vinte e três

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  Phil estava se divertindo muito com as coisas sem nexo que Laura estava falando, até que ela lançou a seguinte pergunta que lhe deixou completamente sem jeito.

— Qual a probabilidade de você ser apaixonado por mim dês do dia me que me conheceu? Tipo, um pouco menor que eu ganhar na loteria ou um raio cair duas vezes no mesmo lugar?

— Pode até parecer um pouco improvável pela versão que te contei, mas eu juro que na minha cabeça faz sentido.

— Então deixa eu ver se consigo te entender — ela falou e logo começou a vasculhar a cabeça do menino, rindo.

— Beleza, quem achou, achou, quem não achou, não acha mais, hora de dormir — Coutinho lhe segurou como um saco de batata e lhe jogou na cama.

— Eu não quero dormir, ta cedo — ela falava enquanto empurrava o mesmo com o pé.

— Ta cedo nada, vamos, fecha os olhinhos que eu canto uma música pra você dormir.

— Deus me livre — ela disse rindo — prefiro dormir sozinha.
  Phil lhe deu um tapa no braço e logo encheu um punhado de água, jogando depois em sua testa, achando que iria melhorar alguma coisa, mas isso praticamente afogou Laura.

— Eu ia pedir um beijo de boa noite, e não água — falou coçando os olhos — to namorando um cara um um peixe?

— Namorado — riu debochado — ainda bem que você não vai lembrar das coisas que disse amanhã — ele depositou um beijinho no canto da sua boca e lhe cobriu.

  Ele esperou alguns minutos, talvez horas, até que ela dormisse, pra voltar o seu hotel.

o curioso caso de laura ▶ coutinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora