"É tão difícil compreender as emoções quando se rompe uma relação. Às vezes temos certeza que tudo passou e de repente tudo volta. Como definir se o que sentimos é amor ou não? Se é saudade ou solidão? Tristeza ou decepção? Posse ou desejo?
Perda. Quando se perde um grande amor, muitas dúvidas emergem sob o fundo do sofrimento. Para alguns é um momento de intenso crescimento. Muito se pode aprender, uma aprendizagem que nos faz humildes diante da própria fragilidade. Deparamo-nos com o que é a dor, a impotência diante dos sentimentos, a paciência necessária para esperar passar, pois a dor de amor não passa na velocidade da net, do gigas, dos chips, e o tempo que isso leva é indeterminado, é pessoal e singular.
Aceitar os altos e baixos, os enganos, os tropeços, as dúvidas, a falta de controle. Aceitar a não certeza, o não acesso ao que o outro sente e pensa, a incoerência do humano, a fraqueza, o medo, a culpa, o erro que não tem concerto, a marca da mentira e o que fazer com tudo isso? O tempo não volta e as coisas não se apagam, mas nada vai permanecer do jeito que está. A incerteza do futuro corrói, o medo do que virá, a ansiedade pelo novo e desconhecido, a prisão do passado, do familiar, que falta faz, será abstinência? Temos sim abstinência do outro a quem amamos e perdemos, somos forçados a esquecer quando ainda não estávamos preparados.
O choro que insiste em voltar, a vida que segue, e o tempo que insiste em passar, a confusão que não consegue chegar ao fim, tempos distintos, tempos diversos, tempo de cada um. Amor perdido, amor doído, amor esquecido, quando? Quando você estiver preparado para correr o risco de passar por tudo isso de novo e lembrar da abundância de felicidade num coração que ama, e é também amado"É.. eu a perdi, perdi por falta de amor, por falta de desejo e compreensão. Eu que tanto falei sobre a falta de amor fiz o mesmo com a mulher que eu amava. O ano virou agora estamos em outro, todo mundo jurou que tudo ficaria para trás e que outra fase se iniciaria mas.. E eu? Eu não jurei apenas perdi. Eu já vi a Chloe na balada todas as vezes que eu fui, ela estava sorrindo, estava feliz e sempre com uma acompanhante linda por sinal. Acho que fez bem o nosso término pois a fez feliz. Me doeu ver ela com outro alguém mas tenho esse direito já que fui infiel e quis matar meus malditos desejos no corpo que não era o dela, numa boca que não era a sua e olha oque me aconteceu! Agora vocês me perguntam estou com Kevin? Não, não estou discutimos feio naquela maldita noite e eu não quis mais nada com ele, agora posso dizer que estou sozinha e sem Price ao meu lado.
Visão do narrador...
Adèle: -Com licença, você por acaso é Chloe Price a ex-modelo da VEGUE?-Estendeu a mão para Chloe.-Adèle Saydoux, sou artista crio quadros de vários estilos.
Chloe: -Sim sou eu mesma.-Beijou sua mão.-Quando eu estava na França me lembro de ter ido a sua exposição com uma ex-namorada. Seus quadros são lindos!
Adèle: -Digo o mesmo de suas fotos.. Esse Caffé Bistrô é seu?-Perguntou olhando em volta.
Chloe: -Sim, abri a pouco tempo. Um café por conta da casa?-Sorriu e fez um gesto para que ela entrasse.
Adèle: -Obrigada.
Chloe então atravessou o balcão como um jato e logo voltou com café e biscoitos.
Adèle: -Obrigada.-Sorriu.
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Subindo Pelas Paredes (Romance Lésbico)
RomanceClassificação: +16 (Contém sexo) Valentina Mazzerati Montes, criada em uma família um tanto quanto LGBT decide então morar sozinha, com um bom emprego na mesma editora que sua mãe Alícia Montes, vive uma vida milionária nunca lhe faltou nada e semp...