40 - Quem manda nesse jogo?

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Pov Arizona

Acordei naquela manhã fria com o corpo de Callie grudado ao meu, confesso que era maravilhoso poder me aconchegar no calor de seus braços daquela maneira. A mulher estava atrás de mim, me envolvendo em um gostoso abraço. Eu podia sentir a respiração profunda e compassada que a mesma emanava. Me movi devagar, pegando o meu celular ao lado da cama, ainda era bem cedo. Virei-me de frente para ela, vendo sua expressão serena ao dormir. Era linda, como sempre.

Seus cabelos pretos davam um grande destaque em sua pele lisinha, poderia até ser bem comparada com aquelas atrizes de filmes. Callie com toda certeza seria uma bem sexy e poderosa latina. Sorri, e deslizei com o polegar sobre a maçã do rosto dela, em um carinho leve. Suspirei profundamente, pensando em quão sortuda eu estava sendo por ter aquela mulher em minha vida.

Na noite anterior, Callie fez total questão que eu dormisse em sua casa. No início eu neguei, mas como previsto, contra ela não havia argumentos. Chegamos a sua casa e a mesma tratou de preparar um jantar simples, e muito bom. Tomamos um bom vinho e conversamos bastante. Callie me falou mais dela, em busca de saber mais de mim. E eu simplesmente falei, abri o livro da minha vida à mulher que eu queria ao meu lado sempre. Era certo que eu tinha um grande receio de que ela me deixasse depois de saber de tantos problemas que me envolviam. Afinal, Callie poderia ter a mulher que desejasse, sem problemas e com dinheiro. Mas em minha surpresa, ela me ouviu atentamente e me apoiou em cada momento que fraquejei e chorei ao contar toda minha história até ali. Ela se mostrou compreensiva e muito atenciosa, o que apenas ajudou a me fazer gostar mais dela. Os seus carinhos calmos me ajudaram a despejar tudo que ainda estava engatado dentro de mim, que ainda me fazia mal. Callie de forma carinhosa fez a promessa que me faria feliz, que seria o diferencial em minha vida. E eu não duvidava daquilo, ela tinha consigo a enorme confiança de que meu futuro com ela seria melhor.

Depositei um beijo em sua testa devagar e tentei me desvencilhar de seus braços sem fazer a mesma acordar. Callie se remexeu um pouco na cama, protestando contra o frio, mas eu rapidamente puxei a grossa coberta para cima da mesma. Sorri para ela que logo se acomodou. E com a ponta dos pés pisei no chão frio, sentindo meu corpo todo se arrepiar. Caminhei em passos lentos até o banheiro onde fiz minha higiene matinal.

Em seguida resolvi caminhar até a cozinha, àquela manhã Callie receberia os mimos, espero que ela não se importe de eu mexer em suas coisas. O apartamento de Callie era digno de um Torres, enorme e sofisticado. Tudo de muito boa qualidade, deixando claro o quanto rica ela era. Era o único do último andar, e tinha uma bela visão do mar e de todo aqueles enormes prédios. Amarrei meus cabelos em um rabo e então abri a geladeira de inox vendo-a toda cheia de coisas, muito difícil que ela comesse ao menos a metade de tudo aquilo. Peguei todos os ingredientes colocando sobre a bancada: frutas, leite, suco. Eu faria um ótimo café da manhã.

Certo, aquilo deu mais trabalho do que imaginei, mas estava me saindo bem. Nosso café da manhã teria panquecas, salada de fruta, suco, café com leite, bacon e ovos mexidos. Tudo já estava quase pronto, só restava os últimos morangos a serem cortados.

"Vou acabar me acostumando com isso"

Eu me virei rapidamente colocando a mão sobre o peito.

- Jesus, Callie! Você me assustou.

A mulher abriu um lindo sorriso em minha direção, ela estava sentada em um dos bancos perto do balcão. Vestia uma camiseta preta, justinha, deixando seus seios apertadinhos na frente. Em baixo um short branco, curto. Seus cabelos como os meus estavam amarrados em um rabo bem feito. Ela estava linda.

- Desculpe, Ari. - Ela falou se aproximando.

- Espero que não se importe de eu ter mexido em suas coisas, eu só queria fa...

The Night DancerOnde histórias criam vida. Descubra agora