Reencontro

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Eu decido acabar com o Johny, é o que farei assim que entregar o exame. Eu irei ter com ele, as coisas em casa se acalmaram e todos pensam que eu já acabei com ele, até tive que pôr nas minhas redes socias que não estou mais com o Johny, se não eles nunca mais se calavam. A minha mãe tinha razão. Eu não gosto mais assim tanto do Johny, ficou habito namorar com ele daí doer a separação eu tentei o amar, de verdade eu tentei, mas o meu coração ainda doía por causa do Dimitri.

Entrego o meu exame e volto para a minha mesa, arrumar as minhas coisas. Na volta para a minha mesa passo pelo Rafa, ele hoje veio de camisa - com um padrão- , que está no interior das suas calças sociais em bege, o cinto fica á mostra e o relogio caro dele também. Ele está a rever o exame, sou a primeira a acabar, foi estressante, mas se eu acabo ao mesmo tempo que ele fico tranquila, pois ele é o melhor da turma. Aliás sempre houve uma tensão entre nós por sermos os melhores da turma. Eu sou femenista e ele é um gentlemen, um verdadeiro, ainda me lembro no inicio. Quando nos conhecemos ele sempre me abria a porta, deixava-me o lugar dele, deixava-me sempre passar em frente a ele, e nunca tinha conversas desparvadas comigo ao contrario dos meus amigos. Uma vez ele deixou-me passar pela porta em primeiro, e depois de tantas vezes eu pensei para mim mesma, que ele gostava de mim e ele diz, assim que eu digo isso para mim mesma. "Eu não entendo porque os rapazes do seculo 21 não podem ser como eu, porque sempre que eu sou um gentlemen com uma rapariga, ela pensa que eu gosto dela." E foi aí que eu fiquei assustada, será que tinha falado em voz alta? Eu não tinha falado em voz alta, pois eu perguntei aos outros dois amigos que chumbaram e que se encontram no décimo primeiro agora. Sinceramente isso doeu, saber que ele não gostava de mim, mas ao mesmo tempo eu não queria ligar a isso. A partir desse momento, a nossa relação se tornou simplesmente colegas de turma, damos-nos super bem, mesmo com as competições para o melhor aluno da turma. Na verdade se ele quisesse á muito tempo que seriamos os dois a querer, a namorar claro, mas seriamos. Ele é bem educado, e reclama sempre de as raparigas lhe dizerem que preferem namorar com alguém mais rebelde, que com ele. Até pergunta se ele terá que ser mais violento da proxima vez, mas felizmente ele percebe-se que ele é perfeito do jeito que é, do jeito que foi educado a ser, realemente parabéns aos pais dele.

A campainha toca para o resto da escola, e os meus amigos saiem para fora e fumamos um cigarro. Como o intervalo deles é só de 15 minutos, ficarei com eles e depois irei pegar o meu autocarro para encontrar o Johny, e tirar finalemente um peso em cima de mim. O Johny não é o peso, mas eu ser a unica a saber que a relação é para acabar, mata-me. Se bem que no inicio era para ser mentira o nosso fim de namoro, agora irá se tornar realidade. É o melhor a fazer, somos crescidos, ele merece receber as noticias cara a cara, depois de 3 anos, nos merecemos isso, afinal também somos dois adultos, temos que agir como tal. O pessoal abraça-me pois já fazia mais de um mês que não nos viamos, um mês em Paris e uma semana em casa, somente 15 minutos não serve para matar saudades e contar-mos as novidades. Mas a novidade que todos perguntavam era o porquê do fim do relacionamento entre mim e o Johny. Os 15 minutos passaram a correr e eu os levei ás respetivas salas de aula. Eu fui sozinha para a paragem do autocarro e assim que ele chega eu entro, como o autocarro está cheio eu fico de pé ao pé da porta. Eu vejo o Rafa a correr para conseguir apanhar o autocarro eu sorriu, e ouço o aviso da fechadura das portas, eu espanto-me e carrego no botão de abrir as portas, para que ele consiga apanhar. As pessoas começam a ficar irritadas de estar-mos á espera que somente aquelas portas não se fecham e se perguntam o que se passa com elas. Ele consegue entrar no autocarro, eu paro de carregar no botão e as portas se fecham logo. Ele vem cansado de correr.

- Obrigado, Di.

- Tem calma, respira... - Eu sorriu e ele também, ele tem um sorriso branco lindo com os seus caninos em destaque. Ele abana a mão como se estivesse com calor e eu falo a rir-me da situação. - Eu sei, desculpa pela temperatura, meu anjo.

Maldito PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora