A chegada?

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Pequenos ruídos, uma pequena lebre saltou dos arbustos, Lucas então as abaixou e sorriu para o pequeno animal, o colocou sobre o peito, E lembrará que Polly era completamente apaixonada por lembres e coelhos, então mostrou a ela

- Lucas, ela é Linda- Ela diz com os olhos marejados e vermelhos mas agora com um sorriso no rosto, o fato de ter acabado de enterrar a própria mãe poderia alterar seu psicológico, mais nada que uma linda lembre branca não aliviasse

-É mesmo - Lucas sorriu doce, entregando o animal que Polly já acariciava- Polly posso te perguntar uma coisa louca?- Nesse istante o coração de Lucas pulava e dava cambalhotas de tão agitado

- Nada nesse momento soaria assim tão maluco Lucas, acabamos de enterrar nossa própria mãe- A garota senta-se na grama com a doce lebre no colo

- Venha comigo, vamos....Sair dali, não há motivos para estarmos ali, sei bem o que ele faz com você, e tantas vezes já quis...Fazer loucuras nas quais me arrependeria- Lucas tinha a cabeça baixa, os punhos apertados, e podia-se ver lágrimas nos olhos, ele se abaixa para encara a menina que amava incondicionalmente

- Lucas Eu... - Ela e interrompida bruscamente

- Polly, se tem algo que eu aprendi foi que, pra se ter amor tem que passar pela dor, por quanta dor você já passou e não teve amor? - Ele a questiona, as palavras atingiram ela como uma faca no peito

- Lucas, Eu...Isso, isso foi - Ele a corta novamente

- Quanta dor já sentimos? Quanto mais teremos que sofrer para perceber Polly? - Era evidente que aquilo doía nele, era uma ferida aberta sendo cutucada - Por favor Polly abra seus olhos

Ela ainda meio assustada com aquilo, apenas o abraçou, a pequena lebre havia deitado em suas pernas, quando se soltaram, seus rostos estavam próximos, seus narizes se tocaram, e ambos os olhos se fecharam, e dentro de seus corpos ambos os corações batiam rápido

     "O que exatamente e isso?"

Os dois se questionavam

- Eu posso dizer uma coisa maluca também Lucas? - Ele assentiu com a cabeça, as mãos na lateral do rosto dela aqueciam sua pele pálida, parecia que a qualquer momento seus lábios se tocariam, mas ela apenas segura suas mãos, e as afasta seu rosto, fazendo Lucas abrir os olhos e olhá-la - Eu vou, vou com você, não tenho nada a perder lá, tudo que eu tinha se foi, família, amigos, amor ao mundo, só me resta você Lucas

Eles então se levantaram, limparam suas roupas e acompanhados da pequena lebre branca foram até a Rua Portman na casa de número 815, estava tudo escuro, eles entraram, e simplesmente pegaram suas roupas e pertences, aquilo que mais precisariam, colocaram nas malas

- Onde você acha que vai com ela seu Merdinha? - Acho que ainda não falamos dele, o alcoólatra que acabou com três vidas não é, seu nome era Bratt, um homen de 36 anos, amargo e fracassado, e estava ali agora, questionando o porquê de estarem indo embora

- Quer mesmo saber?

- Quer acabar como sua mãe? - O sangue de Lucas ferveu nesse momento, o homem estava sendo 100% sínico para insultar a pouca paciência que Lucas tinha

- Lucas não caia na dele, você é melhor que isso - Polly estava atrás de Lucas que não a deixava passar de jeito nem um

- O que disse vadiazinha? - O gatilho para Lucas, que sorriu e com toda a força do corpo disparou um soco certeiro no rosto do homem que caiu no chão

- Não a chame nunca mais assim, me entendeu? NUNCA mais - A paciência de Lucas havia de esvaído, ele levanta o homem agora assustado pelo colarinho da blusa e o pressiona contra a parede, Bratt tem um olhar assustado sobre Lucas já que nunca imaginaria que o garoto fosses reagir

- Você me entendeu? - Lucas tinha a voz alterada, o medo de que ele fizesse algo pior naquele momento fez com que Bratt apenas concordasse com a cabeça

- Acho bom mesmo - Lucas o soltou no chão puxando Polly com ele, saindo de lá rapidamente, eles seguiram um caminho tranquilo até o prédio abandonado, já dentro do apartamento 503 largaram as malas ao chão

- Vamos, temos muito a fazer - Lucas sorriu para ela, o que na verdade foram horas para eles pareceram minutos, limpar, arrumar, e organizar tudo foi a parte mais divertida, Lucas arrumou a fiação então agora eles tinha um apartamento um tanto quanto simpático, com luz, e uma linda vista, o prédio havia sido abandonado, porém era ainda 75% habitável, apesar da estrutura um tanto frágil,  o motivo do abandono? Um bairro perigoso fez com que a maioria dos moradores fossem embora, então muito foi deixado para trás, o que ajudou Lucas e Polly? um belo armário, criados mudos, abajures, tudo os ajudou!

Algumas horas depois estavam os dois, sentados ao terraço, olhando o céu, tudo naquela noite parecia mudar de "Uma vida desgostosa" para "A mais perfeita vida"

- Sabe Lucas - Ele a olhou sorridente com o rosto corado, e com o coração acelerado- Esse amor, eu nunca vou deixá-lo morrer, ninguém pode toca-lo, sou maluca pelo seu toque, e vou fazer isso durar para sempre, e não me diga que é impossível, porque eu te amo, até o infinito - A feição de Lucas fica confusa e seu rosto vai ganhando uma cor avermelhada e Polly continua - Minha alma, você sabe que ela urge pela sua, e você tem preenchido esse espaço desde que nasceu, você é meu paraíso e eu farei qualquer coisa para....Ser seu amor, ou ser seu sacrifício, o amor não é alatorio Lucas, somos escolhidos, eu te amo, amo mais do que tudo na vida, até o infinito... - Ambos os rostos com uma vermelhidão, seus concientes diziam que aquilo de certa forma séria errado, mais os corações falavam mais alto, mais claro e em bom som, seus rostos estavam próximos como nunca estiveram antes, o vento batia forte já que era tarde, a lua era a única coisa que iluminava aquele terraço, seus lábios roçaram um no outro, e por fim se tocaram, porém um Pigarro foi escutado pelos dois os afastando rapidamente

- Atrapalho? - Polly sorri com uma felicidade Maior ainda, se é que aquilo era possível

- Eu voltei pequena Lolly- a visita inesperada se pronuncia

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⏰ Last updated: Nov 22, 2021 ⏰

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A pequena pollyWhere stories live. Discover now