- Tʜᴇ Pʀɪɴᴄᴇss - ( Em Revisão )

II

Acorde.

-Quem é ela?

-Será que ela está morta?

Eu podia escutar vozes.

Eu havia morrido?

Tentei abrir os olhos mas não consegui, parecia que havia pesos de areia em cima dos meus olhos.

Então fortes dores tomaram conta da minha cabeça.

E eu só conseguia me fazer uma única pergunta.
Quem sou eu?

E eu retornei para a escuridão.

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     Pensei ter escutado um grito de uma garota, assim foi que eu acordei e consegui sair daquele vazio.
Mas quando eu abri os olhos, ninguém estava gritando, pelo contrário, estavam todos calados.
Calados me observando.
Dava pra ver eles da cama que eu estava.

   A que sorriu para mim era uma garotinha muito linda, com cabelos lisos loiros, olhos esverdeados com um vestido marrom simples.
A garota ao lado dela, aparentava ter a minha idade, com os cabelos loiros um tom mais escuro que os da menininha. Seus olhos eram castanhos, e eu via preocupação e medo em seus olhos.

Mas a terceira pessoa que mais me intrigava, era um garoto, talvez homem devia ter seus vinte e poucos anos, era alto, corpo bem definido, cabelos escuros como a noite.
E seus olhos.
Foi lá que me perdi, eram de um azul tão lindo, até inexplicável (mesmo assim tentarei explicar).
Nunca tinha visto algo assim antes, nem mesmo o mar mais lindo chegava ser parecido, e naqueles olhos eu via desconfiança, dúvida?
Talvez. Não consegui decifrar. Eles tinham um mistério tão sublime.
Foi aí que percebi, ele tinha uma faca nas mãos; mas não era uma simples faca, era um cutelo enorme.
Ele iria me atacar.

Pelo menos foi o que meu cérebro disse para o meu corpo

Fiquei apavorada.

Então estremeci de medo, fechei os olhos e gritei o mais alto que pude.

Senti coisas sendo jogadas ao meu redor, além do meu grito eu consegui distinguir o som de coisas de vidro e algum material mais pesado se chocando contra as paredes.
Quando abri os olhos vi o resultado da minha ação, mas não foi o que eu esperava.

   As duas garotas estavam desmaiadas no chão, com cortes de vidro em seus rostos e outras coisas que voaram encima das mesmas com seus vestidos amarrotados e não pareciam respirar.
Olhei incrédula para aquela cena.

Como raios eu havia feito aquilo?

Levantei meus olhos para a pessoa que me fez sentir medo, o dono daqueles olhos magníficos e que tinha uma faca enorme em sua posse.
Ele continuava no mesmo lugar, sem nenhum arranhão, intacto.

Então aquele que antes me via com um olhar de dúvida se transformou logo em fúria e ele apontou o cutelo em minha direção, estava pronto para me matar.

Mas a porta atrás dele se abriu com violência, e ele congelou.
A figura que entrou pela porta era uma mulher estonteante.
Magra, cabelos castanho encaracolado comprido, com alguns fios brancos. E os olhos esverdeados.

-Pare Dylan!

-Não
Ele respondeu obscuro.

-Pare, você vai assustá-la assim!

-Mas eu não quero assustá-la... quero matá-la!
Seu semblante já não era o mesmo.

-Fora!

-Mas olha o que ela fez com as meninas!
Eu vou matar esse verme!

-Dylan. Fora. É uma ordem.
Ela respondeu em um tom muito frio.

Ele baixou a cabeça, claramente envergonhado, mas mesmo com raiva e não concordando com aquela decisão, saiu.

Logo que ele saiu, a mulher tocou a testa das duas meninas, falou umas palavras meia estranhas de uma língua que eu não tinha muito conhecimento mas chutava ser latim. Elas levantaram e sorriram, como se nada tivesse acontecido.

A mulher veio em minha direção e sentou na ponta da cama.
Ela me olhou e disse:

-Peço perdão, Dylan as vezes não tem limites.

-Sem problemas.
Pensei que eram malucos

-Só tenho uma pergunta para te fazer. Posso?

-Cla...claro.
Falei com um pouco de medo

-Quem é você?

Pensei, pensei, mas não cheguei a uma resposta certa e com convicção.
-Sinceramente falando? Não faço a mínima ideia.

- Se recorda de algo?

- De um nome...Lucy...

-Perfeito! Acredito ser seu nome. Vamos chama lá assim, acha que tem problemas?

Aquele nome me trazia uma sensação boa, misturado com uma sensação de aperto em meu peito. Eu não tinha certeza se aquele era meu nome, mas optei por ele naquele momento.

- Sem problema algum, pode me chamar de Lucy.

- Combinado!
Meu nome é Bianca, essas são minhas filhas Rebecca.

A mais velha abriu um sorriso.

- Sophia

Ela me olhou um pouco tímida

Sorri pra ela

- E tem o Dylan
Ela suspirou

- Essa é a nossa família, seja bem vinda Lucy!