Capítulo 2

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Eu não sabia o nome da garota inglesa, o que dificulta um pouco eu conseguir acha-la, mas o que posso fazer? Sou péssima com nomes.

Percorro pelos corredores particulares da casa azul. A garota não estava no salão de festas, não estava na cozinha, não estava nos dez banheiros abertos para os convidados, o que deixa sobrando dois lugares: o jardim ou as areas em que só a minha familia era permitida entrar.

Quando eu a achasse iria mostrar o meu famoso britânico rebuscado.

Entro em alguns quartos de hóspedes, mas não encontro nada.

Suspiro cansada de procurar ela, pensando seriamente em desistir, mas algo me cheirava estranho...Não era para esses corredores terem seguranças?

Me direciono até o gabinete de papai.

Meu corpo já se encontrava tenso e os batimentos acelerados. Algo não estava certo e disso eu tinha certeza.

Diminuo meus passos tentando não fazer barulho contra o chão de mármore. Mas não adiantou muito, se alguém estivesse dentro da sala já teria ouvido a minha aproximação.

Empurro lentamente a porta e adentro no espaço, sentindo minha respiração falhar.

Não há ninguém. Olho ao redor e tudo está completamente normal, cada coisa seu devido lugar.

Solto o ar, antes preso em meus pulmões, ficando aliviada.

"Não precisa ficar nervosa, Rose!"-eu disse para mim mesma. Colando a mão sobre o peito que pulava.

Virei em direção a porta, girando a maçaneta e quase a abrindo, mas sendo impedida por alguém que a empurrou com agilidade.
Antes que pudesse pensar em alguma coisa sinto uma mão tampar a minha boca e arrastar o meu corpo para trás da mesa de Papai.

Caio de joelhos no chão, o que causa certo atrito me fazendo soltar um resmungo. Olho para a pessoa que fez isso e era...uma garota.

Olho para ela assustada, minha respiração estava descontrolada e minha mãos tremiam.

A garota emprurrou nossos corpos contra a mesa e segurou uma de minhas mãos apertando a, o que me fez olhar diretamente para ela. Para os olhos dela.

Ela colocou um de seus dedos contra a boca, e fez um afirmativo com a cabeça.

"Ok, era para eu ficar quieta ".-fiz sinal concordando.

Era melhor eu fazer o que ela manda, afinal se ela fosse me matar já teria feito o trabalho.


A filha do presidente Onde histórias criam vida. Descubra agora