Capítulo 1 : Novas esperanças

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 Numa fria madrugada de sexta-feira, todos os moradores da rua de Alameda das Tílias dormiam em um sono profundo, porém calmo, onde a única distração eram os sonhos gerados por suas mentes. Dirk van Kombast, o vizinho conhecido por suas invenções malucas e que sempre acabam em uma grande confusão, com sua esposa, Ursula dormiam em casa, o que significava uma noite tranquila e quieta, preenchida somente pelos sons naturais de grilos cricrilando e um vento que levemente balançava as folhas das árvores da região, causando um ambiente agradável e calmo.

A única acordada nesta aconchegante noite era Dakária Tepes, moradora da última casa da rua, a de número 23, que mesmo sendo uma meio vampira, não era isso que interferia em seu sono, mas sim pensamentos ansiosos e grandes expectativas sobre uma mensagem intrigante recebida de Murdo, o famoso cantor de olhos alaranjados, que conhecera em um show da tão prestigiada banda, Krypton Krax, sobre uma notícia.

Após o conhecimento do acontecido, Silvânia, irmã de Daka, logo se preocupou, pois Murdo era bem mais velho e um astro do rock. Ela queria que sua irmã não se machucasse, somente isso, então sempre ficava atenta em relação à Murdo e nunca o tratava como um de seus amigos.

* Pov Daka *

Estava deitada em minha cama, meu cobertor preto com vários morcegos brancos como estampa, me mantinha aquecida naquela noite calma e fria. Todos da casa dormiam, menos meu pai, que saiu para caçar, em busca de sangue de algum rato, ou inseto. Nestas circunstâncias aconchegantes, eu já estaria no meu décimo sono, porém, minha mente estava inquieta, com pensamentos curiosos e uma ansiedade imensa sobre Murdo, que tinha me mandado uma mensagem....um tanto intrigante, na noite passada

* Flashback *

Já estava pronta para dormir, enquanto Silvânia terminava de realizar sua denticure semanal, decidi checar meu vampbook, e logo uma notificação de mensagem apareceu na tela... era do Murdo! Logo um sorriso bobo surge em meu rosto, e abro a mensagem quase que imediatamente.

— Hey, Daka, quando tempo não? Haha, podem se fazer somente 2 semanas que nos vemos mas, já sinto saudades...

Ah ele é tão maravilhoso, fofo, lindo, perfeito....ah, tenho que parar com isso... Desencana Daka, ele....n..gosta de você....

Me entristeci de me fazer voltar a realidade de que Murdo me via somente como....amiga, minhas esperanças diminuíam a cada dia, mas minha curiosidade de ler a carta continuava grande.

— Sabe, estou em uma região próxima à sua cidade, pensei de nos encontrarmos na velha estação abandonada, o que acha? Afinal, tenho uma notícia para te dar.

Logo, pensei em várias probabilidades de qual seria essa notícia, e respondi a mensagem dizendo que poderíamos nos encontrar na noite seguinte, às 12 horas...

* Pov Daka*

Como eu já não aguentava mais, e já eram cerca de 11 horas, decidi começar a me arrumar para não chegar atrasada. Cautelosamente sai da cama, botando meus pés no chão frio,mas prestando atenção em qualquer som que eu poderia causar e acordar Silvânia, afinal ela tem um sono muito leve.

Fui até meu guarda roupa e peguei uma blusa regata preta, shorts jeans escuros e meu tênis all star, os vesti rapidamente,de maneira desengonçada e abri a janela do quarto, pude sentir uma leve brisa em meu rosto, o que me deixava entusiasmada para voar, mas tinha de ficar atenta, não podíamos ser descobertos por ninguém. Após olhar em volta diversas vezes, meus pés se levantaram do chão e eu comecei a voar, observando de longe cada estrutura minúscula aos meus olhos. Em não muito tempo, cheguei até a estação abandonada, e lá estava ele, sentado, acariciando Karlota, seu sanguessuga de estimação, em suas mãos. eu fiquei o observando, era uma bela cena, que fazia meu coração derreter.

Quando Murdo notou minha presença, ele sorriu, mostrando suas covinhas nas bochechas, e se levantou indo em minha direção.

— Daka! Que óti... — eu o interrompi com um abraço apertado, eu precisava senti-lo em meus braços, sentir o perfume amadeirado que ele sempre usava...

— Wow, sentiu minha falta hein? — ele ri, meio surpreso, mas retribui o abraço calorosamente

— Você não faz ideia! - rio junto com ele

Ficamos alguns segundos naquela posição, aproveitando o calor e o carinho que nossos corpos transmitiam.

— Então, o que queria me contar? — nos separei devagar, sendo vencida por minha curiosidade e olhei no fundo dos olhos alaranjados de Murdo

— Tenho uns trabalhos pra fazer aqui, na sua cidade. Vou ficar uns seis meses por aqui, ou até um ano. - ele disse de forma calma, mas feliz, o que fez com que meus olhos brilhassem

— Então, significa que vamos passar mais tempos juntos? — disse parecendo uma garotinha de 6 anos, cheia de esperança, me segurando para não gritar de alegria e pular em cima dele

— Bom, creio que sim, só preciso, primeiro, acertar o local onde vou morar — ele deu um suspiro cansado — odeio papelada...

— Olha... se quiser pode ficar na minha casa até resolver tudo... — disse sugestiva, já pensando que minhas chances aumentaram e que talvez, houvesse esperança real, ele sorri

— Ah, não quero atrapalhar... — antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, me adiantei

— Que isso! Só preciso falar com meus pais, mas eles provavelmente deixarão, então, sem problemas! — ele ri, e afasta uma mecha de cabelo que foi bagunçada pelo vento do meu rosto

— Você é uma graça, Daka! Mas, já que insiste minha presença, eu aceito sua proposta.

Um sorriso largo surgiu em meu rosto, essa poderia ser minha única chance... eu tenho que conquistar o Murdo! De um jeito, ou de outro!

Olá pessoinhas! Bom, esse aqui é o primeiro capítulo oficial da minha fanfic, espero que tenham gostado, e por favor, se houverem erros, me avisem! Se puderem, me digam nos coméntarios o que acharam, realmente espero que tenha ficado bom.

Então, até o próximo capítulo! Azdio! :)
(E provavelmente eu altere algumas coisinhas, então fiquem atentos às atualizações :3)

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