Capítulo 19-O retrato de Valentina.

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"É tão difícil compreender as emoções quando se rompe uma relação. Às vezes temos certeza que tudo passou e de repente tudo volta. Como definir se o que sentimos é amor ou não? Se é saudade ou solidão? Tristeza ou decepção? Posse ou desejo?
Perda. Quando se perde um grande amor, muitas dúvidas emergem sob o fundo do sofrimento. Para alguns é um momento de intenso crescimento. Muito se pode aprender, uma aprendizagem que nos faz humildes diante da própria fragilidade. Deparamo-nos com o que é a dor, a impotência diante dos sentimentos, a paciência necessária para esperar passar, pois a dor de amor não passa na velocidade da net, do gigas, dos chips, e o tempo que isso leva é indeterminado, é pessoal e singular.
Aceitar os altos e baixos, os enganos, os tropeços, as dúvidas, a falta de controle. Aceitar a não certeza, o não acesso ao que o outro sente e pensa, a incoerência do humano, a fraqueza, o medo, a culpa, o erro que não tem concerto, a marca da mentira e o que fazer com tudo isso? O tempo não volta e as coisas não se apagam, mas nada vai permanecer do jeito que está. A incerteza do futuro corrói, o medo do que virá, a ansiedade pelo novo e desconhecido, a prisão do passado, do familiar, que falta faz, será abstinência? Temos sim abstinência do outro a quem amamos e perdemos, somos forçados a esquecer quando ainda não estávamos preparados.
O choro que insiste em voltar, a vida que segue, e o tempo que insiste em passar, a confusão que não consegue chegar ao fim, tempos distintos, tempos diversos, tempo de cada um. Amor perdido, amor doído, amor esquecido, quando? Quando você estiver preparado para correr o risco de passar por tudo isso de novo e lembrar da abundância de felicidade num coração que ama, e é também amado"

É.. eu a perdi, perdi por falta de amor, por falta de desejo e compreensão. Eu que tanto falei sobre a falta de amor fiz o mesmo com a mulher que eu amava. O ano virou agora estamos em outro, todo mundo jurou que tudo ficaria para trás e que outra fase se iniciaria mas.. E eu? Eu não jurei apenas perdi. Eu já vi a Chloe na balada todas as vezes que eu fui, ela estava sorrindo, estava feliz e sempre com uma acompanhante linda por sinal. Acho que fez bem o nosso término pois a fez feliz. Me doeu ver ela com outro alguém mas tenho esse direito já que fui infiel e quis matar meus malditos desejos no corpo que não era o dela, numa boca que não era a sua e olha oque me aconteceu! Agora vocês me perguntam estou com Kevin? Não, não estou discutimos feio naquela maldita noite e eu não quis mais nada com ele, agora posso dizer que estou sozinha e sem Price ao meu lado.

Visão do narrador...

Adèle: -Com licença, você por acaso é Chloe Price a ex-modelo da VEGUE?-Estendeu a mão para Chloe.-Adèle Saydoux, sou artista crio quadros de vários estilos.

Chloe: -Sim sou eu mesma.-Beijou sua mão.-Quando eu estava na França me lembro de ter ido a sua exposição com uma ex-namorada. Seus quadros são lindos!

Adèle: -Digo o mesmo de suas fotos.. Esse Caffé Bistrô é seu?-Perguntou olhando em volta.

Chloe: -Sim, abri a pouco tempo. Um café por conta da casa?-Sorriu e fez um gesto para que ela entrasse.

Adèle: -Obrigada.

Chloe então atravessou o balcão como um jato e logo voltou com café e biscoitos.

Adèle: -Obrigada.-Sorriu.

-Sorriu

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Subindo Pelas Paredes (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora