14 | Carolina

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Carolina Becker

Seco as lágrimas de Sea e a puxo para a pista de dança. Aine não merece as lágrimas de Sea, não até o relacionamento dela com o Philippe ter acabado.

Um remix de Ain't My Fault soa alto por toda a balada. Puxo Sea pela cintura e ali começamos a dançar juntas. Fico dançando com Sea até que sinto um par de mãos agarrem minha cintura e me virarem.

— Gabriel! — Exclamo, sem muita alegria. Eu queria mesmo é que fosse Philippe.

— Licença? Ela está comigo! — Sea diz, me puxando de volta. — O único cara que você pode beijar hoje é o Philippe. — Sea diz em meu ouvido.

— Obrigada. — Sussurro de volta.

— Acho que vou vomitar. — Sea diz e eu reviro os olhos, parando de dançar.

— Ah, não, Sea!

— Socorro! — Sea sai correndo, em direção ao banheiro. Corro atrás da garota e entro na cabine em que ela está, segurando seu cabelo. — Eu preciso da Aine.

— Ela está com o Philippe. — Afago suas costas.

— Por favor, Carol! Eu quero vê-la e ouvir ela dizer que ela me ama, mesmo que talvez não seja real. — Sea diz, voltando a vomitar, e eu assinto, me levantando.

Lavo minhas mãos rapidamente, pego um papel, seco-as, jogo o papel no lixo e saio do banheiro, indo ao encontro de Aine, que está ao lado de Philippe.

Não ruboriza, Carolina!

Coço a garganta e me aproximo de Aine.

— Sea quer ver você! — Sussurro em seu ouvido e Aine me olha, surpresa. — Ela está no banheiro.

— Tudo bem. — Aine assente, se levantando. — Eu vou ao banheiro. — Aine anuncia para a mesa e todos assentem.

Aine começa a andar em direção ao banheiro e eu a sigo.

— Fique na porta e não deixe ninguém entrar. — Aine diz autoritária e eu assinto rapidamente. — Principalmente Philippe.

Aine entra no banheiro e eu fico de guarda na porta, assim como Aine pediu.

Minutos se passam e eu fico ali, olhando para o nada. Eu poderia estar provocando Philippe mas fiz questão de usar minha inteligência e esquecer meus celulares em casa.

Vejo Philippe se aproximando do banheiro e meu coração acelera.

Hoje é meu dia de ter um ataque cardíaco.

— Oi, Carol. — Philippe me cumprimenta e eu apenas sorrio em resposta. — Aine está aí dentro?

Balanço a cabeça em afirmação, e depois nego.

— Você está bem? — Philippe pergunta e eu assinto rapidamente com a cabeça, já sentindo minha bochecha queimar. — Então tá.

Philippe tenta entrar no banheiro, mas eu entro em sua frente, o impedindo.

— Você não pode entrar aqui. — Abro os braços.

— É claro que eu posso! — Philippe ri.

— Não, não pode. Isso é um banheiro feminino! — Pontuo.

— É um banheiro unissex. — Philippe aponta para a placa escrito unissex.

— Quem foi o idiota que colocou isso aqui? — Indago. — De qualquer modo... você ainda não pode entrar.

— O que tem aí dentro que eu não posso ver? Além da minha namorada!

— Você gosta de jogar na cara que tem namorada, não é? — Indago e Philippe respira fundo. — Você não pode entrar aqui, porque está todo vomitado. Sea bebeu algumas muitas doses e acabou ficando muito mal.

— Você é a melhor amiga dela, não Aine. Então por que a Aine está a ajudando no seu lugar?

— Aine sabe lidar melhor com isso do que eu. — Minto. — Vômito é um problema para mim.

Na verdade, eu não tenho nenhum problema com vômito.

Philippe cruza os braços, impaciente.

— Deixe-me passar, Carol! — Philippe pede e eu nego novamente. — Eu vou entrar, por bem ou por mal. — Philippe se aproxima e eu faço o mesmo.

— Nem por cima do meu cadáver! — Rebato. Philippe tenta passar novamente mas eu o impeço. — Você não vai entrar aqui, Philippe!

— Por quê? — Philippe bate as mãos nas coxas. — Preciso ver se Aine está bem.

— Ela está ótima!

— Como você sabe?

— Sabendo.

Philippe tenta entrar mais uma vez e eu me aproximo, o impedindo. Acabo tropeçando no meu próprio pé, caindo em Philippe, este que não me aguenta, e acabamos caindo no chão.

I don't mean to be rude, but I look so damn good on ya.

NUDESOnde histórias criam vida. Descubra agora