Fire Meet Gasoline

VII - We've never met but, can we have a coffee or something

Sábado, 6 de julho de 2013 | Toronto, Ontário - 09:13 AM

- Cosima Niehaus - a morena estende a mão que é logo apertada pela mais alta.
- Enchantee - diz mostrando um sorriso contido, porém sincero a Niehaus.
- Enchantê - se esforçou pra imitar a loira, retribuindo o sorriso - E não precisa se desculpar, Normani me fez companhia e me trouxe até em casa, ela é uma boa amiga, estive em boas mãos! - exclamou abrindo espaço para que a outra pudesse explorar melhor o apartamento, quebrando o pequeno desconforto que havia se formado entre elas.
- Fico mais despreocupada, Normani sempre faz um excelente trabalho. E quanto a você, está melhor? Me assustei quando desmaiou - a mulher olhava ao seu redor discretamente.
- Creio que agora sim, Dra. Grey me informou que foi algo simples, e me receitou apenas algumas vitaminas - Cosima foi em direção a cozinha, para dar início às obrigações diárias.
- Que bom que era algo simples. Você já as comprou? - mostrou preocupação, afinal havia segurado o corpo inconsciente da outra em seus braços e estava com a consciência pesada de ter lhe deixado no hospital
- Já sim, Mani foi comigo a uma farmácia 24h - ela juntava a pequena bagunça que havia feito na madrugada - pode se sentar, eu te ofereceria algo, mas não tenho nada além de água, ainda não fui ao supermercado. Posso fazer um pouco de gelo se quiser - tentou fazer piada, mesmo sabendo que não era boa nisso.
- Não tem problemas - Delphine estava em pé próximo a uma das várias placas de vidro, observava a movimentação tranquila de pedestres e alguns poucos carros.

Enquanto isso, Cosima deu continuidade ao ritual de cuidados com sua felina, lavando suas vasilhas e as preenchendo. Precisava acostumar a filhote à uma nova rotina, para que quando fosse trabalhar, está saiba se virar melhor.

- Filha, vem comer - assim que ouviu o que a outra havia dito, a loira pareceu acordar de seu transe, olhou para trás em busca da criança que a menor havia chamado - Cary - insistiu - com licença, eu volto em um minuto - Delphine disfarçadamente a acompanhou com o olhar, a morena caminhava com um não tão sutil e marcante movimento de quadris que de imediato chamavam atenção, mas logo sumiu em direção ao corredor, fazendo a outra a perder de vista.

Em menos de cinco minutos, a morena estava de volta, em seus braços a siamesa ainda despertava, com suas garras presas no tecido da roupa de sua humana, aínda estava rabugenta por ter acabado de acordar, porém logo que viu suas vasilhas cheias, a gata pulou do colo da dona, indo direto ao recipiente de ração que estava coberto com seu sachê preferido.

Delphine observa a filhote, louca pra pegá-la no colo, desde que se lembrava era apaixonada por felinos, desde leões a panteras e principalmente gatos.

- Essa é minha filha, Carmen Davydov Niehaus, mas pode chama-la apenas de Cary, se preferir - Niehaus aponta a gata que comia de forma ansiosa, apresentado-a.
- Oi Cary - a mais alta tenta não fazer uma voz infantil, mas falha miseravelmente, seu lado apaixonada estava sempre falando mais alto.

Ela se aproxima da bancada que dividia a sala e a cozinha. Do outro lado da mesma, a menor mexia em algumas caixas, procurando por talheres e afins, toda aquela bagunça incomodava severamente a morena. Por mais que não fosse o ser mais organizado do universo, sempre prezou pela facilidade na hora de encontrar as coisas, já que estava sempre se atrasando ela tentava evitar dificultar ainda mais suas habilidades de pontualidade.

- Delphine, eu posso te pedir um favor? - posicionou uma caixa em frente a seu corpo, apoiando na pedra clara, começou a remover com cuidado os itens ali contidos.
- Claro que pode - respondeu e esticou sua mão, pegando um dos copos que Cosima tirou da caixa, retirando delicadamente o plástico bolha que o revestia, e logo posicionando-o em um canto mais afastado, para dar espaço aos próximos que a outra tiraria da caixa.
- Eu ainda não conheço nada aqui e estou morrendo de fome, você pode me apresentar algum café ou algo do tipo? - termina de pôr o último copo na superfície, se desfazendo da caixa pelo chão, que mais tarde seria feita de Playground por Carmen.
- Claro, tem um muito bom perto do meu prédio - Cormier se senta em uma banqueta, puxando mais alguns copos para que pudesse continuar seu trabalho - ele é um dos meus preferidos, abre as 10:00 - verifica o celular, constatando que não havia nenhuma notificação ou ligação perdida.
- Você mora por aqui? - Cos estava bastante curiosa sobre a mulher a sua frente, sabia apenas seu nome, e e que provavelmente trabalhavam na mesma empresa.
- Sim, poucas quadras de distância - Delphine estendeu o último copo pra Cosima, que já estava os posicionando dentro de um armário.