prólogo

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Duas casas, iguais em dignidade.

Na formosa Verona, onde esta história será contada.

Donas de uma antiga inimizade,

Responsáveis por manchar mãos fraternas de sangue.

Do seio dessas duas famílias,

Nasceu um casal de jovens,

Que tiveram a infelicidade de se amar.

- Prólogo, Romeu & Julieta

Por incontáveis gerações não houve lugar para um sentimento tão nobre e profundo quanto o amor verdadeiro em Hopeless, lar das almas condenadas a um eterno estado de incerteza e desesperança. O clima inóspito da cidade, combinado à aridez de suas terras inférteis, proporcionaram a ambientação perfeita para o surgimento de uma violenta e crescente rivalidade entre duas gangues, cujos motivos para origem de tal conflito são tão incertos quanto o desfecho desta narrativa.

Frutos do insensato repúdio que perdura há muito entre os membros das casas inimigas, Luna Aureum e Solis Angelus surgem como evidência de que o amor genuíno não sucumbe às condições desfavoráveis de onde escolhe nascer; filhos das duas famílias oponentes, são castigados pelo improvável destino, que os reserva o infortúnio de um amor condenado ao óbito.

Como se vivessem uma punição eterna, as duas almas mais puras que já foram geradas naquele lugar não são capazes de consumar seu amor. Não obstante, ao mesmo tempo, os jovens não conseguem simplesmente ignorar a existência de um sentimento tão intenso; insistem em viver uma relação que revela-se marcada pela inconstância da Lua, pelas mentiras do Sol e pela imprecisão do futuro, que parece não lhes reservar mais nada além de um fim trágico para ambos os lados.

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