Não Se Vá

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Akeme está com quatro anos de idade e Midoriko não está mais morando com ela. A menina está morando com o pai e o irmão enquanto a mãe defende a nação...

...Literalmente! ^_^

Sesshoumaru não gostou muito da ideia, já que ele gosta muito da Midoriko e acha injusto a irmã ficar longe da mãe.

A parte boa é que Midoriko visita a filha toda semana e a menina ama essas visitas!

Sesshoumaru está amando a nova experiência de ser irmão mais velho. Akeme fica tranquila quando está com ele e não lhe dá problemas. Inu-Taysho sente falta da esposa mas não pode visitá-la para não deixar os filhos desprotegidos.

Nos últimos dias Inu-Taysho anda meio preocupado. Não para um segundo. Algo o incomoda e Sesshoumaru percebe.

É madruga e Sesshoumaru encontra o pai andando pelos corredores do palácio feito um zumbi.

- Pai? O que faz acordado?
- Eu é que te pergunto. O que você faz acordado?
- A Akeme teve um pesadelo. O senhor não ouviu ela me chamar?
- Não. Mas obrigado por cuidar dela pra mim.
- Tudo bem! Aconteceu alguma coisa?
- Não. Está tudo bem.
- O senhor não sabe mentir.

Sesshoumaru encara o pai, que suspira e diz:

- São coisas de adulto. Você não vai entender.
- Mas eu não sou mais uma criança, pai. Tenho duzentos anos de vida, então suponho que já tenho experiência o bastante pra...
- Não diga idiotices, Sesshoumaru. Você é apenas um menino.
- Mas, pai, eu não sou mais criança.
- Sua atitude diz o contrário. Você ainda é muito imaturo.
- Eu não sou imaturo, o senhor é que não quer ver que já cresci.
- Não quero discutir com você, Sesshoumaru. Volte ao seu quarto, por favor.
- Mas pai...
- Agora, Sesshoumaru.

Inu-Taysho segue seu caminho e ignora o filho.

Sesshoumaru volta para o quarto sem entender o que está acontecendo com o pai.

Ele senta na janela e volta a encarar as nuvens. A imagem de sua mãe surge em sua cabeça. Por um segundo ele sente sua falta, mas a lembrança da tortura vem e o sentimento de carinho vai embora.

O rapaz sai da janela e deita na intenção de dormir mas o sono não vem e ele passa a madrugada acordado.

A manhã chega e Midoriko aparece no palácio.

Akeme, que estava no banho, sai nua e corre ao encontro da mãe.

Sesshoumaru corre atrás da menina com uma toalha e a cobre rapidamente.

Midoriko ri da situação e beija a filha e o enteado.

- Que surpresa ver você aqui, Midoriko!
- Pois é! Não aguentei de saudades do meu bebê! Né, Akeme?
- É!
- Fico feliz com a sua visita! A Akeme estava perguntando de você ontem.
- Então que bom que eu vim!
- Concordo! - diz Inu-Taysho que aparece no corredor.
- Olá, querido!
- Olá!

Eles se encaram. Sesshoumaru fica constrangido, pega a irmã e a leva novamente ao banheiro.

Assim que a menina termina o banho, Sesshoumaru a veste para que ela possa passar um tempo com a mãe.

Quando o rapaz encontra o pai e madrasta, percebe que eles estavam chorando. Assim que nota a presença dos filhos, Inu-Taysho sorri e tenta disfarçar.

Sesshoumaru sorri para o casal e solta a mão de Akeme para a menina correr até a mãe.

Midoriko abraça a filha com força e a segura no colo.

Enquanto Akeme brinca no jardim com o pai e a Kirara, Midoriko e Sesshoumaru conversam debaixo de uma árvore.

- O que está acontecendo, Midoriko? Notei que você e o papai estavam chorando. Por que?
- É complicado.
- Então me explique.

A mulher suspira.

- Os yokais armaram uma guerra contra mim. Não sei se vou voltar.
- Não consigo acreditar... Mas... O papai pode proteger você, assim como ele protege a vila...
- Sesshoumaru! Seu pai protege a vila do ataque de um ou dois yokais. Ele não pode me proteger de um exército inteiro. É loucura.
- E o que você vai fazer? Vai fugir?
- Eu nunca fujo. Vou lutar o máximo possível.
- Mas é suicídio...
- Eu sei.
- É uma despedida, não é?
- O que?
- Sua visita... É a última visita que vai fazer à nós.
- Sinto muito, menino Sesshoumaru...

Sesshoumaru abaixa a cabeça e chora. Imediatamente ele sente Midoriko o puxar e o prender em seus braços.

Akeme se aproxima, curiosa. Ao ver o irmão chorar, ela o abraça também.

- Vai ficar tudo bem, Oni-chan! Tudo bem!

Inu-Taysho abraça o filho.

(Vô te contar, isso é RARO!)

Akeme não entende o que acontece então apenas permanece abraçada à família.

Naquela noite Midoriko e Inu-Taysho tentaram explicar para a filha o motivo da mãe não poder voltar a vê-la.

- Mas por que, mamãe? Não me deixe, por favor.
- Não é uma escolha, meu amor. Eu já te expliquei que é o meu trabalho. Eu preciso proteger a todos e a você também.
- Mas quando você vai voltar?
- Não vou voltar, querida.

Akeme começa a chorar. A ideia de não ver a mãe a magoa muito. É difícil para uma criança de quatro anos entender esse tipo de coisa.

Para a menina a mãe vai para um lugar muito longe.

Ela não deixa de estar certa...

Naquela noite Midoriko dormiu com a filha e pela manhã, antes da menina acordar, ela foi embora.

Akeme chorou por um mês inteiro.

Dois anos depois, Sesshoumaru recebeu a notícia da morte de Midoriko.

Continua...

A Irmã De Sesshomaru Onde histórias criam vida. Descubra agora