Capítulo 2

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09.07.2018

Na manhã de segunda-feira, David acorda com uma terrível dor de cabeça. Ele olha no celular e vê que já são 11:00 da manhã e que provavelmente sua mãe não esteja em casa ainda, e que ele nunca teve a curiosidade de perguntar a ela onde fica a caixinha dos remédios, então ele decide voltar a dormir, mas não consegue devido a uma barulheira vindo da casa ao lado da sua. Ele se levanta e vai até a janela ver o que estava atrapalhando o seu bendito sono. Aparentemente alguém estava se mudando, e todo aquele barulho de móveis sendo tirados do caminhão baú, de furadeiras provavelmente colocando quadros, espelhos ou sei lá o que na parede, irritou David, e ele, sempre um doce de pessoa, decide descer até lá e pedir para que parem com o barulho.

- Será se tem como vocês fazerem menos barulho? Eu estou tentando dormir.

O homem para quem ele falou se vira e olha para ele. Era o mesmo homem da garagem de ontem.

- Você por aqui garoto? Hum, já são mais de 11 da manhã, você não deveria estar na escola?

- Eu estava muito cansado para ir à escola hoje. E gostaria muito de dormir mais um pouco, mas sua mudança está me atrapalhando.

O senhor dá um sorriso sínico e responde:

- Meu jovem, o mundo não gira ao seu redor. Procure um protetor de ouvidos e volte a dormir, porque eu não vou parar a minha vida por sua causa. Talvez a minha filha tenha um que possa lhe emprestar.

Droga! David pensou. A filha dele. Aquela garota que ele pretendia nunca mais ver na vida, agora sua vizinha? O que será que ele fez para merecer isso?

- Não, obrigada. Vou ter que esperar minha mãe chegar para me dar um remédio para dor de cabeça já que não posso dormir.

- O seu problema é só dor de cabeça? Você não sabe onde fica sua caixa de remédios, ou tem que esperar a mamãe pra dar na boca? – ouve-se uma voz saindo de trás do senhor. Era a garota de ontem. Estava com um rabo de cavalo todo bagunçado, um macacão e uma blusa branca que já não era mais branca por causa de toda poeira da mudança. Ela estava diferente de ontem, estava bonita, e no escuro não deu para perceber isso. David ficou surpreso ao ter percebido isso, mas então lembrou que não gostava dela.

- Você. Não consigo acreditar que seremos vizinhos. Que notícia maravilhosa para uma segunda-feira de manhã. – fala e sorri debochadamente.

- Não poderia descordar.

- Para sua informação, eu só não sei onde os remédios estão.

- Impressionante. Você não passa muito tempo em casa, né?

David não a responde, apenas vira as costas e sai em direção a sua casa.

- Procura na instante em cima da pia da cozinha. – grita a garota. – Minha mãe sempre coloca nesse lugar, talvez a sua também.

Davidpara e olha para trás, ele estava até pensando em agradecer, mas ela já nãoestava mais lá. Então ele entra e casa em vai até a cozinha e procura o remédioonda a garota disse que poderia estar, e realmente estava lá. 

David volta para o quarto e pega seu celular. Vinte chamadas perdidas de Greg.

- O que foi, maluco? Não posso dar uma saída que você fica todo preocupado que nem a mamãe.

- Bom dia garotão. Você não foi pra escola hoje, mas a Dayse foi. O que isso quer dizer? Não me diga que eu perdi 50 dólares.

- Sinto muito, cara.

- Que merda, Dave. Como assim? Eu apostei tudo em você.

- Teria dado tudo certo, não fosse aquela garota chata.

- Que garota?

- Minha nova vizinha. Ela atrapalhou todo o esquema ontem.

- Como assim?

- Longa história. Mas, eai, o que faremos hoje?

- Hoje é segunda-feira, David. Eu vou para o jantar semanal da família Foley.

- Ah, é mesmo. E o Adam? O que será que ele tem para nós hoje.

- Você sabe como ele é. Só sai nos finais de semana. Hoje ele vai estudar.

- Vacilão. Então, tá. Vou ter que procurar algo para fazer sem meus melhores amigos.

- Nós não nascemos grudados, Dave. – fala e sorri atrás do telefone. – Divirta-se. Tchau.

- Tchau.

Assim que ele desliga o telefone, sua mãe entra no quarto.

- Bom dia, querido. – fala e vai direto abrir as cortinas.

- Onde a senhora estava?

- Trabalhando. Eu trabalho, esqueceu?

- Esqueci. Acho que foi essa dor de cabeça.

- Dor de cabeça? Vou pegar um remédio para você.

- Não precisa, eu já tomei. – fala e sua mãe olha para ele surpresa.

- Tá. Hoje nós teremos um jantar aqui em casa.

- Jantar?

- Sim, jantar de boas vindas para os novos vizinhos. Eles tem uma filha linda.

David não tinha escutado direito, só depois ele se deu conta do que sua mãe havia falado. Um jantar com os vizinhos novos? Eles o odiavam. Ele tinha que achar um jeito de fugir.   

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⏰ Last updated: Jul 09, 2018 ⏰

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