Reconhecendo o terreno.

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    Já no quarto do motel, Sam e Diana faziam pesquisas enquanto Dean e Bobby preparavam munição, até serem interrompidos. "Nem se preocupem em preparar as armas, um kitsune só morre se for apunhalado no coração ou por fome. - Diana fala como se fosse óbvio. - vocês ja encontraram uma kitsune antes, Bobby me falou, achei que lembrariam." Dean fica novamente surpreso com a garota. "Então quer dizer que você acompanha nossos passos?". Pergunta o loiro claramente com segundas intenções. "Mas é claro. Quem você acha que ajuda o Bobby a concertar as suas burradas Dean?" Sam solta um riso anasalado quase como se dissesse: receba!

    O telefone número 4 de Diana toca, revelando o número do departamento de polícia de Iowa. Tarde demais para manter o número de mortes o mais baixo possível. "Controle de animais, Stailes-" a loira prestava plena atenção no telefonema atraindo os olhares dos meninos "Claro, estamos a caminho." 

    De volta as docas, a segunda vítima estirada no chão com as mesmas características que a anterior esperava o grupo de caçadores, com uma aparência nem tanto convidativa. Arranhões em todo o corpo e partes das pernas e braços ralados, marcas de sangue e pele no chão provavelmente do corpo da vítima. Diana analisava curiosamente a cena. Tem algo errado aqui. Ela pensou com todas as suas engrenagens: as vítimas  aparentemente não tem ligação, uma menina entre 16 a 17 anos e um menino com a mesma faixa etária. A menos que tenham ligação.

    "As vítimas frequentam a mesma escola?" Diana pergunta sem tirar o olho da cena. Achando ja ter descoberto o que estava acontecendo na cidade ela finalmente olha para o xerife e o legista que estavam no local.

    "Sim, frequentavam a East High School." O legista conferiu na ficha confirmando a identidade do garoto.

    "Eu quero a lista de amigos em comum entre os dois, namorado, namorada, conhecidos, tudo o que você tiver." Sem perder tempo o homem anota as palavras da loira que agradece em troca.
    Ao virar-se ela percebe a confusão na mente de Sam, Bobby e Dean que provavelmente não tinham juntado os pontos. Mesmo assim, a caçadora não se da ao trabalho de explicar, apenas dá instruções. "Sam e Bobby, preciso que vão até a biblioteca da cidade e procurem a última data que aconteceu algum acidente deste tipo. Dean, você vem comigo para o necrotério, preciso ver as fotos dos locais onde os corpos foram encontrados."

    A teimosia de Dean junto a necessidade de andar no impala de Diana se combinou em uma concordância mútua de que Sam e Bobby deveriam ir no fusca, claro que o ranzinza é quem dirigiria. 

    Foi Bobby que deu o carro a Diana, ela sempre teve uma paixão por carros antigos, tanto que sempre que chegava um vintage na oficina de Bobby era ela que queria concertar.  No começo o velho teve que ensiná-la muitas coisas, mas com o tempo ela foi aprendendo.

    Quando os dois loiros ja estavam no impala, a garota abre o porta-luvas a procura das fitas que tinha avistado no primeiro momento que viu o carro. "Vamos ver essa belezura em ação!" Colocando uma aleatoriamente, Diana espera a música invadir seus sentidos e à canção mais inesperada toma conta do carro. 

    "Somebody to Love - Queen" fala ironicamente o que Diana procurava (assim como Dean, mesmo o próprio não admitindo), mas por conta de seu trabalho não poderia ter. É uma ótima música tirando esse detalhe.

    "Agora que estamos no carro, o que aconteceu lá atrás?" Dean vendo o silêncio que se instalaria foi logo suplicando uma explicação.

    "Bem, se quando virmos as fotos de onde os corpos foram encontrados e compararmos os ferimentos provar minha teoria significa que é um órfão. Um kitsune adulto experiente conseguiria matar as vítimas sem que elas mesmo perceberem, mas não é o caso, tem sinais de luta nas duas vítimas. As duas foram encontradas nas docas mas eu não acho que seja um lugar de desova. Acho que o ou a kitsune que está fazendo isso leva as vítimas até as docas e ai tenta mata-lás. Mas pra isso teriam que se conhecer." Diana vai explicando toda sua linha de raciocínio ao tempo que se aproximam do necrotério.

Patamar WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora