Obito com olhos vermelhos nas costas de um Madara muito irritado.

Fora esses acontecimentos o dia seguia normal. Sasori havia levado seu novo boneco para mostrar aos amigos, o que causou um imenso ciúme em Deidara - já que o loiro não tinha à atenção que queria.

- Uau! - Exclamaram os pequenos admirando o novo boneco, que segundo Sasori tinha diversas funcionalidades.

- Eu acho seu boneco muito feio! - Implicou Deidara.

- Você tá sendo bobo! - Acusou Nagato.

- Não sou bobo! - Defendeu-se o loiro - O boneco do Sasori é muito feio, a boca dele fica aberta!

- É porque não é um boneco igual os que você tem na sua casa, bobão - Sasori finalmente defendeu seu brinquedo - É uma marionete.

- O que é uma marionete? - Questionou Kisame.

- São bonecos especiais, vovó Chiyo que me deu. - Disse o ruivo com carinho - Ela me disse que quando eu for grande posso ser um grande "tinteiro"!

- Que legal! - Animou-se Yahiko.

- Não é "tinteiro" é titeriteiro. - Corrigiu Madara.

- Ti... o quê? - Nagato tentou falar a palavra difícil.

- Titeriteiro - Madara disse novamente - É o nome que se dá à profissão de quem manipula marionetes.

- O que é "manipula"? - Perguntou Itachi.

- Manipular quer dizer controlar, titeriteiro é quem controla as marionetes. - Explicou o diretor que por incrível que pareça não estava mais irritado, na verdade estava gostando de responder aos pequenos - Eles ficam escondidos e puxam uma corda para mexer a marionete.

- Nossa, que legal! - Konan estava bem entusiasmada com o assunto - Deve ser muito difícil, né? - Direcionou sua pergunta a Sasori.

- É sim - O ruivo respondeu - Vovó Chiyo disse que tenho que treinar muito e crescer bastante "pra" fazer isso.

- Quando eu crescer vou ser policial! - Começou Yahiko.

E ali se iniciou a discussão sobre o que seriam no futuro. Em algum momento da conversa Madara se pegou sorrindo, não soube exatamente o porquê, mas sentia feliz naquele momento. Isso o assustou.

Veja bem, nosso diretor nunca foi próximo às crianças. Embora tivesse uma creche, sempre optou por apenas administrar e em nenhum momento pensou em estar ali no meio dos pequenos. Mas naquele momento era como se nunca tivesse pensado a respeito. Era como se sempre estivesse presente naquele local.

A animação se manteve até que Hidan reclamasse de estar com fome. Foi como se um botão fosse acionado e todas as crianças começaram a reclamar de sua barriga estar vazia.

- Eu também estou com fome - Kakuzu como sempre estava quieto em um canto, e Madara as vezes se assustava com as falas repentinas, sempre imaginou que crianças fossem barulhentas, mas Kakuzu era quieto demais.

- Tio Madara, cadê nosso lanche? - Perguntou Obito.

- Como assim? - Indagou o adulto confuso - Por que eu tenho que saber onde está o seu lanche?

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