#1 Tirar proveito de um flagrante

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On

- ...tudo pronto...é agora -o pequeno, finalmente, depois de tanto quebrar a cabeça num plano que desse certo, achou um "perfeito" no seu vê. O garoto se prepara atrás de uma esquina visualizando bem o seu alvo: Uma barraca de frutos, o dito cujo vai se aproximando normalmente à plana bancada, se misturando na multidão que caminha ao seu redor na feira

Ao chegar ao lado da mesma, começa o seu plano, sua mão discretamente manuseia frutas menores para o seu casaco, este que, para o que desejava ser feito, era um tanto que grande em seu pequeno corpo. Um curto período de tempo depois, estava cheio (bem, o mínimo para não passar percebido), quando iria se virar para ir embora (antes que o vendedor se dê conta de que está sendo roubado) é atingido, sem querer, por uma cotovelada fraca
- Ah! Me desculpe -outro garoto, da mesma idade, um pouco mais alto, esbarra no mesmo
- Tudo be- antes de terminar sua frase, percebe assim como o da sua frente, uma maçã caí da sua "sacola de compras", uma troca de olhares entre os dois é feita, e uma onda de nervosismo e adrenalina é sentida brutalmente pelo o pequeno ladrãozinho, este que com a descoberta se vira para começar a correr, porém uma rachadura no concreto o leva ao chão, juntamente com várias frutas de seu casaco, frutas estas que rolam pelo piso, chamando a atenção dos que passa e também do vendedor das mesmas

Olhares pasmos é lançados sobre si e diversos cochichos são ouvidos
- O que aconteceu?
- Nossa, ele roubou?
- Roubando tão cedo...
Pequenas lágrimas começam a se formar nos olhos do caído
- Bem...eu vou chamar a polícia -o vendedor afirma, pegando assim o telefone para começar a digitar
- N-não! -o garoto que esbarrou nele e arruinou todo o seu plano grita, fazendo a atenção se voltar para si- na v-verdade ele tá comigo, eu ia pagar por tudo, quis zoar ele por usar uma roupa tão grande e fiz um desafio a ele de quantas frutas cabia no seu casaco, ele o fez mas sem querer tropeçou no próprio pé e caiu
- ...isso é verdade? -o comerciante indaga
- Sim! -fala com convicção
- Okay...essas crianças de hoje em dia -fala guardando o telefone

Um suspiro é ouvido do que se encontra em pé, o outro ainda no chão, treme e se controla com toda as suas forças para não começar a chorar, uma mão é estendida para si e o mesmo aceita a ajuda
- ...obrigado -fala se levantando e assim limpando suas vestes
- Não tem de quê, mas mais uma mão para pegar as frutas seriam bem vindas -o pedido é concedido e as frutas são todas colocadas novamente em cima do balcão, sendo assim embaladas e entregadas para o mais alto, este que entrega o dinheiro ao vendedor

Afastados daquela multidão e já em outra rua, os dois agora se sentam num banco ao lado da praça
- Aqui -fala o que segura a sacola
- Obrigado mais uma vez...porque me ajudou?
- Minha mãe me disse que se eu visse alguém que precisasse de ajuda, independente quem seja, que se fosse o certo, ajudasse, e o seu olhar de agora a pouco não era de alguém errado...aliás, meu nome é Alex Martinez -fala estendendo a mão
- Lee Baker -aperta a mão do mais novo "conhecido"
Uma vendinha do outro lado da rua chama a atenção do denominado Alex
A- Quer sorvete? -indaga
L- Não sei, nunca comi -responde, tirando uma cara um tanto surpresa do da frente de si
A- Sério!? -grita dando um susto ao que deu a resposta- qual é a criança na face da terra que nunca experimentou sorvete!? -fala exageradamente, colocando a mão na cabeça e fazendo um sinal de negação, talvez até foi possível vê uma lágrima encenada sair do seu olho esquerdo- não se preocupe pequeno kouhai, farei você feliz, agora me siga nessa imensa jornada de atravessar a pista, e se prepare pois irá conhecer a maior preciosidade já feita
Toda essa encenação somente ocasionou maior ansiedade no mais baixo, a causa disso foi o mesmo à tentar ficar de pé se encostando na parede mais próxima por se encontrar com o "cérebro congelado", simplesmente pela velocidade que tomou o gelado, cena esta que gerou boas gargalhadas de Martinez

No fim da tarde, depois que os dois acharam um grupo aleatório de garotos nunca vistos antes e gastaram quatro horas seguidas brincando de esconde esconde e diversas outras brincadeiras, os novos amigos se despedem um do outro, ambos indo para caminhos opostos

The strange friendship between the detective and the killerOnde histórias criam vida. Descubra agora