Família Lobo Difícil

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-Millie é você?— a moça mais baixa me pergunta.
-Sim, muito prazer— sorrio.
-Alex— ela diz.
-Hum, bom, Millie— solto uma risada leve.
-Se apresente— ela cutuca o garoto de sardas ao lado dela.
-Finn.
-Mill...
-É, você não precisa repetir— ele ri.

Pera, pera, pera. Eu não teria irmãs e não um irmão? Certeza que isso foi obra da Sadie, que ficava insistindo pra que eu quisesse um host Brother, sonhando com um possível romance. Ah Sadie, só você!

Estávamos no carro e eu olhava atentamente a janela. Nela passavam árvores rapidamente e casas bem ao longe, entre as montanhas. Estava em Vancouver, a cidade que eu mais esperei na vida pra conhecer.

-Bonito né?

Me assusto com a voz de Finn, que estava atrás de mim, perto do meu corpo, observando, também, a janela.

-Muito.
-Você não viu nada ainda, baby.
-Espero que consiga ver mais disso.
-Farei um tour a tarde com você o que acha?
-Hum, pode ser.

Ele parece ser legal. Gostei disso.

-Mas então Millie, como foi o voo?
-Eu achei que não fosse dormir, mas me enganei, dormi igual pedra. A comida estava incrível, mas minha ansiedade era tanta que a viagem parecia tão longa!
-Ah, que bom que descansou, porque, realmente, dormir em avião é bem ruim. Não querendo ser indiscreta, mas, como é o Brasil?
-Eu acho incrível! Temos praias, calor, carnaval, músicas boas e é muito divertido. Ainda mais que eu moro no Rio, não sei se já ouviu falar, mas tirando o perigo, é incrível!
-Ah, eu já ouvi falar sim! Sempre tive vontade de ir, ao contrário desse aí— ela lança um olhar a Finn pelo retrovisor— nunca quis, sabe?
-Mãe!— ele da uma "bronca" nela.
-Não fala que queria só porque a Millie está aqui, Finn.

Mas, porque ele diria isso, só porque eu estou aqui?

-Não liga pra ela— ele diz sussurrando— é doida assim mesmo.
Eu rio baixo, esperando que a Alex não escute.
-Finn Wolfhard, eu ainda posso te ouvir!

Ah esses dois... já estava vendo que esses 6 meses seriam divertidos!

-Lobo difícil?— não sei se era muito cedo pra fazer piadas, mas eu não resisti. Espero que ele não ligue.
-Mini Brownie— ele diz se virando pra mim.

Damos gargalhadas com aquilo. Ele era divertido, o tal garoto das sardas.

O caminho seguiu assim: piadas, histórias, informações, curiosidades e boas risadas. Estávamos nos conhecendo melhor.

Estou tão feliz e aliviada por eles serem tão legais. As vezes, ficava preocupada pensando que poderia pegar uma Host family difícil de conviver e que não gostassem de mim. Eles pareciam a minha família do Brasil, só que no Canadá. Jura Millie?

Chegamos na casa deles. Ops, nossa casa. Ainda teria que me acostumar com isso. Fizemos tipo um tour e fomos pra cozinha para comermos e conversar. Descobri que meu quarto era ao lado do de Finn e que a casa era bem legal: tudo em conceito aberto, com uma grande ilha na cozinha e uma lareira bem
moderna na sala de estar.
O garoto de sardas gosta de música antiga e tem uma coleção, invejável, de discos. Ele tocava guitarra e tinha uma banda. Calpurnia se não me engano.
Ah, ele amava livros de mistério e suspense, como eu.
Alex dividia um gosto bem parecido com o de Finn, tirando que não tinha mais uma banda e gostava de livros de romance.

-Quer ajuda pra guardar as roupas Millie?
-Não precisa se incomodar...
-Claro que você não é incômodo! Agora é da família Lobo Difícil!

Como não amar gente?

Ela me ajudou com as minhas coisas e disse que estava na hora perfeita pra darmos um tour. Nem muito frio, nem muito calor. Um vento agradável.

Eu tenho certeza que acharia muito frio porque né, carioca como eu, se fizer 21º graus no Rio já tá frio, imagina 15º!

Coloco uma calça de moletom cinza, uma camiseta de um quadrinho e pego um moletom preto pra levar e colocar. Estava com uma meia de pizza e um tênis vans old skool.

Vou em direção ao quarto de Finn e o vejo na cama, pela porta aberta, tocando um pouco de guitarra.
Me encosto no batente e fico observando o cacheado que parecia mais distraído do que nunca.

Ele termina de tocar e eu bato palmas. Ele tinha talento!

-Que susto, não tinha te visto ai— ele diz se virando, corado. Suas bochechas estavam rosinhas. Fofo.
-Não quis atrapalhar, desculpa.
-Claro que não, você não atrapalha.

Minha vez de estar corada. Aaaa, que vergonha!

-Sua mãe me mandou aqui, disse que é a melhor hora pra um tour.
-E ela está totalmente certa— ele se levanta e vai no armário, pegando um suéter vermelho.

Passa por mim na porta e eu fico lá, fitando sua estante de livros.

-Vem Millie— ele puxa minha mão.
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Hey, cap novo!

Espero que estejam gostando! Se quiserem que eu continue, me falem pls!

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Beijo beijo.

With all my love,
Maria💕

Host Brother [+Fillie]Onde histórias criam vida. Descubra agora