aeroporto e sono

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Me arrependi de tirar o tempo do Ano Novo para dormir em vez de ir em algum templo rezar, como é o costume dos japoneses. E eu tenho quase certeza que é por isso que eu estou sendo punido hoje. Na cadeira ao meu lado, esperando o avião decolar, estava meu companheiro Byun Baekhyun.

Trabalhamos em algo ilegal, uma empresa liderada com alguém chamado de "Joojung", que ninguém nunca viu o rosto, e tudo de sua vida pessoal que sabemos é justamente seu nome falso. Fazemos, basicamente, o trabalho sujo para os policiais e detetives, como apreender criminosos perigosos da área do tráfico. A "mercadoria" coletada é enviada anonimamente para a delegacia principal de Tokyo. Os traficantes raramente são mandados juntos, desacordados, mas costumamos matá-los por ordem do chefe. Nunca me envolvi com alguma morte, eu sou da equipe de investigação, que coleta informações fora dos limites dos hackers.

Nossos feitos, cujos quais o governo tentou ao máximo ocultar, já passeia de boca por boca na cidade. E falta pouco pra chegar ao país, e logo após ao continente a ao resto do mundo. Afinal, estamos expandindo nosso trabalho.

Uma voz me fez acordar dos meus pensamentos.

- Senhor, precisa de algo? - Perguntou a aeromoça, com seu tom de voz gentil.

- Não, obrigado. - Assim que agradeci, como o ser educado que eu sou, Baekhyun olho para mim surpreso. - Que foi?

O desgraçado não respondeu e voltou a mecher no celular. Logo ouvi o meu apitar e o peguei para ver o que era.

(xx) xxxx-xxxxx: então você é capaz de dizer "obrigado"

inacreditável

you: inacreditável é você que está do meu lado e vem conversar comigo pelo celular, baek

baek: não quero gastar saliva com você

olha só, me chamou de baekkk

you: não quero gastar bateria com você

chataek: agressivo

you: insuportável

chataek: tsc

tu me ama

you: dsclp, mas quem me chamou no chat?

exatamente

- Não acredito que você escreveu mesmo isso - disse indignado, com o rosto voltado para o meu.

- Lê novamente, vai que assim você acredita, - o encarei com um sorriso sacana.

- Tá me chamando pra briga, é isso?

- Não sei, - fiz uma expressão pensativa - promete não chorar se eu te ganhar?

- Isso você tem que prometer - disse com um sorriso.- Amanhã?

- Meio dia em ponto.

E essa foi mais um de nossos acordos de briga não cumpridos. Nosso desgosto um do outro chega ao ponto de não querermos gastar nem energia física para agredir o outro. Não vale a pena.

Como somos praticamente obrigados, começamos a conversar, baixo e discretamente, sobre a missão. Até o baixinho cair no sono, e nesse momento o avião já tinha decolado há duas horas atrás.

Já está tudo planejado para a nossa hospedagem em Seoul. Há o Suho, um ex-membro da nossa organização que vai nos deixar ficar um tempo lá até a missão acabar. Mas iremos ter que ajudar com as despesas e conviver com mais três pessoas, que não eram tão tranquilas assim de se viver, segundo Suho.

Não sei em qual momento, mas também cai no sono, tão inconscientemente quanto Baekhyun.

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Quando acordei já era noite. Isso com certeza vai me dar problema para reajustar meu sono. Desgraça.

Senti um peso no meu ombro, e era nada menos que o baixinho irritante. Peguei meu celular e tirei uma foto dele, pois estava com um rosto engraçado, parecia até um bebê. Mas um possuído pelo ser do submundo, óbviamente, só assim para um bebê poder ser comparado com ele.

Bocejei e guardei meu celular, com uma vontade enorme de continuar a dormir. Olhando pela janela, a vista aqui de cima é maravilhosa, e só agora eu percebi. A cidade parecia um céu estrelado, onde as luzes dos postes e casas se assemelhavam à estrelas.

Azarento do Byun, dormiu e não vai ver a vista.

Felizmente, chegamos após alguns minutos desde que eu acordei. E melhor foi que eu nem precisei sacudir aquela pedra que dormia no meu ombro, a voz alta do capitão que saia alto falante já o acordou por mim.

- Roncou muito, sabia? - Indaguei em tom de brincadeira, só para irritá-lo.

- Que bom, te atrapalhei enquanto dormia, - disse e deu mais um daqueles seus sorrisos de "Eu não me importo com você, bemzinho".

- Olha quanta ousadia pra tão pouco tamanho, - resmunguei.

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Já marcava 00:04 quando chegamos na fachada da casa de Suho. A rua estava vazia, iluminada pelos postes, e pela aura de medo que emanava de Byun.

- Me falaram que ele é sangue frio, hein, - avisou ele, dando um passo para trás. Eu logo tratei de empurrá-lo de volta para a frente da porta, ao meu lado.

- Esses seus informantes são fofoqueiros, sabia? Mas se bem que me falaram isso também, - disse a ultima frase baixinho, que o outro escutou.

- Tá vendo? Tô arrepiado, já.

- É só o frio. Só o frio.

- Não tá ajudando, Chanyeol.

- E quem disse que eu quero ajudar?

- Olha aqui, você... - Antes de Baekhyun continuar a falar, ouvimos um barulho do lado de dentro e ficamos quietos. - Você ouviu? - Sussurrou.

- Sim...

@@@@

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⏰ Última atualização: Jul 08, 2018 ⏰

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