Anjo Caído ~ Castiel (Supernatural)

1 - Observar o Além

Violência, guerra, morte, dor, sangue, sofrimento... Me pergunto o "Por que?". Tantas pessoas cruéis no mundo em que observo, Por quê temos que amá-las? Se nem isso a raça humana merece.
Em meus devaneios observo um homem. Este está perto de encontrar seu fim, pois logo a frente um cara armado se aproximá. " Pow" e o homem de terno e gravata cai ao chão, uma poça de sangue se formando ao redor. O atirador? Corre. Mas não sem antes levar a carteira do rapaz. É isso que somos obrigados a amar sem julgar? Eu entendo ser errado ter esses pensamentos, mas depois de um tempo refletindo, você percebe o real mundo em que os seres humanos vivem. A amostra grátis do Inferno.

- Castiel? - Um anjo surge ao meu lado - Está tudo bem? Estás tão pensativo

- Dyriel. Está tudo bem meu irmão, apenas os devaneios de sempre - Digo observando as pessoas com um ar indiferente.

- Você tem que parar com esses pensamentos - Ele diz com um ligeiro tom preocupado - Não queres ter o mesmo fim que aquele que caiu. Você é bom Castiel.

- Não se preocupa Dyriel,- Digo calmamente - Não me rebelarei contra nosso pai, ordens são ordens. E amarei sem questionar, aqueles que habitam a terra.

- Assim que se diz. - Mesmo não vendo o rosto de Dyriel, Sei que este deu um sorriso - Está ocorrendo uma reunião, e estão nos chamando.

- Vamos então - Digo. Já saindo de meu lugar e seguindo meu irmão que já está em minha frente.

Paramos em frente a uma porta, que logo é aberta, dando direto em uma pequena sala, aonde vários feixes de luz se encontram. Não reconheço ninguém naquela sala, todos assumimos meras formas luminosas. Nossas formas reais.

- Bom. Vamos dar início a nossa reunião - Uma voz grossa ressoa pelo local, fazendo com que todos os murmúrios antes audíveis, se cessem por completo - Temos um grande problema em mãos. Deus surgiu para mim, e me disse que um de vocês, está se negando a amar os semelhantes a ele, os nossos humanos.

Ao serem ditas aquelas palavras, todos no local retomaram os murmúrios, todos de puro medo. Com toda a certeza, muitos deles, por um minuto que seja, duvidaram se era correto proteger aquela raça. Eu, apenas me encontro imóvel, observando a reação de meus irmãos, que logo se silenciam ao ouvirem novamente a voz grossa e autoritária sobrepor todas as outras.

- Mas nosso pai é misericordioso! - Todos escutam atentamente - Então, ele quer que todos aqueles que cogitaram a hipótese de amar os Seres humanos, Aqueles que duvidaram de seu amor. Terão que ir para a terra - Todos no local olharam surpresos aquele que falava - E só poderão voltar, quando aprenderem a amar.

- Isso não é correto! - Um voz feminina se manifesta - Por que duvidam de nosso amor? Estão achando que somos Lúcifer? Que iremos contra nosso pai?!

Muitos concordaram com o que ela dissera. Eu por outro lado, achei misericordioso o que o senhor estava fazendo. Alguns foram contra suas ordens, não fizeram aquilo que surgimos para fazer. Seguir ordens. Eu merecia uma punição, e sabia disso.

- Vocês irão surgir dentro de Cascas que já se foram - A voz retomou o controle - Irmãos. Espero que aprendam a lição. Um último aviso, não prefiram lá do que aqui, vocês voltarão, ou morrerão como humanos. Mas quando aprenderem a amar, vocês voltarão.

E então com essas ultimas palavras, o lugar fica silencioso. Tudo para, qualquer barulho é inaudível, qualquer cor se torna escura, qualquer tranquilidade se vai embora. E ao abrir os olhos, vejo que me encontro em uma estrada, com luzes mirando meu rosto. Um carro.